Mais de uma centena de conhecidos antifascistas argentinos, chilenos e uruguaios, bem como cerca de trinta organizações, subscrevem um manifesto em que afirmam a sua oposição à conversão do juiz Baltasar Garzón em «defensor dos direitos humanos» depois de ser processado por instruir a causa dos crimes do franquismo.
Manifesto
Com a epígrafe «Condenamos al fascismo, exigimos cárcel común para los genocidas franquistas, pero no apoyamos al juez Garzón», 119 antifascistas argentinos, chilenos e uruguaios e 33 organizações sindicais, sociais e políticas, salientam que «da mesma forma que exigimos que os governantes fascistas e seus cúmplices paguem pelos seus crimes contra a humanidade e os lutadores populares assassinados possam ser reivindicados como patriotas, também expressamos a nossa oposição ao desejo de transformar num herói dos direitos humanos um juiz que, como é o caso de Baltasar Garzón, ratificou com a sua acção todo o tipo de atropelos contra cidadãs e cidadãos bascos, catalães, galegos e até árabes que passaram por esse 'tribunal de excepção' denominado Audiência Nacional».
Os signatários, entre os quais se encontram escritores, economistas e jornalistas como Atilio Borón, deputadas como Liliana Parada, activistas dos direitos humanos como Graciela Rosenblum, músicos, actores e representantes políticos, lembram ainda as ingerências de Garzón na Venezuela, de mãos dadas com a Direita local, ou na Colômbia, onde aconselhou o «governo repressor de Alvaro Uribe».
Consideram que a aceitação da queixa por se querer investigar os crimes do franquismo «atenta contra o carácter imprescritível dos crimes contra a humanidade, de acordo com a declaração da Comissão dos Direitos do Homem da ONU, e contra o senso comum».
E, por isso, manifestam a sua oposição à «designação» de Garzón como «defensor dos direitos humanos», quando «a sua actuação foi, enquanto era favorável aos seus interesses, idêntica à que agora denuncia».
Fonte: Gara
Manifesto
Com a epígrafe «Condenamos al fascismo, exigimos cárcel común para los genocidas franquistas, pero no apoyamos al juez Garzón», 119 antifascistas argentinos, chilenos e uruguaios e 33 organizações sindicais, sociais e políticas, salientam que «da mesma forma que exigimos que os governantes fascistas e seus cúmplices paguem pelos seus crimes contra a humanidade e os lutadores populares assassinados possam ser reivindicados como patriotas, também expressamos a nossa oposição ao desejo de transformar num herói dos direitos humanos um juiz que, como é o caso de Baltasar Garzón, ratificou com a sua acção todo o tipo de atropelos contra cidadãs e cidadãos bascos, catalães, galegos e até árabes que passaram por esse 'tribunal de excepção' denominado Audiência Nacional».
Os signatários, entre os quais se encontram escritores, economistas e jornalistas como Atilio Borón, deputadas como Liliana Parada, activistas dos direitos humanos como Graciela Rosenblum, músicos, actores e representantes políticos, lembram ainda as ingerências de Garzón na Venezuela, de mãos dadas com a Direita local, ou na Colômbia, onde aconselhou o «governo repressor de Alvaro Uribe».
Consideram que a aceitação da queixa por se querer investigar os crimes do franquismo «atenta contra o carácter imprescritível dos crimes contra a humanidade, de acordo com a declaração da Comissão dos Direitos do Homem da ONU, e contra o senso comum».
E, por isso, manifestam a sua oposição à «designação» de Garzón como «defensor dos direitos humanos», quando «a sua actuação foi, enquanto era favorável aos seus interesses, idêntica à que agora denuncia».
Fonte: Gara