quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Juristas internacionais pedem a Madrid e a Paris que ponham fim às medidas de excepção contra os presos

A Associação Americana de Juristas, com estatuto consultivo junto da ONU, critica a política de dispersão aplicada aos presos políticos bascos e recorda a urgência de resolver casos como os de Txus Martin ou Iñaki Erro, gravemente doentes.

Declaração da Associação Americana de Juristas (pdf)

Herrira: «Uma manobra do PNV evita que o PSE vote a favor de uma moção sobre presos em Zornotza»

Num comunicado, o Euskal Herriko Giza Eskubideen Behatokia deu conta de uma declaração apresentada pela Associação Americana de Juristas (AAJ, organização internacional com estatuto consultivo junto da ONU) por ocasião do 19.º período de sessões do Conselho de Direitos Humanos, na qual se aborda o caso dos presos políticos bascos.

Na declaração, a associação internacional recomenda a «resolução das situações de isolamento, dispersão em centros de detenção distantes ou os casos de doença».

A AAJ insiste especialmente na denúncia da política de dispersão aplicada ao colectivo de presos bascos, «recordando que a mesma é contrária ao artigo 10.º parágrafo 2 do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, além de ser una situação susceptível de constituir um tratamento desumano e degradante e um atentado ao direito a uma vida familiar».

Apontam ainda o custo económico da dispersão e o ataque ao direito à defesa dos presos.

Finalmente, a AAJ recorda a especial urgência de que se revestem os casos dos presos com doenças graves Txus Martin e Iñaki Erro e convida os estados implicados, em particular o espanhol e o francês, «a ajustar-se à jurisprudência do Tribunal Europeu de Direitos Humanos». / Fonte: Gara

Este sábado, jornada solidária com os presos em Arrotxapea
O Herri Bilgune de Arrotxapea (Iruñea) deu uma conferência de imprensa, ontem, para apelar à participação na jornada solidária com os presos e presas políticos do bairro, bem como na manifestação que partirá às 12h30, também no sábado, da Praça Aita Barandiaran.
Referiram que os sete presos políticos do bairro vêem os seus direitos violados diariamente. Todas as semanas, os seus familiares têm de fazer 4839 km para os visitar, «com o perigo que representa e a sangria económica que provoca».
«No novo cenário político criado em Euskal Herria, todas estas situações estão fora de contexto e não são mais que um sinal da pouca cultura democrática do Governo espanhol. Chega de utilizar os presos e presas como reféns políticos. Chega de castigar os seus familiares e amigos. Temos de exigir aos estados espanhol e francês que mudem a sua política penitenciária. A começar pela dispersão. Os presos e presas políticos bascos têm de estar em Euskal Herria e ser senhores dos seus direitos». / Fonte: ateakireki.com

Leitura:
«Carta de Arnaldo Otegi desde la cárcel de Logroño», de Arnaldo OTEGI (lahaine.org)
«Solo la construcción de una Alternativa Radical, Democrática y Popular podrá corregir el actual estado de cosas»

Solidariedade com Oier Oa, que foi levado para Paris

Os signatários do Acordo de Gernika em Donostia protestaram contra a detenção de Oa, tendo referido que este tipo de acções «não se enquadra» no novo tempo aberto em Euskal Herria. «Os estados não se adaptam ao novo tempo e empenham-se na aplicação de estratégias de guerra para a construção da paz», afirmaram.
Pediram aos estados que ponham às detenções e ainda o envolvimento dos donostiarras, para que «ponham um travão a estes abusos».
«Temos vindo a proclamar a necessidade de construir um muro popular, de dizer 'basta' a este tipo de acções», concluíram.

Entretanto, Oier Oa, detido na sexta-feira em Angelu, já saiu da esquadra de Baiona, tendo partido com destino às instalações da Subdirecção Antiterrorista (SDAT), em Levallois Perret, nos arredores da capital francesa.
De acordo com o procedimento habitual, a Polícia francesa pode manter os detidos incomunicáveis durante quatro dias, sem que estes estabeleçam contacto com um advogado de confiança. O detido costuma passar a última fase destas 96 horas na sede da SDAT, e, cumprido esse prazo - por vezes antes disso -, é levado à presença de um juiz. / Fonte: Gara

Imanol Beristain foi recebido por 200 pessoas, em Erromo
O ex-preso político Imanol Beristain Gutierrez, Lolo, já se encontra em casa, com a mulher e a filha de poucos meses. Chegou a Erromo (Bizkaia) às 2h45 da madrugada de ontem, tendo sido recebido por pessoas do bairro e da região, amigos e colegas da ikastola, cerca de 200 pessoas que se juntaram nas imediações da Branka kultur elkartea. No meio de toda a emoção e festa, da txalaparta, da adarra e das flores, dos abraços, dos beijos e dos sorrisos, as gentes do bairro não se esqueceram de Kitxu, o único preso político do bairro actualmente na prisão. «Kitxu gurekin nahi dugu» será a próxima reivindicação.

