[De Carlos Lopes Pereira] Esta semana [...] o Conselho Militar de Transição, que dirige o país desde o golpe militar que afastou o presidente Omar al-Bashir, a 11 de Abril, e a Aliança para a Liberdade e a Mudança, que congrega as forças democráticas, decidiram retomar as conversações. Isto, após três dias de greves e desobediência civil que deixaram Cartum quase deserta e com barricadas a bloquear as ruas – uma garantia de que a resistência popular não cessou.
É claro que Washington, de forma directa e por intermédio de aliados seus – em especial Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Egipto, que apoiam a junta militar sudanesa – pretende aumentar pressões e ingerências no Sudão e travar as forças populares que naquele país continuam a bater-se pela instauração de um regime democrático. (avante.pt)