Também ontem, a oposição realizou uma grande manifestação no centro de Minsk para exigir a anulação das eleições e realizar aquilo a que chama «eleições democráticas», no contexto das pressões exercidas por países vizinhos da Bielorrússia – como Polónia, Letónia e Lituânia, exemplos de democracia ocidental, com muito revisionismo histórico, marchas (neo)nazis e tropas da NATO nos seus territórios –, além dos fortes empurrões dados pela União Europeia e os Estados Unidos.
A ingerência nos assuntos internos da Bielorrússia é mais do que clara e faz lembrar exemplos do guião de manipulação aplicado e visto na Ucrânia, na Venezuela ou na Síria. A Radio Free Europe – fundada e paga pelos Estados Unidos – tem sido um dos meios mais activos na transmissão das imagens da «luta pela liberdade» (ver @oriolsabata).
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês), uma das organizações de fachada do intervencionismo norte-americano, tem menos pejo que a máquina mediática a impor a «revolução» e não se coíbe de mostrar ao que vai: «Os EUA procuram promover o surgimento de uma Bielorrússia democrática, orientada para o mercado», afirma a USAID Belarus. (Abril)