Nesta primeira sessão de boas-vindas, houve ainda tempo para os bertsos e o aurresku dedicados a Imanol, que recordou os «companheiros que estão lá dentro» e pediu um salva de palmas «para os familiares que tanto e tanto sofrem». Depois, retirou a sua foto da Branka e fez-se um brinde. Alguns minutos mais tarde, seis patrulhas da Ertzaintza espalharam-se pela localidade, três das quais a 50 metros da taberna. Em todo o caso, não se verificaram incidentes. / Notícia completa: ukberri.net / Fotos: ukberri.net

Recepção a Iker Iparragirre em Azpeitia
Iker Iparragirre está novamente em liberdade. Saiu da prisão de Soto del Real (Madrid) pouco antes das 21h00 (na segunda-feira), e pôs-se a caminho de Azpeitia (Gipuzkoa) com familiares e amigos, percorrendo os 420 km de distância. Segundo o Uztarria.com pôde apurar, amigos que seguiam num automóvel depararam com um controlo da Guarda Civil à chegada à prisão. No regresso, o mesmo filme, também com os familiares.
Iparragirre foi detido em França em 2007 e, depois de cumprir a pena de quatro anos a que foi condenado, foi extraditado para o Estado espanhol, a 16 de Fevereiro último.
Ontem, Iker Iparragirre chegou a Azpeita por volta das 2h00 da manhã, tendo sido recebido por cerca de 100 pessoas na taberna Orkatz. Depois do aurresku, o azpeitiarra retirou a sua fotografia da parede da taberna. / Fonte: uztarria.com

Sete sindicalistas do LAB foram julgados e Botín também

Hoje, foram julgados sete militantes do LAB por uma acção no Banco Santander. Paralelamente, Emilio Botín, presidente do Banco Santander, foi alvo de um julgamento popular.

No final de 2010 sete militantes do LAB levaram a cabo uma acção, convocada pela Federação Sindical Mundial, numa agência do Banco Santander em Iruñea. O objectivo era denunciar o facto de a banca se estar a apropriar da riqueza gerada pela classe trabalhadora. Ontem, 28 de Fevereiro de 2012, esses sete militantes foram a julgamento.

Paralelamente, Emilio Botín, presidente do Banco Santander, que há pouco anunciou que tinha ganho 5 mil milhões de euros, foi submetido a um julgamento popular. Estiveram presentes e testemunharam diversas pessoas afectadas pelo Santander, o la Caixa e a banca espanhola em geral, tendo sido afirmado que a reforma laboral e os cortes em serviços públicos são impostos pela banca. Também foi denunciada a colonização espanhola da América Latina através de empresas como o Santander, a Telefónica e as grandes empresas petrolíferas. Leram-se mensagens de apoio de sindicatos de outros países e, no final do julgamento, Botín foi condenado a distribuir a sua riqueza pela classe trabalhadora. / Fonte: ekinklik.org via lahaine.org

Acção do LAB no Banco Santander

Ver também: «Sindicalistas do LAB julgados por um protesto no Banco Santander pedem que os responsáveis da crise sejam processados» (Gara)

Leitura:
«Vestidos de desnudez», de Antonio ALVAREZ-SOLÍS (insurgente.org)

A associação de vítimas do 3 de Março exige ao Estado espanhol que reconheça o mal causado

Numa conferência de imprensa que decorreu ontem em Gasteiz, a associação de vítimas do 3 de Março criticou o facto de o Estado espanhol considerar «insuficientes» os passos dados pela esquerda abertzale «quando é incapaz de reconhecer todo o sofrimento causado e as atrocidades cometidas desde a rebelião militar do golpe de 1936».

A associação voltou a exigir ao Governo espanhol que «assuma a sua responsabilidade em todos os crimes decorrentes da violência de Estado, e não apenas os de 3 de Março». Neste sentido, solicitou a constituição de uma Comissão da verdade, para que «o Estado ponha fim à discriminação e reconheça todas as vítimas por igual». «Já é hora de que a violência de Estado seja assumida em toda a sua dimensão», insistiram.
Para além disso, o porta-voz da associação, Andoni Txasko, deu a conhecer as iniciativas previstas para o 3 de Março deste ano, que evocam aquilo que se passou em 1976 - cinco trabalhadores morreram no bairro de Zaramaga na sequência de uma intervenção policial. / Notícia completa: Gara / Ver texto na íntegra em martxoak3.org

O Supremo espanhol reforça a impunidade do franquismo
Tal como se previa e como foi proposto pela Procuradoria, o Supremo Tribunal espanhol evitou um grande escândalo internacional ao absolver o juiz Baltasar Garzón da acusação de «prevaricação». Contudo, a mesma decisão dá razão a quem o pôs no banco dos réus, ao sentenciar, e com argumentação abundante, que os crimes do franquismo não podem ser perseguidos, o que se fica a dever, entre outros motivos, às decisões tomadas na chamada «transição», em relação à qual se desfaz em elogios. / Ramón SOLA / Ver: Gara

Ver ainda e notar bem: «Câmara Municipal de Bilbo e Deputação da Bizkaia patrocinam uma conferência de um coronel sobre a espanholidade de Melilla» (Bilbo Branka)
O acto irá decorrer no próximo dia 1 de Março, às 19h30, no Hotel Silken Indautxu, e tem como título «Melilla: Sol de España en Africa».

Willis Drummond - «Ez da dudarik»


Tema do álbum Istanteak (2011). A banda é de Baiona.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Manifestação em Iruñea pela libertação dos presos com doenças graves

No âmbito das acções de apoio aos presos que o Herrira tem vindo a desenvolver nas últimas semanas, este movimento convocou para dia 31 de Março, em Iruñea, uma manifestação para pedir a libertação de Iñaki Erro, Iñaki Etxeberria, Josetxo Arizkuren e Jesus Mari Mendinueta, quatro presos navarros «que têm patologias graves, sendo que a sua permanência na prisão está a contribuir para que se agravem e se possam tornar irreversíveis», referiram porta-vozes deste movimento.

O Herrira, num comunicado lido em euskara por Fran Balda e em castelhano por Itxaso Torregrosa, pede a libertação urgente destes presos, «por se tratar de uma questão de saúde, de mero respeito pelos direitos humanos, e também de lógica política numa situação como aquela em que nos encontramos».

Na sua opinião, é «muito grave» que os Governos espanhol e francês «continuem instalados no não, que continuem a brincar com a saúde e a vida dos presos e dos seus familiares». Por isso, pediram aos cidadãos que encham as ruas de Iruñea no próximo dia 31 de Março, «para dizer aos governos que está na hora de dar passos positivos, e que a libertação dos presos com doenças graves deve ser uma questão prioritária na sua agenda».

