[De António Avelãs Nunes] As crises cíclicas são um fenómeno inerente ao capitalismo, e há factores estruturais que vêm tornando a ocorrência de crises uma possibilidade cada vez mais forte, e que vêm gerando crises cada vez mais prolongadas e mais profundas, acentuando as dificuldades do capitalismo em lidar com elas. O seu estudo constitui um instrumento essencial na luta anti-capitalista.
«A Grande Depressão de 1929-1933 foi precedida de um período caracterizado por intensa actividade especulativa liderada pelo grande capital financeiro e por uma enorme desigualdade. O mesmo se verificou agora. Desde meados dos anos 1980, os ricos foram ficando cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Entre 2000 e 2007, os 1% do topo arrecadaram 75% da riqueza criada nos EUA. Em 2007, a elite dos mais ricos (0,1%) tinha um rendimento 220 superior à média dos 90% da base.» (odiario.info)