Milhares de galegos e galegas voltárom a afirmar nesta segunda-feira a existência de um povo diferenciado e autoafirmado em torno do direito à existência: o direito à independência.
Foi numha dúzia de cidades e vilas que a esquerda social, sindical, cultural, feminista e política galega realizou convocatórias abertas pola República Galega, na mesma jornada e de maneira imediata ao anúncio do rei espanhol de que abdicava em favor do filho, Felipe de Bourbon, novo aspirante ao trono do Reino de Espanha.
Nom foi só na Galiza que aconteceu: um pouco por todo o Estado espanhol houvo convocatórias, mas no caso da Galiza, Catalunha e Euskal Herria, as convocatórias ficárom marcadas polo caráter soberanista e a afirmaçom nacional dos respetivos povos contra o submetimento imposto polo imperialismo espanhol.
Vigo, maior cidade operária, voltou a reunir o maior número de galegos e galegas a reclamarem a soberania e a República da Galiza. Confirmou assim a estreita vinculaçom entre a afirmaçom nacional e de classe no caso galego. As bandeiras azuis, brancas e vermelhas, «tricolor republicana galega», fôrom muito maioritárias, contrariando o «republicanismo mediático» importado dos meios televisivos espanhóis, que promocionam o enquadramento da esquerda social galega no paradigma sistémico espanhol.
Galiza pola República (Vigo, 2/6/14)
Se em Vigo fôrom milhares, também a capital da Galiza, Compostela, reuniu um grande número de vizinhos e vizinhas reivindicando a República Galega através de um processo constituinte de ruptura democrática que tenha o próprio país, Galiza, como epicentro.
Corunha, Ferrol, Ourense, Ponte Vedra e Lugo reunírom centenas cada umha, milhares ao todo, enquanto Vila Garcia, Burela e Ponte Areias também se somárom à jornada nacional soberanista. / Mais informação: Diário Liberdade [na foto: concentração em Compostela]