«No dia 31 de Março vamos manifestar-nos por uma mudança na política penitenciária, uma mudança positiva, que contribua para consolidar um cenário de paz para todos e que também tenha em conta o sofrimento dos presos e dos seus familiares», concluíram. / Fonte: Gara / Mais info: ateakireki.com

Herrira mugimendua - prentsaurrekoa Iruñean (erdaraz)

Concentrações de apoio a Oier Oa em Larresoro
O jovem donostiarra, detido na sexta-feira em Angelu (Lapurdi), ainda se encontra na esquadra de Baiona, podendo continuar ali retido até hoje (ainda que a kazeta.info mencionasse a hipótese de o levarem para Paris ontem mesmo).
Tal como tinha acontecido no dia anterior, ontem voltou a haver uma concentração em frente à Câmara Municipal de Larresoro (Lapurdi) para apoiar Oier e protestar contra a sua detenção.

Oier Oa Pujol foi detido na sexta-feira à tarde quando andava de bicicleta na praia de Angelu. De acordo com as agências espanholas, que citam fontes policiais, transportava numa mochila documentação falsa, um documento falso da Guarda Civil e dinheiro, tendo-se apresentado como membro da ETA.
O jovem nasceu em Donostia em 1984. Encontrava-se foragido desde Outubro de 2009, depois de não ter comparecido ao julgamento em que era acusado de ser membro da Segi. Em Março de 2010, a Polícia espanhola incluiu-o na lista de membros da ETA mais procurados. / Fontes: Gara e kazeta.info

«Entrevista a Gatza, preso político durante 31 anos» (amnistiapresos)
Nasce em Zornotza (Bizkaia) a 10 de Julho de 1958. Passa 30 anos e 9 meses na prisão, sai em liberdade em Abril de 2011; era o preso político que há mais tempo se encontrava na prisão na Europa. Ao longo de todos estes anos passou por tudo: a dispersão, 14 prisões diferentes, 190 dias de greve de fome, uma tentativa de fuga, os atrasos na data da sua libertação, as tareias... / Original em euskara no semanário Argia (12 de Fevereiro de 2012)

Ezker Abertzalea: «Construyamos la paz en el processo democrático»

Texto da nova proposta da esquerda abertzale. (lahaine.org)

«Basta de agresiones a la clase trabajadora. Euskal Herria dice NO a la reforma laboral», de LAB Sindikatua (boltxe.info)
La última reforma laboral, adoptada por decreto, supone una agresión en toda regla con consecuencias realmente graves para toda la clase trabajadora

«Macedonia de frutas, un poco de todo», de Borroka Garaia (BorrokaGaraiaDa)
En estos momentos la represión se realiza como chantaje directo para que la izquierda abertzale exija a ETA su disolución, entrega de armas y petición de perdón. Además esto se produce estando todo encuadrado en el proceso general anti-insurgente iniciado ya hace algo más de una década que va quemando etapas. Etapas que no pararán ni en el caso de que se produjera una disolución sino que está diseñado para encuadrar a la izquierda abertzale en el sistema pseudo-democrático español. Ese es el objetivo final del estado y sus iniciativas y exigencias habría que encuadrarlas ahí.

«NAIZ, un nuevo medio para un nuevo tiempo político y social», de Imanol INTZIARTE (Gara)
El Kursaal de Donostia fue ayer testigo de los primeros pasos públicos de NAIZ, un nuevo medio de comunicación que pronto verá la luz de la mano de Euskal Komunikabideen Hedapenerako Elkartea (EKHE), empresa promotora de este diario.

Seis pessoas de Azpeitia obrigadas a depor por causa de fotos de presos na «danborrada»

Por terem levado fotos de presos para as festas de São Sebastião (20 de Janeiro), em Azpeitia (Gipuzkoa), seis cidadãos que participaram na danborrada têm estado a depor há algumas semanas. Foram intimados a depor por enaltecimento do terrorismo. Em virtude desta situação, diversas pessoas que participaram na danborrada deram uma conferência de imprensa no sábado passado, dia 25, no salão nobre da Câmara.

No decorrer da conferência de imprensa, os presentes afirmaram que «tiveram de se apresentar na esquadra de Azkoitia por protestarem contra a dispersão dos presos e lhes expressarem a sua solidariedade». Disseram ainda que a denúncia da dispersão não é algo de «ilícito» e que a solidariedade não é um crime. Expressaram todo o seu apoio às seis pessoas que têm estado a depor e exigiram que não se dê início a um processo judicial.

Afirmaram também que «este tipo de acontecimentos não tem cabimento no tempo de esperança que se vive em Euskal Herria, e vão contra a vontade maioritária deste povo». Disseram que, «apesar de todos os obstáculos», vão continuar a promover e a participar nas iniciativas que apoiem os direitos dos presos bascos e, da mesma forma, fizeram um apelo a todos os cidadãos para que participem nas iniciativas organizadas em defesa dos direitos dos presos, «porque entre todos havemos de conseguir». Fonte: uztarria.com

Imanol Beristain e Iker Iparragirre vão sair em liberdade condicional
Detido em França em 2007, Iker Iparragirre passou quatro anos e meio na prisão antes de ser extraditado para o Estado espanhol. Agora, será libertado, mas terá de se apresentar às autoridades de duas em duas semanas e não pode sair do Estado espanhol.
Já o preso político de Erromo (Getxo, Bizkaia) Imanol Beristain Gutierrez, Lolo, de 29 anos de idade, terá de pagar 30 000 euros de fiança para ser libertado.
Beristain foi preso no dia 22 de Outubro de 2010 pela Polícia Nacional espanhola, acusado pelo juiz Fernando Grande Marlaska de ser o responsável pela Segi na zona de Ipar Uribe. Cinco dias volvidos, o Movimento pró-Amnistia deu a conhecer os maus tratos físicos e psicológicos que Imanol afirmou ter sofrido (como o saco, agressões e ameaças). Desde então, tem estado em prisão preventiva na cadeia de Alcalá, a 413 km de Getxo. Fontes: Herrira e etengabe

