A Polícia britânica prendeu, ontem, o ex-preso político basco Antton Troitiño. O donostiarra tinha saído da cadeia de Huelva a 13 de Abril de 2011, depois de passar 24 anos na prisão e depois de o Tribunal de Estrasburgo ter anulado a doutrina 197/2006.
«Mal pisou a rua, os partidos políticos que são o pilar do Estado fascista espanhol e os meios de comunicação ao seu serviço deram início a uma dura campanha de perseguição contra Antton», refere, numa nota, o Movimento pró-Amnistia e contra a Repressão (MpA). Poucos dias depois, a Audiência Nacional espanhola voltou a decretar a sua detenção e encarceramento.
Só o conseguiram prender a 29 de Junho de 2012, em Londres, onde passou um ano na cadeia. Em 2014 voltou a ser preso e novamente libertado. Ontem, detiveram-no e levaram-no para um centro de detenção de imigrantes.
Na nota, o MpA denuncia a detenção de Antton e exige a sua imediata libertação. Da mesma forma, critica a atitude da Grã-Bretanha, por punir, ao lado do Estado espanhol, os lutadores bascos – mesmo tendo noção de que «o Estado britânico é, tal como o espanhol, um grande especialista na opressão dos povos, na detenção e na tortura de militantes políticos, em assassinatos e guerras».
Para o MpA, sendo o povo basco alvo de opressão, estas detenções e outros ataques contra a Euskal Herria vão continuar a ocorrer enquanto não se concretizar a amnistia. / Ver: amnistiAskatasuna 1 e 2