Em greve por tempo indeterminado desde o dia 1 de Fevereiro, os trabalhadores da Navarpluma realizaram concentrações em Iruñea, esta sexta-feira, frente à sede do Governo de Nafarroa, da Sodena – Sociedade de Desenvolvimento de Navarra e da Confederação Navarra de Empresários (CEN). O sindicato ELA denuncia que, apesar de se encontrar numa óptima situação económica e receber dinheiro público, a empresa insiste em explorar os trabalhadores.
A empresa, com 38 trabalhadores e localizada no parque industrial de Aratzuri-Orkoien (Nafarroa), é uma filial da Martiko e, segundo revela o sindicato ELA numa nota, encontra-se numa situação económica «muito boa». Em 31 de Março de 2018, a Navarpluma tinha um lucro de 1,3 milhões de euros (últimos dados acessíveis), sendo que a percentagem dos gastos com os trabalhadores representava apenas 3,5% da sua despesa total.
Com a greve, os trabalhadores querem ver celebrado um acordo de empresa que dignifique as suas condições de trabalho. Desde que teve início, no dia 1 deste mês, «a empresa tem estado a violar o direito à greve, através de coacções, impedindo a entrada nas instalações do Comité de Greve e substituindo trabalhadores em greve», denuncia o ELA, acrescentando que as situações foram comunicadas à Inspecção do Trabalho.Os trabalhadores da Navarpluma exigem também que o Governo de Nafarroa se envolva na resolução do conflito – algo que o ELA considera indispensável, até porque, sublinha, a empresa está a beneficiar de um acordo de colaboração entre a Sodena – Sociedade de Desenvolvimento de Navarra e a Confederação Navarra de Empresários, que é financiado com ajudas públicas do Governo navarro. / Ver: ahotsa.info, ela.eus e aseh