quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Moradores da Alde Zaharra de Donostia ameaçados por mostrarem bandeirolas a favor do repatriamento dos presos

Estabelecimentos comerciais da zona da Rua 31 de Agosto também receberam cartas ameaçadoras e intimidatórias, para que, julgam, retirem as bandeirolas a favor do repatriamento dos presos políticos bascos.

Vários moradores da Parte Velha donostiarra receberam cartas anónimas ameaçadoras e foram alvo de diversos tipos de sabotagens - nas fechaduras ou pintadas fascistas nas paredes - por exibirem nas suas varandas bandeirolas que reclamam o repatriamento dos presos políticos bascos, segundo fez saber publicamente, ontem, um grupo de moradores e pessoas que lhe são próximas.

Os números afectados são o 12 e 14 da Rua 31 de Agosto, embora as ameaças, que se verificaram ao longo dos últimos meses, também tenham atingido outros comerciantes da zona, bem como outros moradores, tivessem ou não penduradas as bandeirolas. Isto pode levar a que as pessoas afectadas que não tenham as bandeirolas façam pressão sobre os outros no sentido de que as retirem, para que as ameaças acabem. Quem esteve na conferência de imprensa disse temer que isso aconteça, embora esperem que tal não ocorra.

As pessoas afectadas apresentaram diversas queixas na Ertzaintza, mas, como afirmaram ontem, estão convencidas de que as missivas foram escritas pela mesma pessoa, até a julgar pelo tipo de letra e pelo conteúdo das cartas.

«Lo vais a pagar muy caro», «tenemos planeado lanzaros piedras y molotov a las ventanas por la noche» e «ya podéis estar preparados porque no sabéis lo que os espera» são algumas das frases que se podem ler nas diversas cartas. Não obstante, e «de forma bastante vil», os autores recorreram a um acontecimento trágico para pressionar os moradores. Tal como lembraram ontem, em Maio último uma mulher, que tinha na varanda uma bandeirola em defesa da aproximação dos presos bascos, morreu com um ataque de coração. Em seguida, a casa ardeu, com a inquilina lá dentro.

«Numa dessas cartas foram utilizadas expressões como 'la próxima vez el fuego va a empezar por el portal, porque voy a echar gasolina con un bidón por la noche y le voy a prender fuego', aumentando a dor da família», disseram.

Depois de qualificarem estes factos como «inaceitáveis», afirmaram que, «quando pedimos direitos para todos, pedimo-los para todos», e avisaram que não vão aceitar que se transforme num crime a exigência do repatriamento dos presos, que se encontram dispersos pelas prisões dos Estados espanhol e francês.

Fizeram ainda um apelo à participação na manifestação que, no próximo 8 de Setembro, partirá da Konstituzio plaza às 19h30 e que terá como lema «Eraso faxistarik ez! Euskal presoak etxera!» [Não aos ataques fascistas! Os presos bascos para casa!].

Oihane LARRETXEA
Notícia completa: Gara

Leituras

«Reforma constitucional: Euskal Herria necesita un status de soberanía política y económica total», de Ezker Abertzalea (ezkerabertzalea.info)
A máxima neoliberal do «Deficit 0», cunhada nos tempos de Ronald Reagan e Margaret Thatcher e promovida agora pelos Governos de direita de Nicolas Sarkozy e Angela Merkel, vai ser aplicada pelo PSOE e o PP.

«Lakua no dará voz a Bildu en el debate de su Ley Municipal», de Iñaki IRIONDO (Gara)
O lehendakari não prevê nenhuma via de participação para a coligação abertzale que, com 953 vereadores e uma centena de autarquias, é a força política com maior força municipal da CAB [Comunidade Autónoma Basca, sem incluir Nafarroa]

«El "plan de paz" del gobierno vasco», de Lau Haizetara Gogoan* (lahaine.org)
Porque é um crime contra a humanidade torturar, assassinar e fazer desaparecer os detidos; reprimir as marcas de identidade próprias de um povo; ou negar aos cidadãos os direitos humanos, civis e políticos fundamentais.
* subscrevem o artigo Jesus VALENCIA, educador social, Antxon GOMEZ, Gotzon GARMENDIA, Manu SAINZ, Andoni TXASKO e Iñaki ASTOREKA.

«Gazte bat gehiagoriz ez! ¡No a los juicios farsa!», de Oihan ATAUN, Mikel MARIN, Mikel FLAMARIKE, Gorka SUESKUN, Iker ARISTU, Mikel BEUNZA, Diego OCTAVIO (ateakireki.com)
Os jovens abaixo-assinados querem comunicar à sociedade que nos próximos dias 4, 5, 6, 17, 18 e 19 de Outubro vão ser julgados na Audiência Nacional, sucessora directa do franquista Tribunal de Ordem Público, depois de terem sido detidos, submetidos a um período de incomunicação, torturados e encarcerados em 2008.

«Desmontando la verdad y la democracia», de Maite SOROA (Gara)
Claro que alguns não ficam convencidos com a história dos votos, e por isso Anson diz que, embora «não seja fácil desmontar o que se fez (...), é preciso tentar».

Unai Redin já está em casa: recepção na Txantrea

A abraçar os pais, ontem, durante a recepção que lhe fizeram no bairro da Txantrea, em Iruñea (Nafarroa, EH). Ongi etorri!

Fotos: Unai Redin Txantrean

Fonte: ateakireki.com

Presoekiko elkartasuna udako jaietan / Solidariedade com os presos nas festas de Verão
160 pessoas participaram no almoço pró-amnistia nas festas de Irunberri (Nafarroa).

Acosso aos abertzales: «Barcina anuncia medidas para impedir o "enaltecimento do terrorismo" face "à provocação do Bildu"» (Gara)
A presidente do Governo de Nafarroa, Yolanda Barcina, anunciou que a sua equipa está a analisar medidas para impedir «a exaltação do terrorismo na via pública», face a uma alegada «provocação do Bildu, cada vez mais atrevida e insolente».

