Na manhã de ontem, 30, cerca de meia centena de pessoas mobilizou-se frente à principal agência da Caja Laboral em Barakaldo (Bizkaia), para denunciar a consequência mais dramática das actuais políticas de cortes: o suicídio da navarra Miren Peña, de 43 anos, a 21 de Março. Recorde-se que a habitante de Antsoain, despedida da Faurecia-Orkoien em Setembro de 2013, esteve desempregada desde então. Quando a Laboral Kutxa rejeitou o seu pedido de enquadramento no «Código de boas práticas», impedindo-a de renegociar as condições da hipoteca, Miren decidiu pôr fim à vida.
Com esta acção, os organizadores quiseram também denunciar o aumento do número de despejos em Barakaldo (282 em 2014, de acordo com os dados mais recentes; o que representa um aumento de 38% em comparação com o ano de 2013). / Comunicado em boltxe.info / Mais informação: Herrikolore
CENTENAS MANIFESTARAM-SE EM IRUÑEA
No sábado, 28, cerca de 2000 pessoas participaram na manifestação silenciosa convocada pelo colectivo Los Martes al Sol que, sob o lema «La avaricia patronal y la usura bancaria nos matan», percorreu as ruas de Iruñea para protestar contra o suicídio de Miren Peña e as condições que o propiciaram.
Numa paragem frente à Confederação de Empresários de Navarra, um antigo colega de Peña na Faurecia afirmou que Peña foi despedida de forma «discriminatória e injustificada», com mais dez trabalhadores, e que depois a empresa contratou trabalhadores em regime precário. Exigiu a reintegração de todos os trabalhadores despedidos.
No Passeio de Sarasate, onde a vitrina da Laboral Kutxa apareceu repleta de autocolantes e cartazes com a inscrição «No es un suicidio, es un asesinato», leu-se um comunicado a denunciar o despedimento de Miren, «por razões ideológicas», pela sua condição de sindicalista. «Somos vítimas deste sistema injusto, que trata as pessoas como simples mercadoria», disseram. / Ver: naiz
ACÇÃO CONTRA O CAPITALISMO ASSASSINOUm grupo de jovens navarros afirmou que Miren Peña é «uma vítima do capitalismo» e que é tempo de dizer «basta». Em protesto contra o «assassinato» de Miren, levaram a cabo uma acção contra uma agência da Laboral Kutxa em Iruñea. / Ver: topatu.info