A Revolução de Outubro, que criou as bases de uma nova sociedade ao serviço da maioria, teve de enfrentar, desde o seu início, a acção contra-revolucionária de uma minoria russa e dos estados imperialistas (que até então exploravam e geriam a seu belo prazer todos os recursos) e que tudo fizeram e a tudo recorreram – bloqueios, intervenções, agressões militares e invasão, a guerra – para destruir a Revolução e as suas conquistas e recuperar o poder perdido.
[…]
Aliás, foi a profunda identificação das massas populares com o Partido Bolchevique e os objectivos da Revolução que permitiu, por um lado, enfrentar e derrotar a contra-revolução interna e as ingerências, sabotagens e agressões das potências imperialistas e, por outro, empreender em poucos anos, com determinação e criatividade revolucionárias, o processo de transformações económicas e sociais que levaram uma Rússia semi-feudal, devastada pela Grande Guerra (1914-1918) e pela guerra civil, a uma poderosa potência industrial. (Abril)