Por iniciativa da Ahaztuak 1936-1977 e da Federación Asturiana Memoria y República (FAMYR), os combatentes antifascistas voltaram a ser homenageados no Alto de la Tornería, em Mazucu (Astúrias). De 1 a 21 de Setembro de 1937, ali travaram uma dura batalha contra o fascismo, pela defesa republicana da frente Norte, pelas liberdades individuais e dos povos.
Naquele local, há 79 anos, lutadores antifascistas de várias paragens, incluindo um grande número de bascos, deram provas de heroísmo e escreveram uma página de gloriosa resistência contra o fascismo, cujas forças eram dez vezes superiores em número e eram apoiadas pela Legião Côndor alemã, com todo o seu potencial bélico inovador, e pelo «Cervera» golpista, que bombardeava a partir do mar. Mesmo nestas condições, os gudaris e milicianos bascos opuseram feroz resistência ao avanço dos golpistas.
Mas o acto evocativo e de homenagem que este sábado, 10, teve lugar em Mazucu não se limitou a um exercício de memória histórica como nostalgia, procurando antes ligar as lutas do passado com as do presente e recordar que o fascismo é hoje, novamente, uma ameaça na Europa e que o mundo vive ameaçado pelas guerras imperialistas. Por isso se fez um apelo às novas gerações para que recuperem «os mais nobres ideais da unidade antifascista» e evitem que o ódio e a guerra prevaleçam.
No acto, rendeu-se homenagem a lutadores antifascistas como Periko Solabarria, já falecido, e à menina da guerra Araceli Ruiz, mas também se reivindicou lutas muito actuais e presentes, como a de Andrés Bódalo ou Alfon, ambos presos, ou a defesa de Atlántica XXII, um periódico que aposta na imprensa livre, não sujeita a clientelismos. / Com base em informação da Ahaztuak