quarta-feira, 30 de novembro de 2005

Liberdade para Xabier Gordo!

Há semanas estalou a polémica entre o presidente do México, Vicente Fox, e o presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez Frias. A razão prendia-se com a política seguidista de Fox para com os E.U.A. que levara Chávez a apelidar Fox de "cachorrinho" dos norte-americanos. A detenção e expulsão de Xabier Gordo, refugiado basco, demonstra que o governo mexicano não se verga apenas perante os interesses dos E.U.A., verga-se também perante o governo espanhol que decerto lhe terá pago algo em troca.

Perante isto, a Associação de Solidariedade com Euskal Herria (ASEH) condena a detenção e a expulsão de Xabier Gordo por parte do governo mexicano. A sua expulsão para o Estado espanhol, um Estado onde se tortura, comprovado por organismos da O.N.U., configura uma situação ilegal perante a legislação internacional. A sua detenção sem o direito a defesa e a um julgamento provam que estamos perante uma situação em que se violam direitos humanos, ao estilo a que o Estado espanhol nos tem habituado.

Liberdade para Xabier Gordo! Liberdade para o País Basco!

Batasuna denuncia detenção e expulsão de refugiado basco



Xabier Gordo chegou ontem a Madrid, expulso pelo Governo do México, e foi entregue às autoridades espanholas, as quais o encarceraram na prisão. As autoridades mexicanas detiveram, expulsaram e entregaram Xabier Gordo violando a legislação internacional e violando direitos fundamentais do cidadão basco. Desde que Zapatero chegou ao poder é a primeira vez que se efectua uma detenção com estas caracteristicas fora dos Estados francês e espanhol.


Através deste comunicado o Batasuna declara o seguinte:

O Batasuna denuncia de maneira firme a detenção e expulsão de Xabier Gordo e acrescenta que as atitudes repressivas não ajudam à resolução do conflito político que se vive em Euskal Herria.

O Batasuna denuncia por um lado a atitude repressiva do Governo mexicano. A detenção, expulsão e entrega às autoridades espanholas do cidadão basco de forma ilegal (sem julgamento, nem direito à defesa) supõe a violação dos direitos humanos básicos e vai contra a legislação internacional já que Xabier Gordo corre grande risco de ser torturado pelo Estado ao qual foi entregue. Esta atitude do Governo mexicano demonstra a estreita colaboração com o Governo espanhol em matéria de repressão em relação aos cidadãos bascos.

O Batasuna quer denunciar também a atitude do Governo espanhol o qual ordenou a detenção e a entrega de Xabier Gordo. Estas medidas repressivas não ajudam em absoluto na busca de soluções para o conflito político em vigor em Euskal Herria. O Batasuna constata que o Estado espanhol utiliza, uma vez mais, e de forma igual ao Governo de Aznar, as suas relações com o Governo mexicano não para procurar soluções democráticas para o conflito em Euskal Herria mas sim o incremento da repressão sobre os cidadãos bascos.

Neste sentido e perante a nova situação política no País Basco, o Batasuna quer uma vez mais reiterar o compromisso tomado no ano passado em Anoeta.

A comunidade internacional deve implicar-se de forma activa na busca de uma solução democrática para o conflito em Euskal Herria. Por isso, esta organização política apela ao Governo mexicano e a toda a comunidade internacional para que deixem de lado as vias repressivas e actuem no caminho da paz e da democracia.

Batasuna

2005-11-29

quarta-feira, 23 de novembro de 2005

Mapa de presos políticos: vergonha da Europa!



Numa altura em que o Estado espanhol prossegue o tenebroso mega-processo 18-98, em que se acusam 59 cidadãos bascos de colaborarem ou integrarem a organização armada independentista, ETA, o que deveria envergonhar toda a Europa que reclama o estatuto de civilização avançada e democrática, é altura de se recordar o mapa dos presos políticos bascos publicado pelo Gara no inicio deste ano.

Este mapa infelizmente está desactualizado. Infelizmente porque o número de presos políticos bascos nos calabouços dos Estados espanhol e francês aumentou.

Mapa dos presos políticos bascos dispersos pelos Estados espanhol, francês e, ainda, por Inglaterra, Quebec, Bélgica e México.

Quem são os cidadãos bascos acusados?


Julgamento dos 59 cidadãos bascos

Conhece aqui os 59 cidadãos bascos acusados de colaborarem com a ETA.

