Numa conferência de imprensa conjunta com representantes do Sortu e do LAB, em Donostia, a organização juvenil Ernai afirmou que é alvo de espionagem e de vigilância por parte dos serviços secretos espanhóis e mostrou um dispositivo de áudio e vídeo encontrado numa das suas sedes. Afirmou que o CNI «mente», pois a vigilância efectuada por polícias à paisana é contínua.
Esta denúncia é feita um dia depois de o director do CNI ter negado no Congresso de Madrid que anda a espiar partidos políticos. Mikel Button, em euskara, e Irati Sienra, em castelhano, desmentiram estas afirmações e disseram que polícias à paisana vigiam continuamente esta organização.
Na conferência de imprensa, mostraram um dispositivo de vigilância encontrado numa sede. Trata-se de um mecanismo de áudio e de vídeo, utilizado, segundo referiram, para seguir os seus movimentos; a câmara de vigilância com áudio encontrava-se frente à sede, directamente apontada para a porta.
Para além dos «polícias à paisana que nos perseguem a cada passo», estes «sistemas destinam-se claramente a controlar-nos ou a escutas telefónicas». «Tudo isto evidencia que o director do CNI e o Governo espanhol estão a mentir», afirmaram Button e Sienra.
Chamaram a atenção para o facto de nos últimos tempos se ter registado um aumento na vigilância a membros da esquerda abertzale, referiram que a «câmara é uma prova do acosso incessante a que são submetidos», e afirmaram que «se trata de um grave atentado ao direito de organização e reunião» que assiste à Ernai.
Pediram aos diversos agentes sociais e partidos políticos que «ajam com responsabilidade» perante este caso. / Ver: naiz.info [Argazkian klik egin irudia handitzeko. / Clica na foto para aumentar a imagem.]
Ernai, alvo de perseguição e espionagem política [Sortu EH]
Conferência de imprensa da Ernai em Donostia, com membros do Sortu e do LAB. Declarações de Irati Sienra, em castelhano. Mikel Buttonek, euskaraz.