Centenas de pessoas juntaram-se hoje no Parque da Memória de Sartaguda (Nafarroa) para voltar a reclamar verdade, justiça e reparação para os 3500 navarros fuzilados pelos franquistas.
Andoni Ballester, jovem de 19 anos que é membro da Asociación Pueblo de las Viudas de Sartaguda, recordou que aqueles que foram mortos pelas balas dos fascistas lutavam para dar de comer às suas famílias e que, para isso, tiveram de enfrentar a Igreja e os poderosos da época. Neste sentido, sublinhou que a luta do início do século XX é a mesma que a do começo deste século. «Os pobres são cada vez mais pobres e os ricos, que são os mesmos, cada vez mais ricos. Regressámos ao «hoje vens trabalhar e amanhã não», salientou.
Para além disso, pediu ao Governo navarro que assuma o compromisso de sufragar a manutenção do Memoriaren Parkea, tal como vem na Lei, e lançou críticas ao Município de Iruñea [Pamplona] por ter promovido uma mostra sobre o Regimento América 66, que teve importância destacada na repressão fascista de 1936.
No acto, organizado pela Asociación Pueblo de las Viudas, Affna, Autobús de la Memoria e a Asamblea Inter Pueblos de Nafarroa, viam-se bandeiras republicanas, navarras, ikurriñas e anarquistas. Juntamente com uma ampla representação parlamentar – com eleitos de PSN, Bildu, Aralar-NaBai e I-E –, esteve presente em Sartaguda Fernando Yáñez, director de La Casa de Todas y Todos, do México, que luta pela recuperação dos desaparecidos naquele país americano. Yáñez recordou a figura de Javier Mina, insigne navarro na independência mexicana, e leu uma carta de mulheres mexicanas que lutam pela recuperação dos desaparecidos dirigida às mulheres de Sartaguda. / Ver: naiz.info / Ver também: Berria / Vídeo: Dia da Memória em Sartaguda (naiz.info)