Lista de processados

Mega-processo contra a esquerda independentista


Manifestação solidária com acusados do mega-processo 18-98

Juiz impede que os processados denunciem o cariz político do caso

A segunda sessão do julgamento do "caso 19-98" permitiu constatar que o tribunal o tentará despolitizar. A juiza presidente impediu com brusquidão a explicação das razões de os acusados não responderem à "Fiscalía" e à Associação de Vitimas do Terrorismo. "Não nos interessa", manifestou. E, paradoxalmente, ao mesmo tempo as acusações insistem em ligar com a ETA todo o tipo de actividades empresariais, culturais ou sociais: desde uma empresa de bacalhau até uma coral...

restante notícia

Presidente da Associação de Advogados Democratas Europeus preocupado

Em entrevista ao jornal Gara, August Gil Matamala, advogado catalão e presidente da Associação de Advogados Democratas Europeus mostra a sua preocupação com o julgamento e encontra inúmeras falhas no processo.

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Coisas que se passam quando "tudo é da ETA"

"Mas como iamos financiar a ETA se a nossa empresa tinha prejuizo?". Antoni Diaz e Juan Pablo Diéguez estão há 8 anos a tentar explica-lo. Na Audiência Nacional, no que alguns chamam "Nuremberga da ETA", falou-se ontem de bacalhau, de coros suspeitos de ligações à KAS, de intrigantes excursões pela montanha...Coisas que só podem ser anedóticas ainda que mil anos de prisão não tenham qualquer piada. Como disse Inma Berriozabal: "Não havia dinheiro para mandar à ETA nem tinhamos a sua morada".

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segunda-feira, 21 de novembro de 2005

Começou o mega-julgamento contra a esquerda independentista!



Na Terceira Secção Penal da Audiência Nacional espanhola iniciou-se, por volta das 10h25, o julgamento contra 59 cidadãos bascos processados no mega-processo 18/98 contra o independentismo basco. Os processados chegaram em vários autocarros desde o País Basco, acompanhados por familiares, amigos e numerosas personalidades que se deslocaram para mostrarem o seu apoio.

O julgamento está a realizar-se na Casa de Campo, em Madrid, rodeado de fortes medidas de segurança. À chegada os arguidos bascos mostraram o Bilhete de Identidade basco que a policia não aceitou identificando-os através das fichas policiais.

em Gara.net

Queremos deixar aqui patente a nossa total solidariedade com os 59 cidadãos bascos processados denunciando que este processo-farsa mais não é que uma tentativa de criminalização do conjunto da esquerda independentista negando aos cidadãos bascos os direitos de cidadania que todos devem ter.

Mostra a tua solidariedade e manda uma mensagem!

sábado, 19 de novembro de 2005

Jon Bitoria regressa a casa depois de 18 anos na prisão

O preso político basco, Jon Bitoria, abandonou ontem a prisão granadina de Albolote para regressar, finalmente, à sua pátria, o País Basco.

No seu bairro, em Donostia, de Intxaurrondo esperavam 170 pessoas. À saída do carro não parou de saudar a todos. De seguida, um grupo de dantzaris (dançarinos tradicionais) bailaram em sua honra.

Ao Gara, expressou "alegria" e certo "nervosismo", por estar de novo entre familiares e amigos. Enviou, também, uma saudação aos "companheiros" que deixou na prisão. No dia 26 terá lugar uma recepção mais oficial em Itxaurrondo.

Por outro lado, em solidariedade com os presos, em Gasteiz concentraram-se 510 pessoas, em Iruñea 360, em Donostia 300, em Hernani 165, em Bilbau 136, em Galdakao 75, em Lazkao 70, em Bergara 62, em Etxarri-Aranatz 60, em Deba e Lezo 45, em Ugao 40, em Elgoibar e Zizur Nagusia 35, em Antzuola 30, em Getaria 28 e em Barañain 18.

domingo, 13 de novembro de 2005

Kaiera preenche a última página hoje em Durango



Hoje celebra-se em Durango o dia dos Direitos Civis e Políticos, organizado pela plataforma 18/98+. Neste momento, a iniciativa "Kaiera", que recebeu durante a sua viagem por Euskal Herria as impressões de milhares de cidadãos sobre o mega-processo contra a esquerda independentista, preencherá a sua última página arropada por diversas actividades preparadas para a ocasião. Os organizadores avaliam positivamente a resposta recebida pela sociedade basca.

