quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

VII Semana Internacional de Solidariedade com Euskal Herria

De 2 a 10 de Março de 2013 Apresentação da VII Semana Internacional de Solidariedade com Euskal Herria, numa conferência de imprensa que teve lugar no Koldo Mitxelena Kulturgunea, em Donostia. / Fonte: Askapena via lahaine.org

Forte adesão à Greve Geral na comarca navarra de Sakana

A greve geral convocada para hoje na comarca de Sakana (Nafarroa) pelos sindicatos LAB, EHNE e STEE-EILAS, pelos municípios de Uharte Arakil, Lakuntza, Arbizu, Etxarri Aranatz, Altsasu e Olatzaguti e por múltiplos agentes sociais e políticos, com o lema «Sakana ez da ixten. UPNk etorkizuna lapurtzen digu» [Sakana não fecha. A UPN rouba-nos o futuro], teve uma grande adesão.

Num eskualde marcado pelo encerramento ou pela deslocalização de grandes empresas nos últimos anos, pela crise e por uma taxa de desemprego galopante, consequência da «política de abandono da UPN», a jornada de protesto teve uma grande adesão. De acordo com o LAB, houve forte impacto na indústria, no comércio, na educação, na administração pública e nos transportes [dados de adesão, por sectores: LAB].

Os trabalhadores vieram para as ruas protestar contra a situação que se vive na comarca e, de acordo com os dados fornecidos pelo LAB, ao princípio da manhã houve mobilizações em Olazti (50 pessoas), em Etxarri (150), em Irurtzun (100) e em Altsasu (300). Nesta última, os manifestantes gritaram palavras de ordem como «Viver e trabalhar em Sakana. O desemprego é terrorismo patronal» ou «UPN, Sakana não fecha».

Ao meio-dia, 2500-3000 pessoas participaram numa manifestação na capital navarra, entre o Parque Antoniutti e a sede do Parlamento. No final da mobilização, a autarca de Altsasu, Garazi Urrestarazu, acusou o Governo de Nafarroa de não cumprir os compromissos assumidos com Sakana; Gaizka Uharte, representante do LAB, afirmou que existe alternativa: «Temos de começar a pôr em marcha o nosso próprio modelo e travar a perda de postos de trabalho».
À tarde, cerca de 2000 pessoas participaram na segunda manifestação do dia em Altsasu. / Fonte: Berria e labsindikatua.org

Vídeos [vários]: Greba orokorra Sakanan (ateakireki.com)

Fotos: Greve Geral em Sakana (Berria / naiz.info)

O Herrira vai transmitir à comunidade europeia o apoio da sociedade basca à sentença de Estrasburgo

Os membros do Herrira Emilie Martin e Beñat Zarrabeitia, a advogada Irune Agirre e Jone Artola, irmã de Joseba Artola – preso há 28 anos e ao qual foi aplicada a doutrina 197/2006 – compõem a delegação que estará em Bruxelas de 4 a 8 de Março para transmitir à comunidade europeia «o mandato da maioria da sociedade basca em prol do respeito pelos direitos humanos, a solução e a paz». Fá-lo-ão no âmbito de uma campanha a que chamaram «Give a peace a chance in the Basque Country».

Zarrabeitia e Agirre, numa conferência de imprensa que hoje deram em Bilbo e em que estiveram acompanhados por numerosos agentes políticos, sociais e sindicais que apoiaram a manifestação de 12 de Janeiro, disseram que já têm agendadas 25 reuniões com eurodeputados de treze estados, bem como com eurodeputadas bascas. Irão reunir-se com membros de todos os grupos da Eurocâmara excepto o conservador, embora também tentem manter algum encontro com esse grupo.

A delegação basca, indicaram, irá dizer-lhes que «a maioria da sociedade basca faz sua e apoia» a sentença do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) a favor da liberdade de Inés del Río e que a defende «como um activo para a resolução e a paz», pelo que «não vêem qualquer razão para a alterar, mesmo com todas as pressões políticas que sabem que o Estado espanhol está a exercer». Irão também insistir na ideia de que «o futuro deve construir-se com os pilares do respeito pelos direitos humanos» e que «é o momento de dar uma oportunidade à paz».

O Herrira considera que o objectivo desta campanha é «comunicar à Europa, com base no pluralismo, a necessidade de uma política penitenciária em clave de resolução e não de vingança». / Fonte: naiz.info

Gasteiz, 3 de Março. Recuperar a luta dos trabalhadores

Os sindicatos ELA, LAB, ESK, STEE-EILAS e Hiru e representantes da Associação de Vítimas do 3 de Março, deram a conhecer os actos organizados para o próximo domingo, dia em que se assinala o assassinato de cinco trabalhadores, na sequência da violenta intervenção da Polícia espanhola durante uma jornada de greve, em 1976, no bairro de Zaramaga (Gasteiz), da qual resultaram mais de 150 feridos.