Paródia ao TGV, face às primeiras expropriações no tramo Cadreita-Alesves

Activistas da AHT Gelditu Elkarlana realizaram um protesto contra o projecto do TGV em frente à Câmara Municipal de Cadreita (Nafarroa) no momento em que se lavravam as actas de expropriação para as obras.

Vídeo: Protesto anti-TGV em Cadreita

Fotos: Ni una robada para el TAV. AHT gelditu! (ekinklik.org)

Um grupo de activistas anti-TGV, vestidos de fato e usando cabeleiras coloridas, realizaram protesto-paródia em frente ao edifício da Câmara Municipal da localidade navarra. Na ocasião, mostraram uma faixa em que se lia «Mas que un circo, esto es un robo. Ni una robada para el TAV» e diversas pancartas [em que se lia «Navarra no puede perder el tren del progreso» ou «El cemento corre por nuestras venas»] e distribuíram folhetos informativos sobre o projecto da Alta Velocidade às pessoas que se aproximavam.

Nessa altura, no interior da Câmara Municipal lavraram-se as actas de expropriação forçada do tramo do TAV que une Cadreita e Alesves. Amanhã, será a vez de Alesves ser expropriada.

A associação AHT Gelditu tem vindo a afirmar que as obras carecem de uma declaração de impacto ambiental actualizada, pelo que, se tiverem início, o farão de forma irregular.

Referem ainda que todo o projecto se encontra numa situação «frágil e incerta», uma vez que a continuidade das obras no tramo Castejón-Tutera ainda não foi confirmada, da mesma forma que ainda não existe uma data para a ligação entre Iruñea e a denominado «Y basco». A AHT Gelditu Elkarlana lembra que o TGV é a infra-estrutura mais cara de toda a história de Nafarroa (mais de 3000 milhões de euros).
Fonte: Gara

Fermin Muguruza anuncia que vai festejar os 50 anos com uma 'tournée' mundial

Fermin Muguruza nasceu em Irun (Gipuzkoa) em 1963, e tinha apenas 20 anos quando criou os Kortatu, um grupo que revolucionou o rock radical basco. Depois, com os Negu Gorriak, chegariam ares renovadores que, em 1999, dariam lugar a uma frutuosa carreira a solo.

Com o documentário Checkpoint Rock. Kantuak Palestinatik começou a trilhar um caminho, o do mundo audiovisual, ao qual não estava associado até então.

Na sequência desse documentário, começou a trabalhar com a televisão do Qatar Al-Jazeera e, fruto dessa colaboração, surgiram diversos projectos interessantes relacionados com a música e o mundo árabe.

Apesar do êxito que este novo trajecto lhe trouxe, quem conheceu Fermin ao ritmo de «Nicaragua Sandinista» ou «Sarri Sarri», apenas terá uma questão em mente: quando é que voltarão a ver o irundarra em palco.

Numa entrevista publicada na Gaur8, Muguruza respondeu precisamente a essa pergunta, adiantando que pretende voltar aos palcos em 2013, ano em que cumpre 50 primaveras, fazendo uma tournée mundial.
Notícia completa: kaosenlared.net

Kortatu - «Nicaragua Sandinista»
Ao vivo no pavilhão Anaitasuna, em Iruñea.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

O jovem da Txantrea Unai Redin deve sair hoje da prisão, depois de lá ter passado mais de sete anos


Unai Redin, preso político da Txantrea (Iruñea), deve regressar hoje ao seu bairro, depois de passar mais de sete anos na prisão.
Foi detido com mais 13 jovens em Fevereiro de 2003, na primeira das operações «preventivas» baseadas naquilo que ficou conhecido como «papéis de Susper». Acusado de fazer parte do aparelho captação da ETA, Redin permaneceu em prisão preventiva durante três anos e meio, foi libertado antes do julgamento, tendo voltado a ser encarcerado depois dele, até cumprir uma pena de sete anos e três meses.

Operações «preventivas»
Entre Fevereiro de 2003 e Julho de 2005, a Polícia espanhola, com a colaboração da francesa, levou a cabo sete operações contra o que definiram como o «alfobre da ETA», e que se saldou com 116 detidos, 70 encarcerados e 1 057 000 euros em fianças.

Estas detenções basearam-se, supostamente, numa lista de nomes escritos em código apreendida após a detenção de alegados «responsáveis do aparelho militar e de captação da ETA» em França, e que terá sido decifrada pela Polícia. Essa lista foi o único material probatório apresentado pelo MP para acusar os jovens, que, em julgamento, apareceu rodeado de irregularidades: ausência de autos de entrada e registo, ausência de secretário judicial, etc.

Os restantes elementos utilizados para incriminar os detidos provinham dos depoimentos arrancados pela Polícia espanhola durante o período de incomunicação. Convém recordar que mais de metade dos detidos nestas operações afirmaram ter sido duramente torturados.
Fonte: ateakireki.com

«Ainda falta dar passos para a resolução do conflito, para a normalização política»
Manifestação em Berriozar (Nafarroa) pelos direitos dos presos políticos bascos.

Fonte: ateakireki.com via kaosenlared.net

«La carga de la prueba»


El informe sobre las víctimas de violencia de motivación política exige, una vez más, pruebas imposibles a miles de víctimas de la tortura. Porque en lugar de justicia, reconocimiento y reparación, las víctimas recibirán una nueva humillación

El informe sobre las víctimas de violencia de motivación política estipula que deberá ser cada víctima la que pruebe y acredite «suficientemente» su condición de tal. Idéntica exigencia a la planteada en el caso de la Ley de Memoria Histórica, y por eso se han quedado sin justicia, reconocimiento ni reparación alguna miles de víctimas del franquismo.

Los redactores del informe se escudan en que con las víctimas de ETA se ha procedido del mismo modo, pero la diferencia entre éstas y las víctimas del Estado a la hora de acreditar su condición de tales salta a la vista. Porque ETA ha asumido siempre sus acciones y las víctimas que ha causado, mientras el Estado ha hecho todo lo contrario: negar siempre por sistema y sólo reconocer los hechos cuando las pruebas son apabullantes.

