O sindicato LAB denuncia os cortes aplicados pelo Governo de Gasteiz em diversos âmbitos e afirma que, como consequência da política fiscal levada a cabo por PNV e PSE, os mais ricos saíram a ganhar; aumentou a tributação indirecta em detrimento da directa; prossegue o aumento da fraude nos rendimentos do capital; os paraísos fiscais continuam a ser fonte de negócio; e a pressão fiscal na Comunidade Autónoma Basca continua a estar sete pontos do PIB abaixo da média da pressão fiscal na União Europeia.
Numa nota, o LAB lembra que há muito critica uma política de cortes que apenas contribuiu para «aprofundar o fosso da pobreza», bem como uma «política fiscal injusta» que, não sendo a única origem dos problemas, contribuía em grande medida para «a distribuição desigual da riqueza» e para fazer dos «ricos mais ricos» à custa da grande camada da população.
Face a este panorama, o LAB critica o actual Governo por insistir em «estratégias fracassadas», considerando que o problema fundamental da falta de recursos públicos não está na despesa mas sim na receita. Neste sentido, insiste o sindicato, é necessário alterar radicalmente a política fiscal – algo que deve ser um objectivo para qualquer Governo que ponha os interesses das pessoas à frente dos dos poderosos.
E acrescenta: «Proceder à distribuição equitativa da riqueza por forma a garantir direitos sociais e laborais deve ser mais importante do que pagar uma dívida injusta; e é isto precisamente o que não se está a fazer». Para além disso, avanços como o Imposto da Riqueza em Gipuzkoa vão ser aniquilados, critica o LAB, que diz não aceitar «a senda do PNV-PSE». / Ver: LAB