Em várias cidades do Equador – e com particular incidência na capital, Quito – vivem-se momentos de grande tensão, com os manifestantes a exigirem nas ruas o fim do chamado «paquetazo» neoliberal imposto pelo governo de Lenín Moreno, um conjunto de reformas tributárias e laborais que estão de acordo com as habituais «medidas austeritárias» receitadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Com as ruas de Quito num estado de caos – os manifestantes têm recorrido a pedras, garrafas, paus e pneus queimados –, as autoridades divulgaram, esta segunda-feira, que tinham efectuado 477 detenções, mas não publicaram dados sobre o número de feridos e falecidos nos protestos, nem dados concretos sobre a brutalidade policial – que tem sido possível constatar em vídeos publicados nas redes sociais. (Abril)