No artigo intitulado «Máquina intervencionista da admnistração norte-americana vangloria-se de "preparar o terreno para a insurreição" na Nicarágua», publicado recentemente pelo jornalista norte-americano Max Blumenthal em The Gray Zone Project, as teorias conspirativas do golpe com apoio gringo – para o qual o governo sandinista tem chamado a atenção – ganham densidade.
«Se alguma imprensa mainstream tem procurado retratar o violento movimento de protesto na Nicarágua como uma corrente progressista de base, os líderes estudantis do país deixaram entender outra coisa», afirma-se no texto, que lembra como, no início deste mês, os líderes estudantis nicaraguenses, com papel destacado no movimento de oposição a Daniel Ortega, se deslocaram a Washington, sendo acolhidos pela Freedom House, ONG de direita que financiou a sua viagem, e procurando o apoio no seio da administração dos EUA e da fina flor da extrema-direita intervencionista – vide Ted Cruz ou Mark Rubio –, com quem se reuniram e posaram para a fotografia.
Também foram recebidos por altos funcionários do Departamento de Estado e por Mark Green, presidente da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês), caracterizada por Blumenthal como a organização do soft power da admnistração norte-americana. (Abril)