[De Luís Carapinha] A «guerra comercial» iniciada por Washington há perto de dois anos confirmou a existência de um novo patamar da confrontação estratégica do imperialismo contra a China, que muito previsivelmente marcará a evolução da situação mundial nas próximas décadas, naquela que muitos identificam como uma nova Guerra Fria.
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Não se perca de vista, no entanto, os recentes discursos doutrinários de Pompeo e Pence relativos à ameaça da China, de uma obcecada retórica agressiva, confirmando que o imperialismo se prepara para uma confrontação de longo termo. Simultaneamente, os EUA não desistem das medidas discriminatórias de excepção na frente tecnológica e a campanha geral anti-chinesa prossegue em crescendo, desde a ingerência aberta em Hong Kong e a velha «causa» do Tibete, à densa cortina de manipulação em torno da situação na província do Xinjiang, sem esquecer a saliente questão de Taiwan. (avante.pt)