Centenas de pessoas participaram, ontem à tarde, em Bilbo, na manifestação convocada pela Iñigo Cabacas Herri Ekimena, para exigir justiça e o fim da impunidade, quatro anos e sete meses depois de o jovem apoiante do Athletic ter sido morto pela Ertzaintza com uma bala de borracha.
A manifestação partiu às 19h00 da taberna Kirruli, no bairro bilbaíno de Indautxu, local onde Iñigo Cabacas foi atingido por uma bala de borracha disparada pela Ertzaintza, em Abril de 2012. Em dia de jogo entre o Athletic e o Schalke 04, em dia de festa, o jovem foi atingido na cabeça, vindo a falecer poucos dias depois. Desde então o caso arrasta-se, entre revelações e encobrimentos, tapaduras. Quando é para julgar trabalhadores e quem por eles luta, a Justiça é célere.
Entre palavras de ordem contra a impunidade, a exigir justiça e a dizer que «o povo não perdoará», a mobilização seguiu pelo centro da cidade e terminou junto ao Tribunal Superior de Justiça do País Basco, junto aos Jardins de Albia e à sede do PNV.
David González, um dos membros da plataforma, lembrou objectivos que presidiam à mobilização: dar apoio à família Cabacas e protestar contra a possibilidade de arquivamento do caso - decisão que, em princípio, será conhecida no dia 5.
González afirmou que, ao abordar o percurso jurídico do caso Iñigo Cabacas nos tribunais, se verifica que é uma «completa vergonha», e exigiu que o caso não seja arquivado, não se premeie a impunidade. «Queremos justiça», clamou. / Ver: Ecuador Etxea / Comunicado da Iñigo Cabacas Herri Ekimena (lahaine.org)