[De PCB] Por sua experiência histórica, o PCB não subestima o fascismo, razão pela qual, em que pesem todas as divergências que jamais deixamos de expor publicamente, neste segundo turno indicamos voto crítico no candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Fernando Haddad. O gesto do PCB é unilateral, compromissado com as lutas pelas liberdades democráticas e antifascistas. Isto significa, em definitivo, que os comunistas do PCB não irão compor um eventual governo petista. Alertamos que, na atual conjuntura, há ainda mais dificuldades e menos margem política e econômica para estabelecer uma governabilidade de conciliação de classes. Infelizmente, Haddad e o PT já fazem acenos ao grande capital e aceitam as propostas de reforma da previdência, termos da reforma trabalhista, a não revogação da venda da Embraer e da privatização do pré-sal. Barrar o candidato da extrema direita não significa adesão ao projeto centrista de remendar o pacto de classes rompido pelo golpe parlamentar e institucional de 2016.
Para o PCB a luta antifascista não se encerrará neste pleito. É fundamental derrotar Bolsonaro nas urnas, defender as liberdades democráticas e fortalecer o poder popular para enfrentar os ataques que virão. Será preciso manter a luta pela revogação de todas as contrarreformas do governo Temer: a reforma trabalhista, a lei das terceirizações, a reforma do ensino médio, a lei do teto dos gastos, as privatizações, entre outras. Seguiremos lutando em defesa da Petrobrás 100% estatal e do pré-sal, contra a reforma da previdência, pela ampliação dos direitos políticos e sociais e por um programa que atenda os interesses populares, apontando para a ruptura com o capitalismo e a construção do socialismo. (resistir.info)