ETA condena política penitenciária




A organização armada considera que "mataram Kotto" e que a causa da sua morte foi a política penitenciária impulsionada pelo PSOE. Num comunicado remetido a este diário [Gara], a ETA afirma que as "políticas de exterminio que aplicam as autoridades de Espanha e França contra os cidadãos bascos sequestrados provocaram uma nova vitima".

"Quem utiliza os presos políticos bascos como instrumento de chantagem é responsável pela morte de Kotto", afirma no comunicado. A ETA fala, assim, de "responsabilidades políticas concretas", e inclui nesta referência quem desenha as políticas penitenciárias desde La Moncloa e Matignon, mas também refere o "silêncio cúmplice de vira a cara nos salões de Ajuria-Enea".

A organização armada denuncia que, apesar de que "a dignidade e a luta" do Colectivo de Presos Políticos Bascos provocou há muito tempo o fracasso da dispersão, segue-se mantendo uma "política de vingança", cuja única "efectividade" é o sofrimento que origina. Neste sentido, denuncia as palavras de quem define como "políticos-carcereiros" e entre os quais cita expressamente Mercedes Galizzo, responsável das Instituições Penitenciárias: "Utilizando os mesmos modos que durante a época de González, repetem que "«manteremos a dispersão porque é eficaz»".

Para superar esta situação, a ETA insta a agentes, partidos políticos e instituições a adoptar compromissos e medidas concretas para que os direitos dos presos sejam respeitados, finalize a dispersão e seja reconhecido o estatuto político que corresponde aos presos bascos. Sublinha que esses objectivos se conquistarão através da "luta e da pressão popular".

A organização armada, que no inicio do comunicado expressa a sua dor e revolta pela morte de Altzuguren e transmite os seus mais sentidos pêsames aos seus familiares e amigos, afirma no último parágrafo que "o compromisso e a dignidade dos presos é um modelo para todos".

em Gara.net

sábado, 12 de novembro de 2005

É hora de se acabar com a dispersão!


Manifestação em solidariedade com os presos políticos

Carta de vitima da política de dispersão dos presos políticos por parte dos criminosos Estados francês e espanhol:

No dia de hoje, e passadas bastantes semanas do acidente ocurrido a 17 de Setembro, dirijo-me a Vossa Excelência para o pôr ao corrente dos seguintes acontecimentos:

No dia 16 de Setembro de 2005, às 23 horas, partimos com a intenção de fazer uma longa viagem desde Bilbau. Às 23h30 recolhemos um familiar no terminal municipal de Etxebarri, Biscaia, os que ali esperavam para se despedirem desejaram-nos uma boa viagem. Às 0h00 do dia 17, a mesma operação em Ermua, Biscaia e só nos faltava passar por Bayona para recolher os últimos, para de seguida nos dirigirmos à prisão de Clairvaux. Vão esperançados, apesar de saberem que os esperam mais de 1100 km de ida e outros tanto de volta. Não é uma viagem de prazer, vão ver os seus familiares e amigos presos todos os meses e viajam pessoas de 81 anos e crianças de 8.

Ao chegar a Bayona, na auto-estrada, à 1h15 do mesmo dia, toda a nossa viagem se esfuma. Um camião, depois de galgar o separador da auto-estrada e invadir a nossa faixa, colide com a nossa furgoneta. Como consequência, duas pessoas tiveram de ser hospitalizadas durante 3 dias, uma com fortes dores na cabeça, costas, abdómen, das quais, todavia, ainda não se recuperaram, assim como das terriveis sequelas psicológicas,...(dentro de dois meses voltarão de novo para ver o seu filho). A outra pessoa sou eu, com o dedo indicador da mão esquerda praticamente amputado (fractura aberta do osso, rotura de artéria, tendões...). Requerendo uma operação de 4 horas com anestesia total. Hoje estou em reabilitação e a coisa parece ser para durar. Os danos materiais são avultados.

Estes acontecimentos levam-me às reflexões que aqui exponho:

- A dispersão que aplicam os Estados francês e espanhol no cumprimento da pena, em que beneficia a reinserção?

- Por que aplicar um castigo suplementar aos familiares e amigos (muitos deles que não podem valer-se por si mesmas e que não cometeram nenhum delito) que têm de percorrer milhares de quilómetros para realizar as visitas?