Corrente humana em Iturrama contra o encarceramento de Diego Octavio
Dezenas de pessoas manifestaram-se em Iturrama (Iruñea) para protestar contra o encarceramento do jovem Diego Octavio, que esta semana deu entrada na prisão de Iruñea para cumprir uma pena de dois anos e meio. / Informação sobre o caso e vídeo: ateakireki.com

Na morte TERESA ALDAMIZ, viúva de Santi Brouard:
«Una poetisa a quien los sicarios del Estado no arrebataron el alma», de Agustín GOIKOETXEA (Gara)

«Teresa Aldamiz hil da, Santi Brouarden alarguna eta Estatu terrorismoaren biktima» (Bilbo Branka)

Reportagem Patria Grande: o Caracazo foi há 23 anos!


O Caracazo ou Sacudón foi uma série de fortes protestos e distúrbios ocorridos durante o governo de Carlos Andrés Pérez, que começaram no dia 27 de Fevereiro e terminaram no dia 28 de Fevereiro de 1989 na cidade de Caracas - mas que tiveram início, de facto, na cidade de Guarenas, próxima da capital venezuelana. O nome vem de Caracas, a cidade onde ocorreu a maior parte dos protestos, e evoca um acontecimento ocorrido na Colômbia a 9 de Abril de 1948: o Bogotazo. / Fonte: pakitoarriran.org

O Gaztetxe de Gasteiz apresentou a programação de Março
No mês que vem, há de tudo no Gasteizko Gaztetxea: workshops, concertos, debates e o diabo a sete! Animatu eta parte hartu!
Entretanto, o Gasteizko Gazte Mugimendua [Movimento juvenil de Gasteiz] já tem iniciativas programadas para o 3 de Março, dia em que assinala o 36.º aniversário do assassínio de cinco trabalhadores pela Polícia na capital de Araba.
Mais info: gazteiraultza.info

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A esquerda abertzale apresentou uma proposta que visa contribuir para um cenário democrático de paz

A esquerda abertzale apresentou ontem em Donostia uma declaração que tem por objectivo contribuir para o avanço em direcção a um cenário democrático de paz «justa e duradoura». O documento defende uma justiça «transitória com vista ao estabelecimento de um conjunto de medidas políticas e jurídicas» que contribuam para o desenvolvimento de um processo democrático; propõe a criação de uma comissão da verdade como instrumento para conhecer o que se passou e manifesta o seu reconhecimento pela dor e pelo sofrimento que as diversas expressões de violência causaram em Euskal Herria.

Declaração da esquerda abertzale (eus-cas-fra-ing)

O acto de apresentação teve lugar no Kursaal e prolongou-se por duas horas. Esteve presente uma vasta representação da esquerda abertzale, bem como dirigentes de outras forças políticas e de organizações signatárias do Acordo de Gernika, como Patxi Zabaleta (Aralar), Ikerne Badiola (EA), Oskar Matute (Alternatiba) e Ainhoa Etxaide (LAB).

Entre os convidados estavam também Kopeng Obed Bapela, vice-ministro da Presidência da África do Sul e deputado do Congresso Nacional Africano (ANC); Robert McBride, também membro desse partido; e Alex Maskey, deputado do Sinn Féin.

Maribi Ugarteburu teve a seu cargo a apresentação do conteúdo da declaração «Construyamos la paz en el proceso democrático», numa intervenção intercalada com actuações musicais, danças e projecções de vídeo. / VER: Gara e Gara

Solidariedade com Igerategi e Otaño: em Andoain afirmou-se que as detenções constituem uma estratégia do passado

No sábado, cerca de 400 pessoas manifestaram-se em Andoain para protestar as detenções de Iñaki Igerategi e Inaxio Otaño, em resposta à convocatória realizada pelos signatários do Acordo de Gernika. [Bideoa: Manifestazioa Andoainen (Aiurri)]

Depois de estarem uns cinco minutos concentrados na Goikoplaza, atrás de uma faixa com o lema «Bake bidean atxiloketarik ez. Konponbide garaia da (No caminho da paz, mais detenções não. É tempo de soluções)», os manifestantes percorreram as ruas da localidade guipuscoana até à Praça Zumea.

Para além de reclamarem a libertação de Igerategi e Otaño, destacando que as suas detenções constituem um obstáculo para as tentativas de superação do conflito, os manifestantes denunciaram as torturas relatadas pelos dois habitantes de Andoain durante o período de incomunicação às mãos da Guarda Civil.

À cabeça da manifestação estavam a autarca de Andoain, Ana Carrere, e vice-presidente, Ainara Rodríguez. Também participaram na mobilização a porta-voz da Deputação de Gipuzkoa, Larraitz Ugarte, o ex-autarca de Andoain Joxean Barandiaran e Rufi Etxeberria, em representação da esquerda abertzale.

Etxeberria lembrou que Igerategi e Otaño afirmaram ter sido torturados e pediu às forças políticas bascas que assumam uma atitude clara e inequívoca perante esta prática.
Para além disso, Etxeberria afirmou que «a mobilização dos cidadãos é fundamental para responder a factos como estes, que de forma alguma estão em consonância com a nova realidade política nem com as exigências da sociedade basca, que reclama novos passos em direcção a um cenário de paz e de normalização política».

