Carlos Marés, jurista e ex-presidente da Funai, afirma que, para se pensar o desenvolvimento da Amazónia, é necessário elaborar um plano global que considere o seu papel no equilíbrio do ecossistema do planeta e na sobrevivência das populações originárias da região.
«Enquanto não perguntarem a essas populações [como se faz para melhorar as condições de vida na Amazónia], estarão a destruir», critica Marés, sublinhando que «destruir a natureza da Amazónia é destruir as populações e destruir as populações é [destruir] a natureza. As duas coisas estão juntas. Qualquer perspectiva sem o plano que consulte os povos que estão na Amazónia e vivem lá é devastadora e colonial», frisa. (Abril)