A plataforma Los Martes al Sol concentrou-se frente à Deputação de Nafarroa para denunciar o agravamento da situação em Nafarroa e no Estado espanhol, bem como a falta dos indicadores propalados pelos governantes para a saída da crise.
Quando 50% dos agregados familiares não podem sequer ir uma semana de férias, isso não aponta para uma grande melhoria na situação socioeconómica. Caracterizados como veraneantes na praia, os participantes na iniciativa Los Martes al Sol - que engloba um número amplo de colectivos - criticaram os governos do Estado espanhol e de Nafarroa pelas mensagens que, de há umas semanas a esta parte, andam a lançar sobre a saída da crise. Os membros de Los Martes al Sol são bem menos optimistas. [Em Portugal, começámos a sair da crise há mais tempo e temos uma campanha de engana-tolos para durar.]
«Analisámos os dados e demo-nos conta de que a situação não era tão próspera como a pintavam os governantes: sim, há menos 69 mil desempregados que o ano passado, mas também é verdade que emigraram 500 mil pessoas, que a população total diminuiu 200 mil pessoas, que há menos 400 mil pessoas activas no mundo laboral que em 2012, que temos 200 mil postos de trabalho a menos, que aquilo que antes era um emprego de jornada completa se transformou em duas meias jornadas a tempo parcial e, ainda por cima, mais mal pagas», criticam.
A plataforma sublinhou que o Estado espanhol é o segundo país da Europa com maior percentagem de contratos temporários e que quatro em cada dez desempregados não recebe qualquer tipo de apoio. Esta situação relaciona-se também com os 32 mil despejos ocorridos em 2013.
A plataforma, que estima que neste momento haja 5 milhões de pessoas em situação de «grave exclusão» no Estado, faz um apelo à defesa firme e unida dos direitos. / Mais informação: ahotsa.info via lahaine.org