Depois de travar o negócio há dez dias, o governo espanhol anunciou que as bombas seguem para os sauditas. Representantes da ONU no Iémen voltaram a alertar para a situação humanitária no país.
Questionado sobre as garantias que possuía quanto à utilização das bombas pelos sauditas, no sentido de não provocar vítimas entre a população civil, Borrell disse que as bombas guiadas a laser têm «uma extraordinária precisão».
A reviravolta ocorre dez dias depois de a ministra da Defesa, Margarita Robles, ter confirmado que tinha dado início ao cancelamento do contrato celebrado entre ambos os países, relativo à venda de 400 bombas guiadas a laser, acrescentando que Madrid pagaria a Riade 9,2 milhões de euros pelas armas não entregues, informa a RT.
A decisão de cancelar o negócio estaria ligada, de acordo com a RT e a PressTV, às múltiplas críticas internacionais contra o massacre da população civil – mais recentemente em Hudaydah e na província da Sa'ada, onde foi atacado um autocarro cheio de crianças – levado a cabo pela coligação liderada pelos sauditas no Iémen. (Abril)