- Passou-se a arrepiante lista de 191 acidentes, de familiares e amigos, ocorridos nos Estados espanhol e francês de 1995 a 2005, nos quais morreram um total de 16 familiares e amigos e isto só me produz indignação e tristeza. Só nos últimos 5 anos, 132 acidentes, dos quais 10 se produziram no Estado francês. Esta é a relação:

- 2001. 10 de Fevereiro, Chateauroux (familiares). 31 de Março, Saint Martin de Ré (familiares).

- 2002. 8 de Junho, Perpignan (2 amigos). 23 de Novembro, Joux la Ville (3 amigos).

- 2004. 5 de Junho, Uzerche (2 amigos). 12 de Agosto, Muret, (3 familiares).

- 2005. 14 de Maio, Muret-Seysses (3 familiares). 21 de Junho, Fleury Merogis (3 familiares). 12 de Agosto, Angouleme, (2 amigos). 17 de Setembro Clairvaux (um familiar e um condutor).

Não é de estranhar, percorrendo mais de 15.000.000 de quilómetros anuais!

- Os mortos nestes acontecimentos já não podem falar, mas eu quero reclamar que é dever, da justiça espanhola e francesa e, como tal, do Ministério que vós dirigis, não pôr mais entraves, repatriando os presos aos seus lugares de origem para poder estar com eles sem ter que perder tempo, dinheiro e em certas ocasiões...a vida.

- Responsabilizo os Estados francês e espanhol dos acidentes dos familiares e amigos motivados pela actual política assassina de dispersão.

- Creio que a dita política não ajuda em nada o solucionamento do conflito que vivemos neste país e em cuja resolução os presos deveriam tomar parte.

- Espero que quando volte a estar em condições de conduzir não tenha que sair da minha terra para localidades distantes. Se não for assim, tenham como certo que continuarei oferecendo-me para levar estas pessoas para onde for preciso.

em PAT

Preso político sofre represálias

O preso político basco Josu Amantes foi despido à força depois da visita dos seus familiares na prisão de Villabona no passado dia 1, e posteriormente foi transferido para a prisão de Soria depois de passar um dia em Langraitz, segundo denunciou a organização Askatasuna.

Depois de receber a visita dos seus familiares na semana passada, Amantes foi obrigado por parte de seis funcionários da prisão asturiana a despir-se, o que recusou. Foi então que o chefe de serviço lhe baixou os boxers à força.

em JoTaKe-LaHaine

Protestos contra detenções e tortura



Cerca de 300 pessoas manifestaram-se ontem em Donostia para denunciar as últimas detenções, a tortura e a criminalização da juventude. Responsabilizaram o PSOE por esta situação e salientaram "a implicação do PNV e da EA". No marco desta mobilização, a Segi [organização juvenil independentista ilegalizada] anunciou que iniciará uma interlocução nacional para rematar "compromissos".

Gara.net

Gara entrevista Lluís Xirinacs

O ex-senador Lluís María Xirinacs acaba de passar pela prisão, aos 73 anos, por definir-se como "amigo da ETA". Confessa, foi uma reacção de rebeldia confrontando o delito de "apologia" [do "terrorismo"], e a concretização na prática do principio de Ghandi de "escolher a favor do oprimido e contra o opressor".

Xirinacs é um símbolo da luta da Catalunha pela amnistia durante o franquismo, assim como um defensor da recuperação dos direitos nacionais desse país. Há duas semanas foi encarcerado e posto em liberdade por se declarar amigo da ETA e do Batasuna e inimigo do Estado espanhol durante a celebração da Diada de 2002. Tudo isto, explica ao Gara, por um compromisso pela luta não violenta e de defesa do oprimido.

Lê aqui a entrevista

sexta-feira, 11 de novembro de 2005

Deportação também é terrorismo

A associação de familiares de represaliados políticos bascos recordou hoje que mais de 2000 cidadãos bascos se encontram no exilio depois de terem fugido "por causa da repressão dos Estados". Neste contexto, Maite Robles destacou o caso do seu companheiro falecido.

Decorriam os tempos dos GAL [grupo terrorista criado pelo Estado espanhol] quando Angel Lete, deportado político basco morto em Cabo Verde em Dezembro de 2002, foi detido no País Basco norte. Era 1985. Cumpriu os sete meses de condenação impostos por París mas, em vez de ficar em liberdade, o Estado francês ditou-lhe uma ordem de confinamento. Tiveram-no um mês rodando de departamento em departamento, sempre sob uma estrita vigilância policial que não lhe permitia realizar nem uma chamada. Um dia, sem pré-aviso, transferiram-no para o aeroporto Charles de Gaulle rumo ao Senegal. A etapa seguinte foi Cabo Verde, onde o obrigaram a viver durante 17 anos até ao seu falecimento.

