Milhares de pessoas mobilizaram-se este sábado, em Bilbo, para exigir a actualização do acordo sectorial na Bizkaia, que abrange cerca de 50 mil trabalhadores. Os sindicatos avisam que, se o patronato mantiver a posição de «intransigência», a luta vai continuar.
A manifestação partiu da Praça Euskadi, onde fica a sede da associação patronal biscainha do sector metalomecânico (FVEM), que os sindicatos acusam de «intransigência» e «avareza», bem como de querer «impor a precariedade» no sector.
Na mesa de negociações com o patronato, os trabalhadores têm sido representados pelos sindicatos LAB, ELA, UGT e CCOO, que contam com o apoio de ESK, USO, CNT e CGT. A manifestação de ontem ocorreu pouco depois de mais uma reunião «falhada» e a poucos dias da 24.ª ronda negocial do acordo sectorial, que caducou em 2011, e a uma semana do início de uma greve de cinco dias, entre 30 de Setembro e 4 de Outubro – que dá sequência às paralisações já realizadas em Maio e Junho.
Numa conferência de imprensa recente, os sindicatos reafirmaram que o acordo deve contemplar elementos como aumentos salariais, duração da jornada laboral, «controlo» da precariedade e do recurso às empresas de trabalho temporário, e medidas nos âmbitos da igualdade entre homens e mulheres e da saúde no trabalho.
«Um acordo sectorial digno» tem de «acabar com a precariedade», defendem os sindicatos, que acusam a FVEM de apresentar propostas «insuficientes» e de querer aprofundar a precariedade na Metalomecânica biscainha. / Mais indo: eitb, lab.eus e aseh