Buena muestra de ello es lo sucedido con la tortura estas últimas décadas; en especial, los últimos 25 años, en los que ha alcanzado su máxima expresión el desamparo sufrido por las víctimas de esa lacra, tanto en el momento de ser torturadas como en el de reclamar reconocimiento, justicia y reparación.

En efecto, desde 1968, que es la arbitraria fecha elegida por el informe para empezar a ocuparse de dichas víctimas, se distinguen dos periodos en cuanto a la tortura se refiere. El primero abarca el franquismo y la transición, durante la que el uso del tormento fue aún más masivo que en la dictadura. Entonces, los torturadores usaban métodos como la «barra», el «quirófano» y el «potro», que dejaban en muchos casos no pocas marcas que procuraban hacer desaparecer en lo posible durante los últimos días de detención, aplicando todo tipo de pomadas.

En el segundo periodo, a partir de mediados de la década de los 80, los torturadores cambiaron de métodos y empezaron a poner sumo cuidado en no dejar marcas físicas, procurando, eso sí, acentuar al sumo las psicológicas. Y bien que lo logran con las llamadas técnicas de «tortura limpia» que son aún más destructivas, porque producen un terrible impacto en la psique humana y sus efectos son más duraderos.

Oriol Marti, torturado tanto durante el franquismo como en 1992, lo explicó certeramente: «Los torturadores torturan mejor ahora que veinte años atrás: han mejorado en técnicas, dejan menos marcas, hacen sufrir más y mejor en menos horas. Los torturadores del franquismo eran unos alocados, los de ahora lo hacen con bolsa de plástico». Eso lo afirmaba hace casi 20 años, y con posterioridad han seguido perfeccionando sin cesar sus técnicas, para hacen sufrir más y de manera más «limpia».

En algunas raras ocasiones, eso sí, a los torturadores se les ha ido claramente la mano, pero incluso en esos casos la actuación de la Justicia ha sido casi siempre bochornosa: a pesar de que durante estos últimos 25 años han sido unas dos mil las personas que han denunciado haber sufrido torturas relacionadas con el conflicto político vasco, tan sólo ha habido una sentencia condenatoria firme; en el caso de Kepa Urra, sucedido en 1992, en el que los torturadores volvieron a ser indultados. El de Portu y Sarasola está pendiente de lo que decida el Supremo, que ha anulado no pocas condenas por torturas.

Esa casi ausencia de condenas es debida a que los jueces españoles hacen recaer siempre la carga de la prueba en las víctimas del tormento, aun sabiendo que la incomunicación, al crear, como denuncia Amnistía Internacional, un agujero negro que se traga todos los derechos del detenido, hace prácticamente imposible que puedan aportar prueba alguna de lo realmente sucedido.

El informe sobre las víctimas de violencia de motivación política no hace sino ahondar en esa tremenda injusticia al exigir, una vez más, pruebas imposibles a miles de víctimas de la tortura. Porque en lugar de justicia, reconocimiento y reparación, las víctimas recibirán una nueva humillación.

Antaño en Derecho se afirmaba que la carga de la prueba recae siempre sobre quien afirma y no sobre quien niega. Sin embargo, hace ya tiempo que quedó claro que, en ciertos casos, la parte que niega tiene a su alcance fácil prueba y la oculta de mala fe, mientras que está lejos de las posibilidades de quien afirma el poder aportar elementos de convicción. Por eso, surgió una doctrina ampliamente acogida hoy día en la jurisprudencia, la de la distribución de las cargas probatorias dinámicas, que considera que, en esos casos, la carga de la prueba debe recaer en quien niega.

Pues bien, en casi todos los casos de denuncias de torturas antes mencionados se han cumplido con claridad las condiciones requeridas para aplicar esa doctrina. Por un lado, el Estado, haciendo caso omiso a numerosos organismos internacionales, se ha negado a ordenar grabar con unas mínimas garantías los periodos de detención, impidiendo así que se sepa lo realmente sucedido. Por otro, la posibilidad de que los denunciantes pudiesen aportar pruebas al respecto ha sido en verdad nula.
¿Por qué se han empeñado entonces los jueces en hacer recaer siempre toda la carga de la prueba sobre estos últimos?


Xabier MAKAZAGA, autor do Manual del torturador español
Fonte: Gara

Pintadas fascistas e ameaças de morte a um ex-preso nas ruas de Zizur Nagusia


Na noite de sexta para sábado (de 26 para 27 de Agosto) apareceram várias pintadas fascistas em Zizur Nagusia (Nafarroa), tanto à entrada da localidade como na fachada da escola, nas quais aparecia «Arriba España» com simbologia nazi. Também apareceram pintadas com ameaças de morte na casa de Eder Ariz, ex-preso da localidade navarra. Num muro da casa, escreveram «Eder muerete», e numa outra casa ali próxima apareceram uma cruz gamada e outros símbolos fascistas.
O ano passado, deram-se factos semelhantes poucos meses depois de Eder ter saído da prisão. Na altura, o afectado apresentou queixa à Polícia Municipal de Zizur Nagusia, e agora voltou fazer o mesmo.
Fonte: ateakireki.com

Ver também: «Preso ohi baten aurkako pintaketak egin dituzte Zizur Nagusian» (Berria)

Oñati, Eibar, Ernio, Izarraitz... os GAR da Guarda Civil andam pelos montes
Gara * E.H.
O Grupo de Acção Rápida da Guarda Civil, tradicionalmente ocupado com missões de luta anti-ETA e agora muito pouco activo, reinventa-se a si mesmo. Nos últimos meses, proliferaram os testemunhos de pessoas que foram abordadas em «controlos» em plena montanha, por vezes a certa altitude, sobretudo em Gipuzkoa. Ninguém percebe porquê nem para quê...
http://www.gara.net/paperezkoa/20110828/287356/es/Onati-Eibar-Ernio-Izarraitz-Los-GAR-guardia-civil-echan-monte
Fonte: SareAntifaxista

Duas jornadas importantes de reivindicação pelos presos bascos em Buenos Aires


Este domingo, 28 de Agosto, decorreu em Buenos Aires uma iniciativa, promovida pelo governo da cidade, com vista a dar a conhecer a cultura e a gastronomia bascas e que contou com a participação de diversos centros bascos. [ver mais detalhes em kaosenlared.net].