Ontem, a sua companheira Maite Robles, junto a familiares de exilados políticos bascos, recordou sensivelmente emocionada aqueles dias de confinamento e deportação. Ao longo desses 17 anos fez nada mais nada menos que 55 viagens ao arquipélago africano. A última foi para repatriar o cadáver do seu companheiro.

"Em toda a viagem tiveram-no com as algemas postas, só as tiraram em Cabo Verde, onde chegou com o céu em cima e a terra em baixo. Começou a viver numa base militar com outros deportados bascos. Tinham a opção de sair à rua mas controlavam-lhes cada movimento. Não tinha nenhum tipo de documentação que acreditasse quem era", explicou Robles. "Imaginem-se como se pode encontrar uma pessoa que nem sequer pode explicar aos locais quem é e por que o levaram para aquele país. Isto gera uma grande impotência, medo e insegurança", destacou.

em Gara.net

quinta-feira, 10 de novembro de 2005

Navarra

O Presidente do Governo de Navarra, Miguel Sanz, declarou que "só os ingénuos podem pensar em acabar com a ETA sem contrapartidas" e sustentou que em Navarra não aceitarão "a paz por territórios" explicando que os independentistas querem "anexar" Navarra. Pois esquece-se o sr. Miguel Sanz que Navarra é um território histórico do País Basco assim como as restantes regiões e esquece-se que cabe ao povo decidir o destino de Navarra.

Gara.net

terça-feira, 8 de novembro de 2005

Acções em Iruñea, Durango e Iurreta

Na madrugada de Sábado para Domingo, explodiram dois artefactos explosivos em Iruñea (Pamplona). A acção desenvolveu-se depois de se ter queimado há dias uma caixa "multibanco" em Durango e geradores eléctricos em Iurreta. Nestas duas últimas acções, uma chamada anónima reivindicou-as denunciando a política repressiva de dispersão do PSOE que levou à morte de José Angel Algutzaren "Kotto". Na chamada anónima aclarou-se que enquanto seguirem os ataques do Estado espanhol contra Euskal Herria continuarão as respostas a esses atentados ao povo basco.

sexta-feira, 4 de novembro de 2005

Otegi, porta-voz do Batasuna, condenado a um ano de prisão



Em 2003, Arnaldo Otegi, porta-voz do Batasuna, acusou o rei espanhol de ser o responsável dos torturados enquanto chefe máximo do exército espanhol. O Supremo Tribunal espanhol condenou-o ontem a um ano de prisão por delito de injúrias graves contra o rei do Estado espanhol.

em Diário Digital

Arnaldo Otegi, a ser encarcerado nos calabouços do Estado espanhol, será preso por ter cometido um crime. O de ter dito a verdade. O rei espanhol é, efectivamente, o chefe máximo do exército espanhol e chefe máximo do Estado, comportando esses cargos, mesmo que de forma anti-democrática, confere-lhe a responsabilidade do que se passa no seio das forças armadas e do aparelho estatal. São polícias e militares os que torturam movidos pela ideologia fascista, perpetuada na figura do rei e da monarquia após a morte de Franco. A tortura é um instrumento usado pela repressão fascista desde a guerra civil que arrasou o Estado espanhol, um instrumento usado na longa noite fascista do regime franquista e um instrumento usado depois da farsa chamada transição.

O rei é, efectivamente, o chefe dos torturadores.

quinta-feira, 3 de novembro de 2005

Assina em solidariedade com os cidadãos e associações bascas!



"O Grupo de Trabalho 18/98+ elaborou um caderno "Kaiera". 100 pessoas colaboraram na edição do mesmo e durante os próximos meses o caderno vai percorrer todo o País Basco para recolher a colaboração de milhares de cidadãos para se formar um manifesto comúm em defesa dos direitos civis e políticos."

em Kaiera



A todos os portugueses que queiram deixar a sua marca, uma palavra, um verso, um grito de revolta, um gesto de solidariedade poderão faze-lo neste link deixando o nome em Izena, o endereço electrónico em Helbide Elektronikoa e a mensagem em Zure Ekarpena. De seguida, basta carregar-se em Ekarpena Bidali.

Todos contra o processo 18/98!

