Cerca de 5000 trabalhadores, na esmagadora maioria mulheres, estavam convocados para a jornada de mobilização e luta que ontem teve lugar no sector da limpeza no herrialde guipuscoano. De acordo com o sindicato ELA, a greve teve uma «ampla adesão», com os efeitos a fazerem-se sentir sobretudo em empresas privadas e edifícios municipais.
Fontes sindicais explicaram que, em Gipuzkoa, o sector da limpeza emprega cerca de 6700 trabalhadores, sendo que mais de 5000 não estão abrangidos por acordos de empresa. A maioria (85%) dedica-se à limpeza de edifícios e espaços e os restantes à limpeza viária.
A limpeza de edifícios e espaços é maioritariamente realizada por mulheres (80%), ao contrário da limpeza viária, onde quase todos os trabalhadores são homens. A diferença salarial entre homens e mulheres chega a ser de 28% e essa era uma das reivindicações principais da jornada de luta: acabar com a discriminação salarial entre homens e mulheres.
O sindicato LAB denuncia a atitude «de vetos» do patronato, numas negociações que duram há mais de um ano.
Ontem de manhã, os trabalhadores realizaram uma mobilização na Alde Zaharra de Donostia.
Apesar da «atomização» que caracteriza o sector e de todas as dificuldades, registaram-se paralisações em muitas empresas – Ulman, Fagor Automation, BM, Zara Home, Oysho, La Caixa e Laboral Kutxa, entre outras – e também nalgumas instalações municipais. / Ver: gedar.eus