A Audiência Nacional espanhola absolveu Xabier Iragorri (64 anos), Ramon Gaztelumendi (49), Joakin Izagirre (63) e Itziar Iñarra (55), que foram julgados este mês, acusados de «enaltecimento do terrorismo» por plantarem carvalhos no «Bosque dos Gudaris», em Aritxulegi (Gipuzkoa).
Um outro incriminado, Ramon Sagarzazu (49 anos), não foi julgado por estar encarcerado no Estado francês. O Ministério Público pedia 18 meses de cadeia para Iragorri, Gaztelumendi, Izagirre e Iñarra, e dois anos para Sagarzazu. Durante o julgamento os primeiros quatro defenderam o «direito à memória» e, não negando a sua participação nos actos evocativos, explicaram que eles se realizam todos os anos em Março, desde a morte do militante independentista Telesforo Monzón, e que estes possuem um carácter privado, com cada pessoa a plantar uma árvore em memória de um seu familiar falecido.
Recorde-se que, a 3 de Junho de 2014, a Guarda Civil levou a cabo a operação «Carvalho» contra o Bosque dos Gudaris, em Aritxulegi, durante a qual destruiu mais de 200 carvalhos e arrancou estacas e placas com o nome de militantes falecidos. Cinco pessoas foram presas em Oiartzun (Gipuzkoa) e outras seis foram intimadas a depor. / Ver: Berria e agências
Ver também: «O Parlamento de Gasteiz exige a libertação de Arnaldo Otegi e Rafa Díez Usabiaga» (Gara)
Por 48 votos a favor e 25 contra, o Parlamento de Gasteiz exigiu na quinta-feira, 26, a libertação de Arnaldo Otegi e Rafa Díez Usabiaga, dois dirigentes políticos que, condenados no âmbito do chamado «Caso Bateragune», ainda continuam na cadeia. Miren Zabaleta, Sonia Jacinto e Arkaitz Rodríguez, condenados no mesmo processo, saíram da prisão a 11 de Outubro último, depois de terem cumprido as penas até ao último dia.