Naia Lacroix: em Senpere exigiram-se mudanças ao Estado francês
Cerca de mil pessoas manifestaram-se no sábado em Senpere (Lapurdi) para reclamar a libertação da militante da Segi Naia Lacroix e exigir ao Estado francês que mude de atitude e que contribua para o avanço da superação do conflito.
Na cabeça da manifestação, que uniu o centro de Senpere ao bairro de Ibarron, onde Lacroix foi detida, encontrava-se a sua irmã Audrey, que também foi presa, tendo sido libertada pouco tempo depois.
No acto que pôs fim à manifestação, também foi recordado Oier Oa, jovem donostiarra detido na sexta-feira em Angelu, tendo-se salientado que o propósito subjacente a estas detenções é «o prolongamento do conflito». Ainize BUTRON / Fonte: Gara

Ver também: «Atxiloketen aurrean "herri bezala erantzuteko" eskatu dute Andoainen» (Berria)

A Etxerat dá conta de uma punição que vai para além da privação de liberdade
A associação Etxerat elaborou um relatório sobre a situação dos presos políticos bascos nas prisões dos estados espanhol e francês, em que relaciona casos que se deram ao longo do último mês com presos e familiares, constatando a existência de uma punição a ambos que vai para lá da privação de liberdade. Isto permite-lhes concluir que, no que a matéria penitenciária diz respeito, Madrid e Paris «estão a dar passos atrás» em vez de «avançar em direcção à resolução do conflito».
Na última sexta-feira do mês, milhares de pessoas mobilizaram-se pelo fim da política penitenciária. Também houve protestos contra as detenções de Igerategi e Otaño. / Ver: Gara e etxerat.info

Fevereiro de 2012: relatório de um mês duro nas prisões (etxerat.info)

Leituras:
«A los presos enfermos se les niegan unos derechos que contempla la ley» (Mati ITURRALDE, médica, entrevistada por Ion SALGADO)
Mati Iturralde ha atendido durante años a presas y presos políticos vascos enfermos. Su labor le ha permitido conocer de primera mano la situación sanitaria a la que se enfrentan los represaliados en las prisiones españolas y francesas. Ahora, a través del colectivo Jaiki Hadi, compuesto por médicos solidarios, vigila, desde la distancia, el estado de salud de diez personas enfermas que continúan encarceladas pese a padecer diversas patologías «graves e incurables». (Gara)

«España: Criminales de guerra y crímenes de lesa humanidad», de Borroka Garaia (BorrokaGaraiaDa)
La tortura no es simplemente lo que realizan contra ciudadanos vascos bajo la ley antiterrorista sino un modelo de trabajo global e integral que tienen puesto en efectivo para condicionar la vida en Euskal Herria.

«¿Reconocimiento a las víctimas estatales?», de Miren SALEGI URBIETA (Gara)
mi hermano Mikel Salegi, asesinado por la Guardia Civil en un control de carretera, jamás será «igual o equivalente» al torturador Melitón Manzanas, símbolo de la represión franquista, y reconocido a título póstumo como «víctima».

«Mirando a Madrid no se llega a ningún lado», de Floren AOIZ (boltxe.info)
El texto aplaude la estrategia represiva que se ha llevado a cabo hasta ahora y sitúa el debate en torno a la demanda de disolución de ETA. Supone un espaldarazo a la Ley de Partidos, las ilegalizaciones, el encarcelamiento de activistas políticos o la crueldad de estado. Además, demanda una aplicación estricta de las medidas coercitivas y represivas. Las últimas detenciones sirven para ilustrar con hechos la idea del escrito.

Gazte Martxa 2012


GAZTE MARTXA 2012 spot-a from jalgi hadi garaipenera on Vimeo.

6 e 7 de Abril * Entre Sara e Lesaka
http://jalgihadigaraipenera.com/
Fonte: SareAntifaxista

Uma marcha para uma outra história
Dezenas de jovens tomaram a Praça de Sara na sexta-feira à tarde para anunciar a marcha organizada pela plataforma Jalgi Hadi Garaipenera!, que irá decorrer nos dias 6 e 7 Abril entre Sara (Lapurdi) e Lesaka (Nafarroa). Com isto, pretendem promover a recuperação histórica - e fazer frente à assimilação -, num ano em que se assinalam os 500 anos da conquista de Nafarroa. Também fizeram um apelo à participação nas celebrações do Aberri Eguna organizadas pela Rede Independentistak, dia 8 de Abril, em Iruñea. (Lejpb) (Ver também: Gara e topatu.info)

Sobre a VI Semana Internacional de Solidariedade com Euskal Herria, ver diversas crónicas e notícias em askapena.org

Na sequência de diversas entrevistas realizadas pelo Boltxe Kolektiboa a comités de solidariedade com o País Basco, ver também a que foi realizada aos Euskal Herriaren Lagunak de Paris: «Solo el reconocimiento del derecho a la autodeterminación y la amnistía pueden permitir lograr una paz verdadera» (boltxe.info)

Zumaia homenageia dezenas de habitantes desterrados com a chegada do regime franquista

O salão nobre da Câmara Municipal de Zumaia (Gipuzkoa) assistiu, na sexta-feira, a um acto institucional inédito e emotivo, no qual se prestou uma homenagem às dezenas de habitantes que foram desterrados pelos franquistas que tomaram conta do município após o golpe militar de 1936.
Concretamente, trata-se de 256 pessoas, muitas delas crianças, que foram metidas em camiões e expulsas da sua terra, entre os dias 13 e 14 de Fevereiro de 1937, para destinos desconhecidos. O desterro havia de durar anos para muitas dessas famílias. / Ver: Gara

Álvarez recusa-se a depor na AN, no caso «Barcina merengada»

Mikel Álvarez Forcada, imputado por um «delito contra a autoridade» em virtude das três tartes merengadas que foram lançadas contra a presidente do Governo navarro, Yolanda Barcina, no passado dia 27 de Outubro em Tolouse, recusou-se a depor perante o juiz da Audiência Nacional espanhola Santiago Pedraz.
Segundo informaram fontes do tribunal de excepção, o magistrado não lhe impôs qualquer medida cautelar, ao contrário do que aconteceu aos restantes imputados, a quem foi retirado o passaporte e foi decretada a proibição de abandonar o Estado espanhol.
A esquerda abertzale de Donostia considerou o julgamento deste donostiarra como um «novo abuso». Em seu entender, esta decisão enquadra-se «na óptica repressiva de Madrid».

