De acordo com os dados publicados em Agosto, o El Corte Inglés obteve, em 2015, lucros de 158 milhões de euros (mais 34% que no ano anterior). O sindicato LAB afirma que «os lucros - que aumentam de ano para ano - não caem do céu», mas são obtidos à custa da degradação das condições de trabalhado dos funcionários. «E a situação é cada vez pior», sublinha.
Numa nota, o LAB refere que, no El Corte Inglés, há cada vez menos trabalhadores para realizar as mesmas tarefas e com salários e condições laborais que são piores de ano para ano. A carga horária aumentou e traduz-se em jornadas que vão até às duas da manhã, havendo casos de funcionários que, num período de 48 horas, trabalham 21 horas.
Por isso, o LAB acusa o El Corte Inglés de violar a lei, não respeitando, nalguns casos, nem as 12 horas estabelecidas legalmente entre jornadas.
Outro exemplo referido pelo LAB é a campanha, promovida pela administração na Primavera deste ano, para convencer 1340 trabalhadores a aceitar planos de reforma, «um rebuçado que dificilmente podiam recusar».
Explica o LAB que, por trás do «plano», se escondia uma espécie de despedimento colectivo encoberto, com o El Corte Inglés de Bilbo a destruir o emprego dos que tinham mais anos de casa, à custa de não realizar mais contratações e de aumentar a carga horária dos trabalhadores que ficaram. Aquilo que foi promovido como um «rejuvenescimento do pessoal» foi, na verdade, destruição de emprego e degradação de condições de trabalho.
É neste sentido que o LAB faz questão de denunciar «o que se esconde por trás dos números do El Corte Inglés, na medida em que eles resultam da exploração e da precarização das condições laborais». / Ver: LAB