Na quinta-feira, 14, começa na Audiência Nacional espanhola, em Madrid, o julgamento de cinco jovens navarros, incriminados pela sua militância política na esquerda abertzale (processo 4/2014). O Ministério Público pede oito anos de cadeia para cada.
Jon Patxi Arratibel, Iñigo González, Gorka Mayo, Iker Moreno e Gorka Zabala foram presos pela Guarda Civil em Janeiro de 2011, por ordem do juiz Grande-Marlasca. Acusados de pertencer ao Ekin, um grupo político abertzale já desaparecido, estiveram incomunicáveis quatro e cinco dias, durante os quais foram torturados.
A tortura e a sua denúncia ficaram plasmadas no depoimento de Jon Patxi Arratibel, que o assinou com a palavra «Aztnugal» («laguntza» [ajuda] ao contrário) – um termo que passou a ser usado pelos cinco como símbolo do seu caso. Em Maio de 2015, o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem condenou o Estado espanhol por não investigar a queixa apresentada por Arratibel. / Ver: aztnugal.org
Reuniões com diversos agentes
No dia 6, Gorka Mayo, Jon Patxi Arratibel (incriminados no processo 4/2014) e Joxe Aldasoro (incriminado no processo 8/2013) compareceram no Parlamento de Nafarroa e, em representação dos seus companheiros, entregaram aos deputados de Geroa Bai, EH Bildu, Podemos, I-E e PSN um dossiê relativo aos seus casos. UPN e PP recusaram-se a participar na comissão.
No dia seguinte, representantes destes dois grupos de pessoas presas, torturadas, presas preventivamente e incriminadas por militarem na esquerda abertzale (processos 4/2014 e 8/2013 – os deste último têm julgamento marcado para Maio) reuniram-se com o INAI (Instituto Navarro para a Igualdade) e com o Defensor do Povo – Ararteko. / Ver: naiz e lahaine.org