Carimbos contra o TGV
Por outro lado, o movimento de desobediência contra o TGV Mugitu! fez um apelo a várias pessoas conhecidas pelo seu trabalho em diversas áreas para que participassem, este sábado, num acto informativo de apoio à campanha «Carimba a tua oposição ao TGV», que consistia em estampar um carimbo contra a construção do TGV nas várias notas de euros. Ao meio-dia, houve mesas em Iruñea (Praça do Castelo), em Donostia (na Bretxa, junto à Praça Sarriegi) e em Bilbo (Praça do Arriaga, na foto). / Ver: Gara e Gara

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Milhares de pessoas nas ruas de Bilbo contra os cortes sociais e a reforma laboral

Vários milhares de pessoas - 20 000, segundo os organizadores - manifestaram-se esta tarde em Bilbo para protestar contra os cortes sociais e a reforma laboral e em defesa dos direitos sociais.

A manifestação, convocada pelos sindicatos ELA, LAB, EILAS, EHNE, Hiru, CGT e CNT, plataformas de desempregados e plataformas de defesa dos direitos humanos, partiu às 18h00 do Sagrado Coração e tinha à cabeça uma faixa em que se podia ler «Mugi gaitezen geure eskubideen alde» [Vamos mexer-nos pela defesa dos nossos direitos]. À passagem pela Praça Moyua, ainda havia gente no ponto de partida, e quase uma hora e meia depois continuava a chegar gente ao Arenal, onde a manifestação terminou.

Em declarações à comunicação social, a secretária-geral do LAB, Ainhoa Etxaide, e o seu homólogo do ELA, Adolfo Muñoz, defenderam a importância desta mobilização como antessala da greve geral convocada pela maioria sindical basca para 29 de Março contra a reforma laboral aprovada pelo Governo de Mariano Rajoy. O sindicato LSB aderiu, hoje, à convocatória de greve geral.

Etxaide afirmou que não foi a crise que eliminou direitos, mas sim os governos com os seus cortes, tendo referido ainda que, com a manifestação de hoje, se mostra «a profunda rejeição» contra a reforma laboral e as políticas que estão a ser desenvolvidas contra a crise.

Por seu lado, Muñoz afirmou que «estão a ser ultrapassados todos os limites» e que «a única forma de pôr um travão a isto é organizar uma grande mobilização social». / Fontes: Gara e Berria
Notícia mais desenvolvida: Gara e Berria / Vídeos: SareAntifaxista

Ver também: «Mais de 20 000 pessoas dizem não aos cortes e à reforma laboral» (Bilbo Branka)

Leituras:
«Todo por ganar», de Aitor BALDA (Bilbo Branka)
Es el propio sistema el que está en crisis y en esta tesitura la clase trabajadora y los sectores populares de Euskal Herria debemos unirmos para la transformación social.

«La nueva reforma laboral - Un destructivo golpe a la clase trabajadora», de Doris BENEGAS (lahaine.org)
Completo análisis de la nueva reforma laboral realizado por la abogada Doris Benegas

Em Erromo, dezenas de pessoas reivindicaram os direitos civis e políticos

Cerca de 150 pessoas participaram, esta quinta-feira, numa manifestação em Erromo, convocada por diversos colectivos sociais, sindicais e políticos e que tinha como lema «Eskubide zibil eta politikoen alde! Utzi herria bakean!». Ao longo do percurso, os manifestantes posicionaram-se contra a tortura, a repressão e os julgamentos, e defenderam, ao mesmo tempo, as festas populares e a solidariedade para com os presos.
Nos últimos meses, diversos habitantes de Erromo, Leioa e Erandio (Bizkaia) têm sido imputados pela AN espanhola por alegados delitos de «enaltecimento do terrorismo». Ontem, ficou-se a saber que foram retiradas as acusações contra dois erandioztarras, mas outros três terão de se apresentar em tribunal. No decorrer da mobilização, expressou-se a solidariedade às nove pessoas que neste momento se encontram imputadas. / Notícia completa: ukberri.net / Fotos: ukberri.net

Ongi etorri, Poti!
Recepção calorosa ontem à noite, na Txantrea (Iruñea), ao jovem Ander Maeztu. Bat gutxiago! Menos um! / Fonte: ateakireki.com

UPN, PSN e PP dão o aval ao encarceramento por motivos exclusivamente políticos
Bildu e Nafarroa Bai levaram ao Parlamento navarro, na quinta-feira, uma moção promovida pelo Eleak em que se reclamava o fim dos julgamentos políticos. Ambas as forças denunciaram «a finalidade e o carácter político dos processos ainda pendentes», nos quais estão envolvidos dezenas de navarros, e exigiram ainda «a revogação das condenações por questões exclusivamente ideológicas». A instância também solicitava à Câmara que expressasse o seu apoio e solidariedade aos afectados.
Os dois partidos no Governo reagiram a este pedido carregando contra todos os jovens processados. / Notícia completa: Gara / Ver também: ateakireki.com

Leitura:
«Carceleros», de Alvaro REIZABAL (boltxe.info)
El Gobierno de Zapatero decía una cosa y su contraria día sí y día también, pero este no le va a la zaga. Total, que a día de hoy la postura del Gobierno sobre el tema de los presos vascos es la de tocar la música del baile del perrito: el cese de la lucha armada es insuficiente, ahora que se disuelvan, luego que entreguen la armas, después que pidan perdón y… luego ya les pondremos mas condiciones inasumibles para que se pudran en la cárcel.

