Na sequência de várias paralisações parciais (de quatro horas), os trabalhadores do centro logístico da DHL em Agurain (Araba) iniciaram no passado dia 23 uma greve por tempo indeterminado, em defesa do acordo colectivo de trabalho e para denunciar a tentativa de «esvaziamento» do seu conteúdo por parte da administração.
O sindicato basco ELA revela, numa nota emitida esta segunda-feira, que o centro de Agurain conta com 110 trabalhadores, dos quais cerca de 80 estão abrangidos pelo acordo colectivo, que caducou a 31 de Dezembro de 2017.
Os trabalhadores partem para a greve ao cabo de oito meses de negociações e de uma dezena de reuniões com vista à renegociação do acordo, cujas condições laborais a empresa pretende agravar, explica-se na nota, em que o sindicato acusa a administração de pretender impor a discriminação salarial e a precariedade, levando a que trabalhadores a exercer as mesmas funções possam auferir salários com diferenças substanciais.
O centro de Agurain da multinacional de logística e distribuição recorre de modo «fraudulento» à precariedade e às empresas de trabalho temporário, situação que mereceu uma intervenção e uma multa da Inspecção do Trabalho. Entretanto, as organizações representativas dos trabalhadores fizeram uma nova queixa por este motivo, «uma vez que a administração da empresa se recusa a abordar a questão na negociação do acordo colectivo», afirma-se no texto.
As reivindicações fundamentais dos trabalhadores neste centro logístico passam pela redução do horário de trabalho, o aumento dos salários (ligado ao índice de preço ao consumidor), a eliminação da discriminação salarial e a realização de contratos de trabalho efectivos. / Ver: ela.eus