Os companheiros de trabalho de Iñaki Igerategi concentraram-se ontem de manhã no parque de bombeiros de Tolosa (Gipuzkoa), convocados pelo sindicato LAB, onde denunciaram os maus tratos relatados por Igerategi e Inaxio Otaño durante o período de incomunicação.
Oihana Barrios (Jaiki Hadi): «A incomunicação é, em si mesma, uma forma de maus tratos» (
Info7 Irratia)
«El Estado vuelve a mostrar su naturaleza» (editorial do
Gara)
Tolosako parkeko suhiltzaileek Iñaki Igerategiren atxiloketa nola izan zen kontatu dute (pdf)
Bideoa: Atxilotuen aldeko elkarretaratzea Andoainen (Aiurri)
«Era segunda-feira à noite, o dia grande do Carnaval de Tolosa. Quando fomos trabalhar, pensámos que Tolosa estaria cheia de gente e comentámos entre nós que talvez fosse uma noite complicada», afirmam os companheiros de trabalho de Igerategi num comunicado, onde relatam a forma como ocorreu a detenção.
Diz assim o texto. «Por volta da 1h30 da madrugada, ao regressar de uma intervenção num incêndio e depois de deixar os camiões preparados para outra possível saída, tocou a campainha. Ao abrir a porta, dois guardas civis entraram no edifício, perguntando por Iñaki. Este respondeu-lhes calmamente que era ele, e os agentes mostraram-lhe as algemas e comunicaram-lhe que estava detido. Na cara de Iñaki via-se que não percebia o que se estava a passar; estava completamente surpreendido com o que estava a acontecer».
«Quando o levaram – prossegue o texto –, lançámos um "Animo Iñaki!", porque duvidávamos de que se tratasse de uma paródia de Carnaval. Iñaki perguntou-lhes qual a razão da detenção, e os guardas civis responderam-lhe que lho diriam na devida altura».
Os companheiros de Igerategi afirmam que, apenas meia hora após a detenção, a notícia saía num meio de comunicação espanhol, que precisava que ocorrera no parque de bombeiros de Oria. «Parece que alguém já teria sido avisado que a detenção se ia dar», criticaram.
No decorrer da concentração que realizaram ontem de manhã, convocada pelo sindicato LAB, denunciaram as torturas relatadas tanto por Igerategi como por Inaxio Otaño, Ttintto, detido na mesma operação em Andoain.
«Dizem que vivemos um novo tempo, tempo cheio de esperança, tempo de soluções. Contudo, parece que alguns não têm a mesma intenção», afirmaram.
Acrescentaram que «não admitem que alguém venha ao nosso posto de trabalho deter os nossos companheiros e, menos ainda, torturá-los e encarcerá-los. Assim não se alimenta a paz. Assim, espalha-se o sofrimento, nada mais».
A Deputação, «preocupada» com as denúncias dos detidos
Perante os relatos de torturas efectuados na véspera por ambos os detidos na Audiência Nacional, a Deputação de Gipuzkoa emitiu uma nota em que afirma que «a tortura e os maus tratos são uma grave violação dos direitos humanos, e hão-de ser erradicados».
Em seu entender, estas práticas «estão fora do novo tempo de esperança que os cidadãos bascos vivem», e «não fazem mais que prolongar o conflito que o nosso país sofre». Solicita ainda «a erradicação de qualquer tipo de tortura contra qualquer pessoa». / Fonte:
Gara
A Polícia francesa deteve Oier Oa em Angelu
De acordo com a agência Europa Press, citando fontes do Ministério espanhol do Interior, a detenção de Oier Oa, efectuada por agentes da Polícia francesa (CRS), ocorreu pelas 18h30, quando o jovem donostiarra andava de bicicleta pela praia de Angelu (Lapurdi). A Polícia diz que era portador de documentação falsa.
O donostiarra encontrava-se foragido desde Outubro de 2009, depois de não ter comparecido ao julgamento que ia decorrer na Audiência Nacional espanhola por ser membro da Segi. De acordo com as fontes citadas, o jovem foi levado para a esquadra de Baiona, para ser interrogado. / Notícia completa:
Gara
Concentrações junto aos hospitais pela libertação dos presos com doenças graves
Ontem, o Herrira realizou concentrações junto aos hospitais de Iruñea, Donostia, Bilbo e Gasteiz, nas quais estiveram presentes profissionais da área da Saúde, para pedir a libertação dos presos e presas com doenças graves.
Ali, chamaram a atenção para as situações que se estão a viver nas prisões, «com presos e presas que têm doenças graves, que estão encarcerados há 15, 20, 25 anos e que em muitos casos já cumpriram a pena na íntegra». São pessoas que apresentam graves quadros psicológicos, algumas operadas ao coração, outras com cancro, e há um preso ainda que pode ficar cego... E continuam dispersos a centenas de quilómetros, suportando situações de isolamento, stress, má alimentação, falta de cuidados médicos.
A situação do preso de Basauri Txus Martin, que tem uma grave doença psicológica, preocupa particularmente o Herrira. / Notícia completa:
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Última sexta-feira do mês: concentração na Sunsundegi
O sindicato LAB está a levar a defesa dos direitos dos presos aos locais de trabalho, «porque o contributo de todos é necessário para que os presos políticos bascos regressem a casa». Como ontem era a última sexta-feira do mês, organizaram uma concentração junto à empresa Sunsundegi, de Sakana (Nafarroa), tendo recordado especialmente a situação que Jesus Mari Mendinueta está a viver, por se encontrar gravemente doente. / Fonte:
ateakireki.com