O Governo espanhol agarra-se ao «Conselho de Ministros (artigos 4 e 7 da Lei 9/1968)» para não desclassificar os documentos relativos ao dia em que a Polícia matou cinco trabalhadores e feriu muitos mais em Gasteiz.
A 19 de Abril deste ano, foi dirigida ao Governo de Mariano Rajoy uma série de perguntas sobre o massacre de 3 de Março de 1976, em que a Polícia Armada matou cinco trabalhadores e feriu mais de uma centena.
A iniciativa foi do senador do EH Bildu no Congresso espanhol, que, numa das perguntas, pretendia saber se o Executivo espanhol tinha intenção de desclassificar os documentos oficiais sobre o massacre. Se não o fizesse, queria saber qual a razão para não esclarecer «os factos ocorridos naquele fatídico dia».
O Governo espanhol respondeu cinco meses depois, já com o «socialista» Pedro Sánchez à frente e já com 100 dias de Moncloa no currículo. No dia 6 de Setembro, fez saber que «a desclassificação de documentos é da competência exclusiva do Conselho de Ministros (artigos 4 e 7 de a Lei 9/1968, de 5 de Abril, sobre Segredos Oficiais)».
Na Comunidade Autónoma Basca só PP não apoia a desclassificação
Em Março deste ano, poucos dias depois do 42.º aniversário do massacre, o Parlamento de Gasteiz aprovou, com o apoio de todos os grupos excepto o do PP, a exigência de que o Governo espanhol «desclassifique» os documentos oficiais existentes sobre o 3 de Março de 1976.
O Parlamento autonómico dos territórios de Araba, Bizkaia e Gipuzkoa aprovou ainda uma emenda, também sem o apoio exclusivo do PP, que «aplaude e apoia» as iniciativas que as vítimas possam tomar para conseguir o seu «reconhecimento e reparação». / Ver: halabedi.eus