No decorrer dos actos, a que presidirá o lema «Recogiendo lo sembrado» [colhendo o que foi semeado], será lido um manifesto em que se denuncia a falta do «pleno» reconhecimento às vítimas 37 anos depois dos acontecimentos, bem como o facto de os culpados não terem assumido as suas responsabilidades, pois nalguns casos «continuam a ocupar cargos em instituições relevantes».

Os organizadores fizeram um apelo aos cidadãos de Gasteiz para que «continuem a lutar» contra as políticas públicas «injustas» e os ataques aos direitos fundamentais que «o Governo central levou a cabo na Saúde, na Educação e nos serviços sociais». Neste sentido, defenderam que se recolha «o melhor» da luta laboral que precedeu os acontecimentos de 3 de Março em Gasteiz, como a participação, a organização, a solidariedade e a unidade, considerando que ainda há muito a aprender a partir destes valores.

Os organizadores da marcha pediram também ao novo Governo de Lakua, nas mãos do PNV, que esclareça no Orçamento de 2013 se está ao serviço «dos interesses dos cidadãos e das pessoas com menos recursos ou se irá ceder face às imposições do Governo de Madrid, renunciando à defesa de determinadas competências próprias».

Na sequência do «desaparecimento» do mural em memória dos trabalhadores, provocado pelo «padreco» de Zaramaga, solicitaram ainda a criação de um monumento ou monólito evocativo permanente dos trabalhadores assassinados. / Fonte: boltxe.info

Borroka Garaia: «Sois integrantes del ala dura y el núcleo duro»

¿Os imagináis que un periódico de tirada estatal española convirtiera en corriente política vuestro blog personal?. ¿Os imagináis que cualquiera que insertara comentarios en ese blog se convirtiera automáticamente en integrante y exponente de esa corriente política?. / No hace falta que os vayáis muy lejos. [...] Creo que ésta es ya la tercera vez [1], [2], [3] que el diario casposo ABC lo hace. Y digo creo, porque una vez más ha sido un lector el que me ha avisado ya que no suelo transitar esas páginas de Dios donde Franco caminaba bajo palio y sus herederos lo hacen a día de hoy. (BorrokaGaraiaDa)

Soziedad Alkoholika - «Estado enfermo»
A banda é de Gasteiz (Araba, EH).

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

«22 euros por esta merda? O documentário»

«Depois do êxito do vídeo "¿22 euros por esta merda?", o sindicato LAB e a Ateak Ireki realizaram um mini-documentário em que se aprofunda a questão da privatização das cozinhas hospitalares, no qual participam trabalhadores das cozinhas, dietistas, trabalhadores do Osasunbidea [serviço navarro de Saúde] ou familiares de utilizadores do hospital. Este documentário apresenta uma perspectiva mais completa e profunda sobre o caos gerado pela privatização das cozinhas do Complexo Hospitalar. O escândalo está servido e os responsáveis políticos não podem olhar para o lado.»
Fonte: ateakireki.com

O Ekhi foi julgado em Iruñea por «ter falado em euskara» na presença de guardas civis

Ekhiotz Prieto, jovem de Oteiza (Lizarra, Nafarroa), foi hoje julgado no Tribunal de Iruñea. Inicialmente, era acusado de resistência grave à autoridade e de desobediência, e incorria numa pena de seis meses de prisão. No entanto, no final do processo sumário o procurador concluiu que os factos não constituíam um crime, mas uma contravenção. O Ekhi fica agora à espera da sentença; a advogada Arantza Izurdiaga mostrou-se optimista, tendo em conta a atitude do procurador, e destacou ainda as muitas contradições nos depoimentos dos guardas civis.

Ontem, o portal ateakireki.com noticiou este caso. Os factos ocorreram a 26 de Março do ano passado. Nesse dia, um carro da Guarda Civil encontrava-se parado junto ao restaurante Katxetas, na Alde Zaharra [Parte Velha] de Lizarra. Os guardas civis estavam a identificar sete jovens, e o que hoje foi julgado perguntou em euskara a um amigo o que se estava a passar. Os guardas civis ficaram nervosos, e, de forma impetuosa, um deles disse-lhe que traduzisse o que tinha dito. Segundo o jovem contou ao Berria, eles tomaram a pergunta como um insulto contra eles.

