Em declarações ao AbrilAbril, Domingos Abrantes, resistente antifascista e ex-preso político, lembrou que este objectivo já está há muito tempo em cima da mesa, por parte dos «saudosistas do fascismo», acrescentando que o significado da iniciativa não pode ser menorizado. «Está em linha de continuidade com uma ofensiva que se tem vindo a intensificar de branqueamento do fascismo», alertou.
Rebatendo o argumento de que um museu sobre Salazar possa ser neutro, afirmou que «é difícil imaginar que se possa tratar de um museu com vista ao esclarecimento do povo português e, sobretudo das novas gerações, em relação ao que foi o fascismo, a repressão, o obscurantismo, os assassinatos, durante 48 anos, do qual esta figura, não sendo única, é em grande parte responsável». (Abril)