Intervindo no seminário «A Propaganda das Guerras», que decorreu esta quarta-feira na Biblioteca Nacional al-Assad, em Damasco, Bothaina Shaaban afirmou que os órgãos de comunicação social nacionais e a «imprensa de resistência» conseguiram romper o bloqueio mediático imposto à Síria, bem como o repúdio, tantas vezes expresso por aqueles órgãos, em entrevistar funcionários governamentais sírios, indica a agência SANA.
No seminário, organizado pelo Ministério sírio da Cultura, a conselheira política e mediática de Bashar al-Assad frisou que a Administração norte-americana se apercebeu da importância do papel dos meios de comunicação nas operações militares desde a guerra do Vietname e, em guerras subsequentes, procurou mobilizar sistemas mediáticos completos para promover os seus planos militares, tal como aconteceu na agressão ao Iraque em 2003.
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O investigador e escritor australiano Tim Anderson – autor da obra Dirty War on Syria [A Guerra Suja contra a Síria] – sublinhou que a propaganda mediática fez parte da guerra contra sete países na região, incluindo a Síria.
Anderson afirmou que a «imprensa colonial» trabalha no sentido de tornar a guerra num facto normal e num estado natural das coisas dentro do mundo da política, procurando passar a imagem de que a intervenção é levada a cabo com propósitos humanitários.
Mas o que está em causa, observou, é esmagar estados que põem em causa esse projecto colonial e procuram defender a sua soberania. (Abril)