Quando foi identificado, o guarda civil começou a gozar com o nome basco no BI, e o jovem disse-lhe que já estava identificado e que não tinha nada a fazer ali, e começou a afastar-se. Então, os militares empurraram-no e, «nervosos», no meio da gente que entretanto se juntara, bateram-lhe com o cacetete.

O Ekhi esteve um ano à espera de julgamento. Neste período, cruzou-se por diversas vezes, tanto na rua como nos controlos de estrada, com os dois guardas civis, e um deles ameaçava-o com a «grande pena que ia apanhar». Por isso, o Ekhi recebeu com alívio a reacção do procurador e o final da sessão.

A Polícia Foral procedeu a identificações
Muita gente veio de Lizarraldea para assistir ao julgamento e apoiar Ekhiotz. Depois do julgamento, o fotógrafo da Argazki Press pediu-lhes que abrissem a faixa por um instante, para fazer uma foto. O jornalista pode confirmar que foi mesmo um instante. Depois, algumas pessoas dirigiram-se para Lizarra; outras foram tomar um café a uma taberna nas imediações. Apareceu então a Polícia Foral e pediu a identificação a três ou quatro pessoas, por terem realizado uma concentração; contudo, elas negaram que tivessem estado com a faixa. Os polícias disseram-lhes que iam verificar tudo na vídeocâmara. / Ver: Berria e ateakireki.com [APA MAJO!]

Grande apoio à Udalbiltza, às portas do seu congresso de renovação

Conferência de imprensa ontem em Donostia

Iratxe López de Aberasturi, vereadora do Bildu em Gasteiz e membro do grupo promotor da Udalbiltza (assembleia de municípios e eleitos municipais de Euskal Herria), fala sobre o seu congresso constituinte, no próximo dia 2 em Donostia, avançando alguns dados e objectivos. [Em euskara aqui.]

Mais informação: «Udalbiltza se prépare à son assemblée constitutive» (Lejpb)
Samedi prochain au théâtre Victoria-Eugenia de Donostia aura lieu l’assemblée de refondation d'Udalbiltza, l'assemblée des élus municipaux des sept provinces du Pays Basque. Lors d'une conférence de presse hier, les représentants du groupe d'élus à l'origine de cette refondation ont présenté le déroulement de l'assemblée de samedi.

«Udalbiltza emprenderá su nueva singladura con la adhesión de más de 1.200 electos» (naiz.info)

Iñaki Gil de San Vicente: «La fuerza material de lo simbólico»

¿Alguien en su sano juicio piensa que Cuba seguiría siendo independiente de no tener una efectiva defensa y una muy arraigada memoria militar? Y es que el pacifismo a ultranza, además de éticamente inmoral, es la autoderrota definitiva. Por estas y más razones, cuando vemos que algunas izquierdas desvarían y se desploman no sólo en el pacifismo sino en la amnesia histórica, lo que viene a ser lo mismo, olvidando las lecciones del pasado y cerrando los ojos a la esencial inhumanidad terrorista del capitalismo, entonces comprendemos que la luz teórica, el esclarecimiento político y la activación ética, son más necesarios que nunca antes, también en Euskal Herria. (boltxe.info)

«Eguzki exige el desmantelamiento definitvo de Garoña», EGUZKI Talde Ekologista (lahaine.org)
Para Eguzki, el cierre de Garoña debe ser algo irreversible y tan solo hace falta que, de una vez por todas, se apruebe el plan de desmantelamiento y otro de dinamización laboral en la zona, puesto que Garoña es una planta nuclear que debería haber estado cerrada hace mucho tiempo por vieja, por peligrosa, por innecesaria, por estar amortizada, porque lo demanda la sociedad.

«Vallecas», de Borroka Garaia (BorrokaGaraiaDa)
Es por ello que no extrañan las noticias recientes que llegan desde Vallecas. Razzia policial con al menos 13 detenidos y acusados de pertenencia a «banda criminal» por el mero hecho de ser parte del grupo de aficionados del club de fútbol Rayo Vallecano llamado Bukaneros. / Máxima solidaridad internacionalista y un fuerte abrazo a la juventud de Vallecas desde Euskal Herria. ¡No pasarán!

«Guerra das bandeiras»: Bergara coloca a «espanhola» entre meia centena de bandeiras

Bergara * E.H.
Aquela que é conhecida como «guerra das bandeiras», já antiga e marcada por episódios variados no País Basco Sul, intensificou-se recentemente com as ordens enviadas pelos tribunais a diversos municípios de Euskal Herria para que estes icem a bandeira espanhola - coisa que estes têm procurado evitar como podem, de forma mais frontal ou simbólica, com manifestações, concentrações, recolhas de assinaturas, moções, etc.