Os Euskal Herriaren Lagunak / Amigas e Amigos do Povo Basco, secção argentina, não quiseram deixar de estar presentes na festa e, numa mesa informativa em que se viam a ikurriña e a bandeirola que reclama «o regresso dos presos a Euskal Herria e em liberdade», venderam T-shirts da organização Askapena, pins e vídeos em que se fala da luta de Euskal Herria, e recolheram centenas de assinaturas.

Entretanto, companheiros dos EHL, activistas bascos da Askapena e um membro da Etxerat explicavam por megafone as razões pelas quais, para além de festejar, comer e brindar, o importante é não esquecer que em Euskal Herria há mais de 700 homens e mulheres que deram tudo por esse povo e que continuam encarcerados, alguns deles totalmente isolados e outros doentes.

O grande número de pessoas que acorreu à festa acolheu com grande simpatia a iniciativa dos EHL, tendo-se aproximado da mesa para assinar, cumprimentar e mandar uma mensagem de «ânimo» aos presos e às presas.

Por outro lado, como acontece na última sexta-feira de cada mês e coincidindo com as jornadas pelos presos e presas que decorrem em Euskal Herria, na sexta-feira passada (26 de Agosto), membros dos EHL (desta vez das organizações Brazo Libertario, Asambleas del Pueblo e Fogoneros), voltaram a recolher assinaturas no centro de Buenos Aires (Florida e Diagonal Norte). Ali, companheiros das Brigadas da Askapena dirigiram-se aos transeuntes para dar a conhecer a situação dos presos e das presas, no meio de grande adesão popular.
Fonte: kaosenlared.net

Ver também:
«A evocação do Massacre do Filtro em Montevideu e Bilbo» [inclui diversos textos e vídeos] (askapena.org)

Festival Black & Basque

Baiona * E.H.
Unique au monde, et sur l'idée de J.E. Moustic, le Festival Black & Basque s'installera les 9, 10 et 11 septembre 2011 à la Poterne et dans le reste de la ville pour réunir des artistes autour d’une rencontre entre la culture afro-américaine et la culture basque.
Aime la musique, haine le racisme et le fascisme !!

Fonte: SareAntifaxista

Ver também:
«Le festival Black and Basque débarque», de Cyrielle BALERDI (lejpb)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Milhares de bascos manifestam-se em Bilbo contra a imposição espanhola

Vários milhares de bascos vieram para as ruas do centro de Bilbo, na sexta-feira passada, para exigir o fim da imposição espanhola em Euskal Herria. À frente da manifestação, uma ikurriña gigante levada pelos membros das comparsas da capital bizkaitarra.

A manifestação percorreu o centro de Bilbo sem qualquer tipo de incidentes, e só o helicóptero da polícia autónoma basca se fazia notar como elemento estranho e piroso, mas assim, dos céus, pôde ver a vontade que milhares de bascos têm de ser independentes.

No final, Niko Moreno tomou a palavra, tendo dito que a esquerda abertzale, ilegalizada pelo Estado espanhol, vai «dar tudo» para consolidar a nova fase política aberta em Hego Euskal Herria [País Basco Sul]. Uma etapa marcada pelo cessar-fogo decretado pela ETA e pela grande presença do Bildu nos municípios de Araba, Bizkaia, Gipuzkoa e Nafarroa.

Moreno destacou que a esquerda abertzale vai investir «todo o seu capital político e humano na construção de um quadro democrático que reconheça Euskal Herria e o seu direito a decidir». Um investimento na construção de um novo Estado basco, «independente e socialista».

Em suma, mais uma afirmação de que este povo, mesmo quando vive intensamente as suas jaiak [festas], não esquece o seu compromisso com a soberania e o socialismo e, naturalmente, com as presas e os presos.

Fonte: boltxe.info

O encontro sindical de Manágua apoia o processo basco e exige a absolvição de Rafa Díez e seus companheiros

O VI Encontro Sindical Nossa América (ESNA), que este ano decorreu em Manágua (Nicarágua) e no qual participou o sindicato LAB, terminou ontem, ao cabo de cinco dias. Através de uma resolução aprovada por unanimidade, fizeram questão de manifestar o seu apoio ao processo basco e exigiram a absolvição de Rafa Díez e dos outros sete imputados no «caso Bateragune», que aguarda sentença, e pediram ao Governo espanhol «que respeite a palavra do povo basco livremente expressa.

O evento reúne as principais centrais sindicais de esquerda e progressistas de toda a América Latina e Caraíbas, para além de sindicatos europeus como a CGTP, de Portugal, ou o PAME, da Grécia, que participaram como convidados. Por parte do LAB, esteve presente o seu secretário de Relações Internacionais.

Ver, na sequência:
«Pontos mais destacados»

Notícia completa: Gara

Leituras

«Goebbels contra Garitano, o la prueba de que todo va a valer contra Bildu», de Ramón SOLA (Gara)
Apesar de contar com mais de 25 anos de exercício profissional diário nas areias movediças da política basca, o deputado geral de Gipuzkoa, Martin Garitano, é o primeiro surpreendido pela campanha que foi lançada a partir da distorção de uma resposta sua na Catalunya Nord. Como é que acaba em escândalo político algo que nem sequer foi notícia? A pista foi dada por um tal Joseph Goebbels.

«Bildukistán», de Iñaki EGAÑA (boltxe.info)

«Serpientes de verano en Leitza y Berriozar», de Fran BALDA (ateakireki.com)

«Contrapunto», de Jesús VALENCIA (boltxe.info)

Vítimas do franquismo exigem «medidas concretas de reparação e justiça» e que não se «olhe para o lado»

A Sare Antifaxista esteve presente nesta homenagem anual da Aste Nagusia bilbaína.
Gara, Bilbo * E.H.
A associação Ahaztuak 1936-1977 realizou pelo quinto ano consecutivo, em Bilbo, um acto em memória das vítimas do franquismo, no qual reclamou «medidas concretas de reparação e justiça» e pediu que «não se faça vista grossa»...

