[De Fernando Correia] A crise do capitalismo reflecte-se na comunicação social, também no nosso país, por várias contradições de fundo, nomeadamente o aprofundamento da contradição entre, por um lado, o poder social dos media, acentuado pelo desenvolvimento das novas tecnologias, e, por outro, o seu uso privado quer com fins mercantilistas quer com objectivos de exercício do poder ou de influência no poder.
O problema é estrutural, mas a emergência das novas tecnologias, ao mesmo tempo que o mascara tem vindo a aprofundá-lo e a dar-lhe novos contornos, desde logo a degradação do factor humano, do estatuto laboral e da qualidade informativa. Sendo que o mal não está nas tecnologias, mas no seu enquadramento social. (avante.pt)