Cerca de 700 pessoas manifestaram-se ontem, 9, em Donibane Lohizune (Lapurdi) para exigir a libertação dos presos bascos Jakes Esnal, Frederique Haranburu Xistor, Ion Kepa Parot e Unai Parot. O deportado Ángel Aldana também foi evocado.
Na mobilização, que decorreu sob o lema «26 urte, aski da! Xistor, Jakes, Ion eta Unai askatu!» [26 anos, basta! Liberdade para Xistor, Jakes, Ion e Unai!], o colectivo de apoio aos presos políticos bascos Bagoaz denunciou o facto de todos se encontrarem na cadeia há mais de um quarto de século. Três deles – Esnal, Haranburu e Ion Kepa Parot – estão encarcerados em França e, apesar de solicitarem a liberdade condicional desde 2013, até agora nenhum juiz deferiu esse pedido.
A mobilização contou com a participação de diversos eleitos em Ipar Euskal Herria [País Basco Norte], nomeadamente da coligação abertzale de esquerda EH Bai; também da deputada socialista Sylviane Allaux. Anita Lopepe, da EH Bai, afirmou que «a não concessão da liberdade condicional corresponde a uma lógica de vingança».
No final da manifestação, Yvette Debarbieux, vereadora comunista em Donibane Lohizune, e Garbiñe Eraso, do colectivo Bagoaz, leram um comunicado, em que sublinharam a necessidade de se responder afirmativamente aos pedidos de liberdade condicional e em que denunciaram o bloqueio por parte do poder político. A urgência da libertação imediata dos presos bascos com doenças graves também foi abordada.
Ángel Aldana lembrado
Referindo-se à morte recente, na Venezuela, do deportado Ángel Aldana, sublinharam as responsabilidades do Estado francês, que, ao longo de décadas e décadas, submeteu os refugiados bascos a medidas de excepção, a restrições de movimentos, a detenções, à deportação, ao exílio e à tortura. Acusaram também o Estado francês de não ter dado qualquer passo desde que, em 2013, o Colectivo de Refugiados anunciou a intenção de estes regressarem a casa, e pediram a Paris o fim imediato das medidas de excepção. / Ver: Berria e naiz