«Justizia egiteko neurri zehatzak» eskatu ditu Ahaztuak elkarteak Bilbon...
http://www.gara.net/paperezkoa/20110829/287579/es/Justizia-egiteko-neurri-zehatzak-eskatu-ditu-Ahaztuak-elkarteak-Bilbon

Fonte: SareAntifaxista

A última sexta-feira de Agosto insiste na questão dos presos doentes e na deliberação do TC

Milhares de pessoas vieram para as ruas em defesa dos direitos dos presos na tarde-noite da última «sexta-feira de Agosto. A Egin Dezagun Bidea apontou vários «desafios inquestionáveis» que tem pela frente proximamente, como a situação dos presos que se encontram doentes ou a revisão dos casos de prolongamento das condenações.

Milhares de pessoas vieram para as ruas numa nova jornada de protesto contra a política penitenciária convocada pela iniciativa Egin Dezagun Bidea, que salientou as dificuldades que este tipo de actos enfrentaram durante o Verão, com vetos aos «almoços populares, jogos de mus ou às fotos», mas também salientou o facto de «a maior preocupação não ter a ver com o lado de cá das grades, mas sim com o que se passa para lá delas, pois a situação das presas e dos presos políticos continua na mesma».

Ver também:
«Criticam o tratamento a Iparragirre em Basauri, ao cabo de oito dias de transferência»

Notícia completa: Gara

Ekinklik: 2011ko Udako Laburpena - Resumo de Verão 2011


2011ko Udako Laburpena Resumen de Verano 2011 from ekinklik argazkiak on Vimeo.
Fonte: ekinklik.org via kaosenlared.net

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Uruguai e Euskal Herria, de novo juntos na manifestação do Filtro

A solidariedade do povo uruguaio com Euskal Herria voltou a estar presente, mais um ano, na mobilização que percorreu as ruas de Montevideu para evocar os acontecimentos do Hospital Filtro, em 1994, no decorrer dos quais dois cidadãos uruguaios foram mortos. Defendiam o direito de asilo para refugiados bascos. Cerca de 3000 pessoas pediram que se acabe com a impunidade dos repressores e manifestaram o seu apoio aos presos bascos.
Jon Mikel FERNÁNDEZ
VER: Gara

Ver também:
«Bilbo recordou os uruguaios mortos em solidariedade com Euskal Herria» (boltxe.info)



Ver artigo do Gara publicado em 15/08/2004 em kaosenlared.net

Protesto na Aste Nagusia: As comparsas de Bilbo respondem a Azkuna e ao seu modelo festivo

Face ao modelo festivo institucional, «espanholizador» e repressivo, da CM de Bilbo, à frente da qual estão, há muitos anos, o PNV e Azkuna, as comparsas de Bilbo, verdadeira alma da festa, defendem um modelo festivo popular, participativo e euskaldun.

A Câmara Municipal de Bilbau sancionou duas comparsas, a Txori Barrote e a Kaskagorri, e estas não podem montar as txosnas a que têm direito. Na verdade, hoje mesmo a Audiência Nacional espanhola decretou a proibição dos actos programados pela Kaskagorri com a velha cantilena de que enaltecem o terrorismo. Já as acções terroristas do grupo de criminosos da OTAN podem ser louvadas de forma grátis por quem quer que seja e, quanto a isso, felizes da vida!

Bem, as comparsas decidiram que, em solidariedade com a Kaskagorri e a Txori Barrote, não iam abrir as txosnas de cada qual, para assim mostrar o que seriam as jaiak [festas] de Bilbo sem elas, como Azkuna, o PNV e a dupla PP-PSOE tanto gostariam. O que aconteceu foi que, no dia 24, o recinto de festas do Arenal esteve absolutamente deserto todo o dia, e o resto de Bilbo com um ambiente pobre ou piroso.

As comparsas são a alma das jaiak de Bilbo, e com este protesto, que levaram a cabo pelo segundo ano consecutivo, deixaram bem claro que, se Bilbo é conhecida pelas suas festas, isso se fica a dever em grande medida ao trabalho das comparsas.

A coordenadora das comparsas tinha dito que o protesto não iria assumir o carácter de uma manifestação e que seria um desfile do «orgulho comparseril». Ao dar a conhecer as actividades para este dia de protesto, afirmaram que «todos juntos vamos fazer andar um autocarro».

Dito e feito: a Bilboko Konpartsak conseguiu fazer andar um autocarro de dois andares, parodiando a atitude da CM Bilbo e a aludindo à possibilidade de romper com a sua teimosia.

Entretanto, Azkuna, o autarca, via os touros na praça e, por certo, já a pensar na Vuelta...

Ver também: «A Bilboko Konpartsak consegue atingir os seus objectivos na defesa de uma Aste Nagusia popular» (SareAntifaxista)

Fotos: 2011ko Planto Eguna Bilboko Aste Nagusian (Berria)

A Kaskagorri suspendeu os actos festivos proibidos pela AN espanhola

O tribunal espanhol proibiu ontem de manhã a realização de três actos convocados pela comparsa Kaskagorri para ontem e hoje, no âmbito da Aste Nagusia, por entender que constituem «enaltecimento do terrorismo». Tratava-se de um brinde e de dois almoços com perseguidos políticos e familiares de presos políticos.

Ontem às três da tarde, hora prevista para o início de um dos almoços, representantes da Bilboko Konpartsak, entre os quais o seu porta-voz, Garikoitz Goikoetxea, disseram que os actos da Kaskagorri proibidos pela AN espanhola não se iriam realizar.

Segundo afirmaram, depois de ter recebido a ordem da AN espanhola, a Kaskagorri vai comunicar ao tribunal especial de Madrid, por escrito e através do Departamento do Interior de Lakua, que não vai levar a cabo esses actos e que não vão «infringir a lei».

Os representantes da Bilboko Konpartsak disseram que esses actos «não existem enquanto tal» e que o que vai ter lugar são os almoços habituais das comparsas, nas quais «não existe enaltecimento de nada».

