O delegado do Governo espanhol na CAB, Carlos Urquijo, solicitou ao Ministério Público que apresente um recurso contra a nomeação de Jone Artola, da comparsa Txori Barrote, como txupinera [a que lança o foguete] das festas de Bilbo.
Urquijo argumenta que Artola «foi candidata pelo ilegalizado Euskal Herritarrok às eleições municipais de Bilbau (1999) e às eleições gerais (2000), e pelo também ilegalizado ANV nas eleições gerais de 2007». Afirma ainda que Artola «é porta-voz habitual da Etxerat» – é irmã do preso Joseba Artola – e uma das fundadoras da comparsa Txori Barrote, «que tem processos abertos na Audiência Nacional» espanhola.
O delegado espanhol considera que a sua nomeação pela Comissão de Festas, na sequência da proposta apresentada pelas comparsas, pode violar a Ley de Reconocimiento y Reparación a las Víctimas del Terrorismo. Por isso, solicita ao Ministério Público que recorra da nomeação de Artola. / Ver: naiz.info
Ver também: «A Etxerat quer denunciar o recurso interposto por Carlos Urkijo contra a nomeação de Jone Artola como txupinera e a argumentação utilizada para tal» (etxerat.info)
Um tribunal anula a eleição de Pablo Gorostiaga como pregoeiro das festas de Laudio
Pablo Gorostiaga foi autarca de Laudio (Araba) durante três legislaturas e é um dos seus habitantes mais queridos. Agora, com 71 anos, está a cumprir uma pena de 9 anos de prisão, a que foi condenado no âmbito do «caso 18/98», pela sua relação com o diário Egin.
Num processo aberto à participação popular em que foram propostos 21 nomes, Gorostiaga foi eleito pregoeiro das festas, e a Câmara Municipal, como é norma, limitou-se a ratificar a eleição. Contudo, o delegado do Governo espanhol na CAB, Carlos Urquijo, levou o assunto para os tribunais, que suspenderam a eleição de forma provisória.
Claro que Gorostiaga não ia ler nenhum pregão - previsto para 14 de Agosto às 19h00 na Herriko Plaza -, pois encontra-se na prisão de Herrera de la Mancha (Ciudad Real); assim, o Tribunal de Gasteiz, que aceitou o recurso espanhol, faz questão de sublinhar que o pregão das festas de San Roke não pode ser lido por ele «ou por qualquer outra pessoa em seu nome».
A Câmara Municipal, onde governa o Bildu, recorreu da decisão. / Ver: naiz.info e Gara