Continuam as manifestações de apoio a Igerategi e Otaño

Os companheiros de trabalho de Iñaki Igerategi concentraram-se ontem de manhã no parque de bombeiros de Tolosa (Gipuzkoa), convocados pelo sindicato LAB, onde denunciaram os maus tratos relatados por Igerategi e Inaxio Otaño durante o período de incomunicação.

Oihana Barrios (Jaiki Hadi): «A incomunicação é, em si mesma, uma forma de maus tratos» (Info7 Irratia)

«El Estado vuelve a mostrar su naturaleza» (editorial do Gara)

Tolosako parkeko suhiltzaileek Iñaki Igerategiren atxiloketa nola izan zen kontatu dute (pdf)

Bideoa: Atxilotuen aldeko elkarretaratzea Andoainen (Aiurri)

«Era segunda-feira à noite, o dia grande do Carnaval de Tolosa. Quando fomos trabalhar, pensámos que Tolosa estaria cheia de gente e comentámos entre nós que talvez fosse uma noite complicada», afirmam os companheiros de trabalho de Igerategi num comunicado, onde relatam a forma como ocorreu a detenção.

Diz assim o texto. «Por volta da 1h30 da madrugada, ao regressar de uma intervenção num incêndio e depois de deixar os camiões preparados para outra possível saída, tocou a campainha. Ao abrir a porta, dois guardas civis entraram no edifício, perguntando por Iñaki. Este respondeu-lhes calmamente que era ele, e os agentes mostraram-lhe as algemas e comunicaram-lhe que estava detido. Na cara de Iñaki via-se que não percebia o que se estava a passar; estava completamente surpreendido com o que estava a acontecer».
«Quando o levaram – prossegue o texto –, lançámos um "Animo Iñaki!", porque duvidávamos de que se tratasse de uma paródia de Carnaval. Iñaki perguntou-lhes qual a razão da detenção, e os guardas civis responderam-lhe que lho diriam na devida altura».

Os companheiros de Igerategi afirmam que, apenas meia hora após a detenção, a notícia saía num meio de comunicação espanhol, que precisava que ocorrera no parque de bombeiros de Oria. «Parece que alguém já teria sido avisado que a detenção se ia dar», criticaram.

No decorrer da concentração que realizaram ontem de manhã, convocada pelo sindicato LAB, denunciaram as torturas relatadas tanto por Igerategi como por Inaxio Otaño, Ttintto, detido na mesma operação em Andoain.
«Dizem que vivemos um novo tempo, tempo cheio de esperança, tempo de soluções. Contudo, parece que alguns não têm a mesma intenção», afirmaram.
Acrescentaram que «não admitem que alguém venha ao nosso posto de trabalho deter os nossos companheiros e, menos ainda, torturá-los e encarcerá-los. Assim não se alimenta a paz. Assim, espalha-se o sofrimento, nada mais».

A Deputação, «preocupada» com as denúncias dos detidos
Perante os relatos de torturas efectuados na véspera por ambos os detidos na Audiência Nacional, a Deputação de Gipuzkoa emitiu uma nota em que afirma que «a tortura e os maus tratos são uma grave violação dos direitos humanos, e hão-de ser erradicados».
Em seu entender, estas práticas «estão fora do novo tempo de esperança que os cidadãos bascos vivem», e «não fazem mais que prolongar o conflito que o nosso país sofre». Solicita ainda «a erradicação de qualquer tipo de tortura contra qualquer pessoa». / Fonte: Gara

A Polícia francesa deteve Oier Oa em Angelu
De acordo com a agência Europa Press, citando fontes do Ministério espanhol do Interior, a detenção de Oier Oa, efectuada por agentes da Polícia francesa (CRS), ocorreu pelas 18h30, quando o jovem donostiarra andava de bicicleta pela praia de Angelu (Lapurdi). A Polícia diz que era portador de documentação falsa.
O donostiarra encontrava-se foragido desde Outubro de 2009, depois de não ter comparecido ao julgamento que ia decorrer na Audiência Nacional espanhola por ser membro da Segi. De acordo com as fontes citadas, o jovem foi levado para a esquadra de Baiona, para ser interrogado. / Notícia completa: Gara

Concentrações junto aos hospitais pela libertação dos presos com doenças graves
Ontem, o Herrira realizou concentrações junto aos hospitais de Iruñea, Donostia, Bilbo e Gasteiz, nas quais estiveram presentes profissionais da área da Saúde, para pedir a libertação dos presos e presas com doenças graves.
Ali, chamaram a atenção para as situações que se estão a viver nas prisões, «com presos e presas que têm doenças graves, que estão encarcerados há 15, 20, 25 anos e que em muitos casos já cumpriram a pena na íntegra». São pessoas que apresentam graves quadros psicológicos, algumas operadas ao coração, outras com cancro, e há um preso ainda que pode ficar cego... E continuam dispersos a centenas de quilómetros, suportando situações de isolamento, stress, má alimentação, falta de cuidados médicos.
A situação do preso de Basauri Txus Martin, que tem uma grave doença psicológica, preocupa particularmente o Herrira. / Notícia completa: ateakireki.com


Última sexta-feira do mês: concentração na Sunsundegi
O sindicato LAB está a levar a defesa dos direitos dos presos aos locais de trabalho, «porque o contributo de todos é necessário para que os presos políticos bascos regressem a casa». Como ontem era a última sexta-feira do mês, organizaram uma concentração junto à empresa Sunsundegi, de Sakana (Nafarroa), tendo recordado especialmente a situação que Jesus Mari Mendinueta está a viver, por se encontrar gravemente doente. / Fonte: ateakireki.com

Em defesa da verdade, do reconhecimento e da reparação que o município recusa à família Berrueta

A plataforma de moradores Angel Gogoan, de Donibane (Iruñea), criticou o facto de a sessão da Câmara de Iruñea ter rejeitado a moção em que pedia verdade, reconhecimento e reparação para Angel Berrueta. Longe de o reconhecer como uma vítima do conflito, a moção que foi aprovada limitou-se a condenar o seu assassínio, oito anos depois.