Por último, a Bilboko Konparsak transmitiu o seu desejo de que as festas decorram com normalidade.
Fonte: Gara

Ver também: «Auzitegi Nazionalak Kaskagorri konpartsaren bi ekitaldi debekatu ditu» (Berria)

A Ahaztuak vai lembrar as vítimas do franquismo na txosna Pa Ya

A associação Ahaztuak 1936-1977 vai realizar este domingo, em Bilbo, pelo quinto ano consecutivo, um acto em memória das vítimas do franquismo na txosna da comparsa Pa Ya.

O acto terá início às 13h00 e contará com a participação dos familiares das vítimas, que depois irão assistir a um concerto relacionado com a memória histórica.
Para tal, a Ahaztuak decidiu fazer a apresentação em directo do disco Rojo. Cancionero y banderas rotas, dos músicos Salvador Amor e Gabriel Ortega, que reúne composições de ambos os artistas com autores como Miguel Hernández, Atahualpa Yupanqui, Paco Ibáñez ou Chicho Sánchez Ferlosio.

Nas palavras dos organizadores, trata-se de «uma excelente mostra de memória musicada» para que as gerações de hoje tomem consciência do que se passou.
Fonte: Gara

Ver também: «Rojo. Cancionero y banderas rotas será apresentado em Bilbo no próximo domingo, dia 28» (SareAntifaxista)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Esquerda abertzale, EA e Alternatiba refutam a campanha contra Garitano

Tanto a esquerda abertzale como o EA e a Alternatiba vieram a terreiro na sequência da tentativa de utilização das vítimas da ETA contra o Bildu e, mais concretamente, contra o deputado geral de Gipuzkoa, Martin Garitano, depois de uma leitura arrevesada de certas declarações que proferiu na Catalunya. O conselheiro do Interior de Lakua, Rodolfo Ares, disse entretanto que não haverá moção de censura por agora, mas que é chegado o «momento de fazer exigências ao Bildu».
VER: Gara

Ver também:
«En el tema de víctimas, ni PSOE ni PP están en condiciones de pedir cuentas a nadie», de Ezker Abertzalea (lahaine.org)

Irailak 17 de Setembro: manifestação nacional em Donostia

«Eskubide guztiekin euskal presoak Euskal Herrira»
Com todos os direitos, os presos bascos para o País Basco

Manifestazioaren webgunea eta Sare Info:
http://irailak17manifestazionazionala.blogspot.com/

Fonte: SareAnfaxista

Seis dias sem notícias do preso doente Ibon Iparragirre, entre Sevilha e Basauri
Desde que, na quinta-feira passada, o preso político basco Ibon Iparragirre deixou a prisão de Sevilha, ao que parece com destino à prisão de Basauri, devido ao seu grave estado de saúde, a sua família não conseguiu contactar com ele. Assim o fez saber ontem a Etxerat, que pediu a sua imediata libertação, bem como a dos restantes presos políticos com doenças graves que o relatório da Jaiki Hadi deu a conhecer.
VER: Gara

Ver também:
«Entrevista a Mattin Troitiño, porta-voz da Etxerat» (boltxe.info)

Bilbo: A censura e a repressão regressam à Aste Nagusia

As Forças de Segurança da CAB querem levar para os tribunais espanhóis a exibição de fotos de presos políticos bascos.
Bilbo * E.H
O Departamento do Interior iniciou uma investigação com o propósito de identificar as pessoas que, no sábado passado, mostraram fotografias dos presos políticos bascos durante o arranque da Aste Nagusia bilbaína (antes e depois do txupinazo). As Forças de Segurança da CAB estão a cotejar as suas bases de dados com as imagens publicadas na imprensa e emitidas pela TV para assim identificarem essas pessoas e as obrigareem a comparecer nos tribunais espanhóis.

Ver também:
«Ares justifica a pintura das paredes com o facto de se esconder os lemas em defesa dos presos» (Gara)

Activistas bascos conhecem em primeira mão os avanços da revolução bolivariana

A Brigada Basca, composta por seis jovens, foi até à Venezuela para conhecer os avanços da Revolução Bolivariana.

Os jovens encontram-se no país a convite da Coordinadora Simón Bolívar, uma organização popular revolucionária do bairro 23 de Enero. É a 13.ª vez que a Brigada Basca visita terras venezuelanas.

Numa entrevista, disseram que, com as suas viagens, pretendem conhecer de perto o processo que o país atravessa desde 1998. «Desta vez interessa-nos conhecer a fundo a democracia participativa que se pratica aqui e as diferentes formas de produção alternativa que surgiram, como as cooperativas e as empresas recuperadas», disse Ekain.

Pensam que a participação popular na tomada de decisões é fundamental para a verdadeira democracia. «Chama bastante a atenção o modo como funcionam os conselhos comunais, por exemplo. É um verdadeiro exemplo de democracia participativa, sendo que a vontade das pessoas não se vê apenas reflectida no voto, mas também no quotidiano, na vida da comunidade», acrescentou.

Também se referiram ao controlo das empresas recuperadas pelos trabalhadores e às cooperativas, que encaram como uma forma de «manter alguma independência relativamente ao sistema capitalista».

«A organização dos países tem de ser do povo, pelo povo e para o povo. O que se está a passar na Venezuela vai por esse caminho», disse Ibon.
Tendo como base esta experiência, os jovens bascos vão pôr em prática no seu país algumas das coisas que aprenderem na Venezuela.

Para os jovens ibéricos, o internacionalismo é fundamental para as lutas dos povos oprimidos do mundo.
Defendem que a unidade é a chave do triunfo do socialismo sobre o capitalismo. «Não faz sentido que nós, que lutamos por um sistema político justo, o façamos apenas a nível do bairro, do país, e nem sequer a nível do continente. Estamos a lutar contra quem tem o poder político e económico, e a única maneira de termos êxito é unindo-nos», disse um deles.

Ver ainda: «Muito mais que um grupo armado» / «Os povos unidos» / «500 anos de luta pelo direito a um país»

Akelarre - «Korrikan»


Info7 Irratia egunero entzuten dugulako...

