[De António Santos] Engrossam, a cada semana, as caravanas automóveis de doentes estado-unidenses que, sem que qualquer muro lhes trave o passo, atravessam a fronteira com o Canadá para comprar medicamentos. […]
A culpa não está em quaisquer sanções económicas como as que, impostas estes dias pela UE, impedem hospitais venezuelanos de se abastecerem. Nem se trata tampouco de um bloqueio como aquele que, asfixiando Cuba, impede a ilha socialista de aceder directamente aos principais laboratórios farmacêuticos do mundo. Nem sequer se deve a uma guerra, como a que, infligida à Síria, desestabilizou toda a rede de saúde e farmácias. Não, a crise humanitária dos
diabéticos estado-unidenses é o resultado previsto do capitalismo a
funcionar em condições ideais, dentro da legalidade e da normalidade. (avante.pt)