[De Alfredo Serrano] A impressão massiva de dinheiro pelos bancos centrais dos EUA, UE, Japão e Grã-Bretanha funciona como mais um mecanismo de dominação económica sobre países que não têm esse privilégio, amarrando-os a um endividamento sem fim à vista.
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Dado o domínio actual do capitalismo neoliberal, impede-se que o dinheiro novo, o que se consegue por empréstimo, seja usado para a economia real. Isto provoca que as economias latino-americanas, que se inserem no mundo pelos canais regulares, acabem sumamente endividadas, com uma economia real cada vez mais raquítica e ineficiente. O grande boom global de impressão monetária é um factor condicionante do crescente endividamento externo latino-americano, que determina para o futuro um modelo de desenvolvimento dependente, financeirizado e improdutivo e, em consequência, con uma procura interna cada vez mais débil. (odiario.info)