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Norma Morroni: «Nunca me faltou a solidariedade do povo basco»

No dia 24 de Agosto de 1994, Roberto Facal e Fernando Morroni eram mortos a tiro pela Polícia uruguaia quando defendiam em Montevideu o direito de asilo para três refugiados bascos. Desde então, Norma Morroni, mãe de Fernando, estabeleceu um laço especial de solidariedade com Euskal Herria.

Norma MORRONI, mãe de Fernando Morroni, entrevistada por Jon Mikel FERNÁNDEZ em Montevideu

Se há uma data que une Euskal Herria e o Uruguai, é a de 24 de Agosto. Como todos os anos, na quarta-feira centenas e centenas de pessoas vão encher as ruas de Montevideu e reclamar justiça por tudo o que aconteceu há 17 anos nos arredores do hospital de Filtro. Norma Morroni sabe-o muito bem. É a mãe de Fernando, um dos dois jovens uruguaios que foram mortos pelos disparos da Polícia no dia 24 de Agosto de 1994 quando participavam num grande protesto para exigir o direito de asilo para três refugiados bascos que corriam o risco de extradição para o Estado espanhol.

Desde então já passaram 17 anos e a justiça prima pela sua ausência tanto num como no outro lado do Atlântico. Em Euskal Herria e no Uruguai, os responsáveis pela repressão continuam a gozar de impunidade. E é precisamente a denúncia dessa impunidade aquilo que Norma Morroni acaba por representar. Com a sua humildade, Norma reflecte a solidariedade entre dois povos, o uruguaio e o basco.
VER: Gara

Um jovem de Aulesti afirma ter sido ameaçado pela Guarda Civil e apresentou queixa em tribunal

Mikeldi Zenigaonaindia, jovem de Aulesti (Bizkaia), apresentou queixa em tribunal no dia 22 de Julho e, um mês depois, decidiu dar a conhecer à opinião pública aquilo que se passou.

De acordo com a queixa formulada, no dia 11 de Julho, quando se dirigia para a furgoneta estacionada no parque de Astra, em Gernika, apareceram-lhe quatro desconhecidos, vestidos à civil, três dos quais encapuzados. Segundo Zenigaonaindia, pediram-lhe que lhes fornecesse informações, e disseram-lhe que, caso se recusasse a colaborar, iriam prender os seus familiares e amigos. No final, gritaram «Viva la Guardia Civil y viva España, joder».

Não é a primeira vez que Zenigaonaindia é alvo de ameaças. O ano passado, afirmou ter sido raptado duas vezes por militares da Guarda Civil. Desta vez, apareceram quatro desconhecidos quando ia entrar na furgoneta. Dois deles entraram para a parte traseira da viatura: «Bom dia, Mikeldi; somos nós outra vez, e, tal como te dissemos das outras vezes, queremos ser teus amigos, e para tal precisamos da tua ajuda», disseram-lhe em castelhano. Disseram-lhe também que tinham provas da sua participação em duas acções de violência urbana e que, se não colaborasse, iriam atrás dos seus próximos.

Depois de Zenigaonaindia ter dado a conhecer o caso, o Movimento pró-Amnistia denunciou a «hipocrisia do Governo Espanhol»: «farta-se de falar da violência policial na Líbia ou na Síria, mas, quando se trata da repressão em Euskal Herria, olha para outro lado».

O Movimento pró-Amnistia fez saber que este caso não é o único e que nos últimos meses têm aumentado as propostas se trabalhar como delator. «Estes funcionários do Estado que vivem à custa do dinheiro de todos nós recorrem à chantagem e às ameaças para pedir a nossa colaboração e, se não nos mostramos disponíveis, tentam dar-nos cabo da vida», afirmaram. Para além de pedir o fim da perseguição aos cidadãos bascos e de realçar a importância das denúncias públicas e das queixas nos tribunais, o Movimento pró-Amnistia considerou essencial a solidariedade dos cidadãos.
Notícia completa: Berria

Ver também: «Gazte batek salaketa jarri du, eraso egin baitiote, Guardia Zibilari lagun diezaion» (Gara)

Leituras

«La estrategia de la tensión», de Iñaki EGAÑA, historiador (Gara)
A tensão irá aumentando à medida que o desapego a Espanha for desbravando o seu caminho.

«España: con "p" de Poyales», de Joxean AGIRRE AGIRRE, socólogo (Gara)
Os acontecimentos de Poyales del Hoyo, onde o autarca do PP desenterrou para voltar a enterrar numa vala comum fuzilados da guerra de 36 sem informar as suas famílias, servem ao autor para construir uma obra coral que retrata a Espanha «negra, submissa e atroz». Conjugando a letra «p», analisa a política espanhola e os seus políticos, a imprensa e outros comportamentos da «Espanha poyalesca». Finalmente, perante esse panorama, dirige a sua análise para o significado que as eleições de 20 de Novembro têm para Euskal Herria, sublinhando a sua importância.

«Protejamos a la niñez de estos ineptos», de Fede de los RÍOS (boltxe.info)
Mas Espanha é tão diferente, tão peculiar a sua história, tão, tão católica... Primeiro, aqueles católicos reis correram com mouros e judeus; depois seria o nacional-católico Caudilho, com os canhões abençoados pelo Vaticano, a exterminar vermelhos e separatistas.

«A los peregrinos nacionalcatolicistas no les gustan las banderas de Catalunya y Euskal Herria» (kaosenlared.net)
Três jovens foram importunados por agitar a ikurriña: «Disseram-nos que, se levávamos a ikurriña, éramos uns terroristas». Jovens catalães que levavam a senyera também foram insultados.

«¿Quién quiere pinchar el globo?», de Floren AOIZ, historiador (boltxe.info)
Não é o momento para destruir ilusões, mas para as aumentar e tornar mais sólidas com compromissos e avanços concretos

«La Vuelta a España sale al extranjero» (Gara)
O desportivismo e o incentivo aos ciclistas estão assegurados por uma afición tão forte e conhecedora como a basca. E ficaria encantada que viesse todos os anos. Desde reconhecessem e respeitassem com naturalidade, como bons vizinhos, que somos o que somos: um país... Outro país.

