Na semana passada, soube-se que a ikastola Kaskarotenea, em Ziburu (Lapurdi), recebeu a visita de um secretário judicial, que lhe exigiu o pagamento de uma multa de 4300 euros (100 euros por dia desde 9 de Setembro). O presidente da Câmara, Guy Poulou, que já ameaçara cortar a luz e a calefacção, ameaça agora enviar «as forças da ordem» para despejar o edifício.
A 1 de Setembro, o Tribunal de Pau decretou que a instituição de ensino de euskara tinha um prazo de sete dias para sair do local onde se encontra, no bairro de Marinela. A federação de ikastolas de Iparralde, Seaska, insistiu que o ano lectivo começaria em Marinela, mas assumiu uma atitude dialogante, na busca de uma solução para o problema, e apresentou três propostas ao autarca.
Este último, Guy Poulou, não só rejeitou todas as alternativas avançadas, como «mandou a conta» (a Seaska já disse que vai pagar a multa) e foi fazendo ameaças de corte de luz e aquecimento às 12 crianças, à professora e à auxiliar. Mais recentemente, passou à ameaça de despejo, «recorrendo às forças policiais» se necessário for. As crianças têm entre dois e quatro anos.
A Seaska afirma que todos os agentes sociais e políticos envolvidos, com excepção do autarca, estão dispostos a encontrar uma solução para o problema. E realça a importância da mobilização convocada para 8 de Novembro, às 16h00, em Ziburu.
Grande apoio em Durango
Representantes da comunidade das ikastolas deram ontem uma conferência de imprensa altamente participada, no Plateruena, em Durango (Bizkaia), para abordar a situação da Kaskarotenea, expressar-lhe todo o apoio e reforçar o apelo à participação na manifestação de dia 8. O presidente da Federação de Ikastolas, Koldo Tellitu, sublinhou que aquilo que se passa com a Kaskarotenea se configura como «um ataque ao euskara, à cultura basca e a todo o povo que quer viver em euskara». / Ver: Seaska e kazeta.info