Por isso, a plataforma considera que é necessária a mobilização dos cidadãos, para exigir que se dêem passos nesse sentido e para mostrar à família Berrueta-Mañas o apoio, o reconhecimento e a solidariedade que as instituições não lhe deram.

«Entendemos que todas as vítimas, sem exclusões, têm direito a ser reconhecidas e reparadas, e que a classe política tem de estar à altura das circunstâncias, agindo com seriedade, coisa que não se passou na Câmara Municipal de Iruñea».

Por isso, fazem um apelo a todos os cidadãos para participem no acto que convocaram para dia 10 de Março na Praça do Município, em Iruñea, no qual vão reclamar verdade, reconhecimento e reparação para a família de Angel Berrueta.
Actos programados:
• 3 de Março, sábado, conferência a cargo da fundação Euskal Memoria nos cinemas Golem, às 11h30.
• 10 de Março, sábado, acto na Praça do Município de Iruñea, às 12h30.
• 13 de Março, terça-feira, acto em memória de Ángel frente à padaria em que foi assassinado, às 19h30. / Fonte: ateakireki.com

Ver também: «Afirmam que a moção aprovada em Iruñea nega a verdade e o reconhecimento a Berrueta» (Gara)

A CM de Basauri aprova moção sobre eliminação de simbologia fascista e de homenagem às vítimas do fascismo
Basauri * E.H.
A Câmara Municipal de Basauri (Bizkaia) aprovou por unanimidade uma moção apresentada pela Lau Haizetara Gogoan sobre a eliminação de simbologia fascista e de homenagem às vítimas do fascismo.
PNV, Bildu, PSOE e PP votaram a favor desta moção, que contava com o apoio de outros agentes sociais, sindicais e políticos da localidade, como Aralar, LAB, ELA, Sare Antifaxista, CNT, EB, ESK, STEE-EILAS, Asociacion Vecinos Pozokoetxe. A partir de agora, em Basauri o dia do assassínio de Vicente Antón Ferrero (Basauri, 08/03/1976) será o da evocação de todas as vítimas da ditadura e da repressão franquista. / Mais info: SareAntifaxista

«28 anos sem justiça. Memória, dignidade e luta»
Leioa * E.H.
Com o lema «28 urte justiziarik gabe. Oroimena, duintasuna eta borroka», foi convocada para este sábado, às 13h30, no Boulevard de Leioa (Bizkaia), uma concentração evocativa de Eugenio Gutierrez Salazar, Tigre, um refugiado leioztarra de 29 anos assassinado pelos GAL no dia 25 de Fevereiro de 1984.
Fonte: SareAntifaxista / Mais info: ukberri.net

«Bihotzetatik zintzilik»


Canção solidária com os presos políticos bascos, cuja letra é de Beñat Zarrabeitia e cuja interpretação está a cargo dos Siroka e de vários colaboradores: Aritz Mendieta (Deabruak Teilatuetan), Endika Abella (121 Krew), Ines Osinaga (Gose), Xabi Solano (Esne Beltza), Gorka Chamorro (Zein da Zein?). Alaia Martin é a bertsolaria. Ederra!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Juiz Velasco dá ordem de prisão a Igerategi e Otaño, que afirmam ter sido submetidos a maus tratos

O magistrado da Audiência Nacional espanhola Eloy Velasco deu ordem de prisão aos andoaindarras Iñaki Igerategi e Inaxio Otaño, Ttintto, detidos pela Guarda Civil na madrugada de terça-feira em Tolosa e Andoain e que afirmaram ter sido submetidos a maus tratos: agressões, longos interrogatórios, privação do sono e, no caso de um deles, inalação de uma substância que lhe provocou tonturas. (Mais informação aqui.)

Bideoa: Andoaingo herritarren prentsaurreko jendetsua

[Crónica] «Del nuevo tiempo al tiempo atrás» (Gara)

Depois de deporem na AN espanhola, Iñaki Igerategi e Inaxio Otaño, Ttintto, receberam ordem de prisão do magistrado Eloy Velasco. Acusou-os de um «delito de integração» em grupo armado por reunirem para ETA nomes de pessoas às quais se exigia depois o chamado «imposto revolucionário».

Durante o depoimento, Igerategi e Otaño foram assistidos por um advogado de confiança, e afirmaram ter sido submetidos a maus tratos enquanto estiveram em instalações policiais.

Um grupo de familiares e amigos de ambos os detidos deslocou-se até Madrid.

Igerategi e Otaño foram detidos na madrugada de terça-feira em Tolosa e Andoain, respectivamente, no âmbito de uma operação policial dirigida pela Audiência Nacional.

As agências espanholas referiram que ambos seriam «membros legais» da ETA e que a operação teria tido lugar graças a uma comissão rogatória enviada pela juíza especial de Paris Laurence Le Vert na qual daria informação sobre a sua alegada ligação à organização armada. / Fonte: Gara

«Igerategi eta Otaño espetxeratzeko agindu du epaileak» (Berria)