Constituimos o grupo de trabalho 18/98+. Somos tanto pessoas preocupadas como directamente afectadas pelos mega-julgamentos instruidos pela Audiência Nacional cujo começo está prestes a iniciar-se. O 18/98 é o sumário matriz com que se pretende validar a tese que identifica actividades políticas e sociais legitimas com a cumplicidade, colaboração ou pertença à ETA. Desta tese, que se pretende ratificar judicialmente, derivam outros muitos sumários e actuações que caracterizaram um período político em que a deriva autoritária foi evidente.

Nestes procedimentos constatam-se desvios graves no normal funcionamento de um Estado de Direito, entre eles:

  • privação de garantias juridicas das pessoas processadas: fianças económicas desmesuradas, abuso da prisão preventiva, condições de detenção que derivaram em reiteradas denúncias de torturas e maus tratos.
  • instrumentalização política da legislação; com aplicação generalizada e expansiva de tipos delitivos indeterminados e procedimentos ideológicos baseados em documentos sem valor provatório.
Estas circunstâncias revelam actuações ao serviço de uma estratégia política cuja finalidade é retirar da legalidade espanhola a um amplo espaço social e político basco, vulnerando direitos civis e políticos - expressão, reunião, associação, liberdade ideológica e direito à dissidência - de pessoas e grupos que defendem que Euskal Herria existe como povo e tem direito a decidir como tal.

Ao amparo da sua lógica de função de perseguir presumiveis delitos, o Estado criminalizou ideias, iniciativas e actividades sociais e políticas legitimas, que no seio da nossa sociedade perseguem fins legitimos por meios igualmente legitimos.

Esta vulneração de direitos individuais e colectivos afecta directamente a sociedade basca no seu conjunto. Esses direitos, liberdades e garantias são património de toda a cidadania, de todas as pessoas, estejam ou não imputadas. Como tal, o desenvolvimento destes julgamentos não pode contemplar-se com indiferença.

Quem forma este grupo de trabalho 18/98+, que não partilha necessáriamente dos mesmos projectos sociais e políticos, coincide no direito a defende-los. Creem num País Basco respeitoso da sua pluralidade e riqueza social que deve poder construir-se em liberdade e em respeito a todos os direitos de todas as pessoas.

em Plataforma 18/98+

3 jovens detidos pela Guardia Civil


Centenas de presos políticos bascos enchem os calabouços das prisões espanholas e francesas


Aitor Larreta foi preso quando saía do seu trabalho enquanto que em Amara Berri foi detida Maddi Fernández, uma jovem menor de idade. Pelo que parece os dois detidos encontram-se incomunicados no quartel de Intxaurrondo.

O terceiro detido, o indautxutarra Ander Lezamiz - trabalhava em Marruma -, foi preso e transferido ao quartel de Intxaurrondo para sair depois em liberdade.

em Gara.net

A repressão continua, dia após dia, sem se deter perante a idade das suas vitimas. É este o Estado que diz querer a paz e não a guerra? Quem é terrorista afinal?

Até sempre, Jose Angel Altzugaren!

Por todo o País Basco saíram milhares em protesto, raiva e dor pela morte de Jose Angel Altzugaren. Em Donostia, a polícia disparou várias vezes para o ar e prendeu um dos manifestantes, encarcerado agora em Madrid. Em Bera, terra natal de Altzugaren, o povo saiu à rua para uma última homenagem ao combatente basco.


População acompanha a urna com ikurriñas (bandeiras bascas)


Povo sai à rua para a última homenagem


Punhos erguidos ao som do hino nacional do "Combatente basco"


Arnaldo Otegi, dirigente do Batasuna, transportando a urna

Preso político basco encontrado morto na prisão



José Angel Altzugaren "Kotto", beratarra de 39 anos, foi detido no dia 22 em Bera e foi preso para cumprir o resto da pena, e foi dispersado para a prisão de Soria, apesar de necessitar de tratamento médico - sofria depressões -, o que não lhe foi dispensado, pelo que a falta de atenção médica pode ter sido "fatal". Fontes da prisão informaram que acharam o corpo enforcado de Altzugaren na sua cela. O seu corpo chegou a Bera onde se instalou uma capela ardente.

em Gara.net

Repudiamos a morte de mais um cidadão basco vitima da repressão fascista do Estado espanhol que mais não é que uma prisão de povos. A luta dos povos será a tumba do fascismo!