Foi enorme a onda de indignação e revolta que ontem percorreu Euskal Herria, plasmada nas múltiplas concentrações e manifestações que, convocadas de urgência ao longo do dia, tiveram lugar ontem ao fim da tarde e à noite. Especialmente grandes foram as mobilizações nas terras dos detidos - 900 manifestantes em Orereta (Gipuzkoa), 400 em Zumaia (Gipuzkoa), cerca de mil em Arrasate (Gipuzkoa), 300 em Arbizu (Nafarroa)...
Em Iruñea, a habitual concentração das segundas-feiras frente à sede do PP contra a dispersão penitenciária e em defesa dos direitos dos presos políticos bascos transformou-se num clamor de protesto contra o assalto ao Herrira, com a participação de cerca de mil pessoas. Tanto em Donostia como Gasteiz houve manifestações com muitas centenas de pessoas. Na capital do Norte, Baiona, 150 pessoas concentram-se frente ao Consulado espanhol.
Em Bilbo, centenas e centenas de pessoas concentram-se na zona do Arriaga e do Arenal ao longo da tarde. Concluídas as buscas na sede do Herrira, registaram-se alguns incidentes, com a Ertzaintza a disparar novamente balas de borracha...
Carga brutal da Ertzaintza em Hernani [Ateak Ireki]
Em Hernani (Gipuzkoa) também se registaram incidentes e uma carga «bastante violenta» da Ertzaintza - a habitual criada servil na CAB dos fascistas espanhóis -, segundo referiram testemunhas. Quando os detidos, depois de passarem mais de 13 horas na sede do Herrira, estavam a ser levados para as viaturas, a Ertzaintza carregou sobre familiares e amigos seus e simpatizantes do Herrira que se tinham juntado nas imediações, provocando vários feridos - entre eles, a senadora da Amaiur Amalur Mendizabal, que tentava dialogar e acalmar o ambiente e a quem os polícias abriram a cabeça (foi suturada com oito pontos).
Indignação e solidariedade com o Herrira em Iruñea
Também houve tensão em Leitza (Nafarroa), onde a Guarda Civil ameaçou identificar, um a um, as centenas de participantes na concentração de protesto. Mas depois «bazaram» [Vão-se embora, de vez!]. / Dados sobre as mobilizações em Gara
Leitura:
«8 apuntes ante la última redada», de Borroka Garaia (BorrokaGaraiaDa)
La represión es eficaz cuando va en el sentido del desarrollo histórico; es, en fin de cuentas, impotente cuando va contra el sentido del desarrollo histórico. El desarrollo histórico no es otra cosa más que el resultado concreto y dinámico de la lucha de clases y de los pueblos, nada más y nada menos. La conclusión es que no existe ninguna policía ni sistema represivo en el mundo por muy poderoso que sea que pueda parar a una masa popular en alza consciente de su deber histórico y que la clave absoluta reside en el pueblo, no en lo que haga o deje de hacer el sistema represivo y las fuerzas que lo sostienen.