Freedom for the Basque Country

São muitos os estrangeiros que por esta altura gozam as belezas que Sopela e a sua costa têm para oferecer. Hão-de levar boas imagens, fotos, lembranças para suas casas. Mas, infelizmente, o nosso país encontra-se envolvido num conflito político, sendo alvo da tentativa de assimilação por parte dos estados espanhol e francês, pelo que a esquerda abertzale de Sopela (Bizkaia) está a trabalhar num conjunto de iniciativas de carácter propagandístico com o objectivo de dar a conhecer aos turistas essa situação.
Para além de dar as boas-vindas aos turistas em inglês, francês e castelhano e lhes chamar a atenção para o facto de se encontrarem em Euskal Herria, nos folhetos que lhes estão a ser distribuídos e nas faixas colocadas em diversos locais do município é-lhes explicado que este país vê recusado o seu direito a decidir.
Fonte: sopela.net

Se vais às festas de Bilbau... orienta-te!

Aste Nagusia 2011: txosnen kokapena/localização das txosnas

Programa da Bilboko Konpartsak: eu / cas

Fonte: SareAntifaxista

Se só puderes ou quiseres seguir pela TV, liga-te à Hamaika Telebista! [spot]

Kukutza em San Mamés
Faixas de apoio ao Kukutza Gaztetxea em San Mamés
Bilbo * E.H.
O Athletic Club enfrentava o Trabzonspor em San Mamés, na primeira-mão da eliminatória de acesso à Liga Europa.
Nas bancadas antifascistas de San Mames ouviu-se um grito firme... «Kukutzatik ez dira pasako!». E a Abertzale Sur e a Herri Norte Taldea exibiram faixas de apoio ao Kukutza Gaztetxea.
Fonte: SareAntifaxista

domingo, 21 de agosto de 2011

A esquerda abertzale pede ao PNV que «não feche a porta à história»

Duas semanas depois da proposta de aliança com vista às eleições de 20 de Novembro feita por esquerda abertzale, EA e Alternatiba a PNV e Aralar, os dirigentes da força jelkide continuam a rejeitá-la, apresentando diversos argumentos tal. No entanto, a esquerda abertzale não desiste, e ontem emitiu uma nota em que se dirige novamente ao PNV para afirmar que já se perderam demasiadas oportunidades e realçar a importância da união de forças no actual contexto.

«Vivemos um momento político que faz das próximas eleições uma oportunidade única para aprofundar a nova fase política aberta em Euskal Herria e, consequentemente, para aumentar a adesão social e fomentar o debate político, de modo a tornar irreversível tanto o avanço no processo de paz e de soluções democráticas como a aposta numa mudança política e social assente em posições soberanistas e progressistas», dizem os independentistas aos jelkides.
Notícia completa: Gara

Nota da esquerda abertzale: «Llamamos al PNV a no desaprovechar esta nueva oportunidad histórica» (ezkerabertzalea.info)

Em Ipar Euskal Herria, a Autonomia Eraiki defende um movimento unitário
«Estamos num ponto de viragem da nossa história e não devemos perder esta oportunidade», afirma a plataforma Autonomia Eraiki num comunicado. O grupo de reflexão abertzale de esquerda defende a criação ou o reforço de uma coligação que ganhe contornos de movimento político para lá das eleições.

Deveria reagrupar o totalidade dos elementos que compõem a esquerda abertzale e poderia ser a Euskal Herria Bai, de acordo com a plataforma. Este novo movimento iria permitir o «estabelecimento de uma relação de forças política consequente com o Estado francês», mantendo as reivindicações prioritárias: o reconhecimento institucional do País Basco Norte, a oficialização do euskara, o fim da especulação da terra, o fim «da colonização da população» e a obtenção de uma amnistia.

A Autonomia Eraiki considera que o novo contexto político que prevalece no conjunto do País Basco favorece esta união. / G.T.
Fonte: Lejpb

O preso doente José Ramón Foruria, por fim em casa, em regime de prisão atenuada

O preso José Ramón Foruria (Markina, Bizkaia) encontra-se em sua casa desde ontem. Foi-lhe decretado o regime de prisão atenuada, como aconteceu anteriormente a outros oito prisioneiros políticos bascos, em virtude de uma doença pela qual reclamavam a sua libertação já desde 2004.

José Ramón Foruria torna-se o nono preso político doente a ser enviado para casa após a denúncia pública do caso. A Etxerat comunicou ontem esta notícia, embora tenha criticado o facto de lhe serem aplicadas «férreas medidas de controlo» que podem prejudicar a prestação dos cuidados médicos de que necessita.

Foruria era um dos presos cuja situação foi denunciada pelo colectivo Jaiki Hadi no seu último relatório, juntamente com os casos de Mila Ioldi, Ibon Iparragirre e Txus Martin, cuja vida está em risco se a sua situação se mantiver, e também os de Gotzone López de Luzuriaga, Inma Berriozabal, José Angel Biguri, Iñaki Etxeberria, Jesús Mari Mendinueta e Josetxo Arizkuren. Recentemente, acrescentaram-se também os casos de Ibon Fernandez Iradi, Mikel Izpura, Unai Parot e Aitor Fresnedo.

Desde 2004
Na verdade, Foruria esteve doente praticamente desde que foi parar à prisão, em Setembro de 2003. Este natural de Markina nascido em 1950 tinha sido entregue pela Venezuela ao Estado espanhol, e pouco tempo depois de ser encarcerado foi-lhe diagnosticado um cancro na bexiga, tendo sido pedida a sua libertação, no cumprimento da lei vigente.

A Audiência Nacional espanhola recusou-a em 2006 e também um ano depois. Entretanto, houve reincidências da doença em 2008 e 2010, confirmando o agravamento da situação.

A libertação ocorre ao cabo de sete anos. A Etxerat destaca o facto de que esta não teria sido possível sem as mobilizações de protesto. Desta forma, pede aos cidadãos que continuem unidos e dando força a estas demandas, em Euskal Herria e junto da comunidade internacional.
Fonte: Gara