O caso chegou agora a Bergara (Gipuzkoa), onde, como resposta à «imposição da espanhola», no sábado passado se realizou uma homenagem à ikurriña, na qual participaram centenas de pessoas.

Para não desobedecer à ordem do Tribunal do Contencioso Administrativo, a Câmara Municipal, governada pelo Bildu e o Aralar, içou de facto a «espanhola» na varanda municipal, mas acompanhada por 54 bandeiras de diversos países. Argumentam os responsáveis que estas representam os imigrantes que vivem no município.
Os municípios guipuscoanos de Soraluze, Eskoriatza e Irura também seguiram por esta via.

Entretanto, o vice-rei espanhol na colónia já veio dizer que «não admite que se goze» com a bandeira espanhola. [Nas fotos: Bergara em cima e Eskoriatza em baixo.] / Ver: SareAntifaxista e Berria

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A Martxoak 3 entrega «Las campanadas de la conciencia» a Periko Solabarria

A Associação de Vítimas do 3 de Março (Martxoak 3) e Periko Solabarria homenagearam-se mutuamente, ontem, na Casa de Cultura Ignacio Aldecoa, em Gasteiz. Com sete cravos, ele expressou o seu respeito pelos trabalhadores mortos em 1976, e os familiares destes responderam-lhe com a entrega de «Las campanas de la conciencia»: uma escultura que premeia uma «vida de trincheira», que, segundo o seu autor, Iñigo Arregi, representa o toque de sinos que querem evitar o esquecimento.

Por seu lado, Solabarria entregou os sete cravos: cinco a familiares dos trabalhadores mortos – Pedro María Martínez de Ocio, Romualdo Barroso, Francisco Aznar, José Castillo e Bienvenido Pereda –, um aos feridos durante a greve de 1976 e outro a Amparo Lasheras, que apresentou uma edição corrigida e aumentada da obra 3 de Marzo de 1976.

Na apresentação, a que assistiram dezenas de pessoas, esteve também presente o jornalista Antonio Álvarez-Solís, que elogiou o trabalho de Lasheras. Em seu entender, o livro é uma obra de «ferida aberta» que mantém viva a recordação e a memória de pessoas que foram mortas pela Polícia Armada espanhola por defenderem os seus direitos.

A este respeito, Álvarez-Solís destacou que as pessoas que se encerraram há 37 anos na igreja de São Francisco lutavam por «6000 pesetas em nome da liberdade». Tal como recordou, não se tratou apenas de um aumento laboral, porque os mortos representavam todo um povo que clamava, e ainda clama, pelos seus direitos.

Periko Solabarria comparou a situação vivida pelas pessoas que se juntaram no bairro de Zaramaga em 1976 com a que hoje em dia enfrentam milhares de pessoas em Euskal Herria. Neste sentido, sublinhou, referindo-se às CCOO e à UGT, que o sindicalismo revolucionário imperante há três décadas desapareceu. «Agora são uma mera correia de transmissão do poder», lamentou.

Compromisso
Amparo Lasheras referiu que 3 de Marzo de 1976 é uma reedição da obra publicada há doze anos. Uma reportagem «com cor», em que conta como viveu a greve de 3 de Março e o ataque da polícia à igreja de São Francisco. «Entendi que há momentos em que as pessoas têm de se comprometer», afirmou.

Na opinião de Solabarria, que reconheceu o trabalhou da jornalista, esse compromisso é hoje necessário. Face ao aumento dos despejos, do desemprego, da pobreza e dos cortes «a desobediência e a resistência são necessárias», defendeu. / Ion SALGADO / Fonte: naiz.info

Ver também: «Os sindicatos homenageiam este domingo os mortos no 3 de Março de 1976», de Ion SALGADO (naiz.info)

Vídeo-fórum em Erromo sobre a «doutrina Parot»

«O que é a doutrina 197/2006? O que é a doutrina Parot? Porque prolongaram a pena a Kitxu em mais sete anos?». O Herrira de Itzubaltzeta/Erromo vai responder a todas estas questões na próxima quinta-feira, através de um vídeo-fórum que terá lugar na Branka kultur elkartea. O comité de defesa dos direitos dos presos fez saber que o encontro será às 20h00.

No dia 14 deste mês, o Estado espanhol aplicou a doutrina 197/2006, também conhecida como doutrina Parot, ao preso político Iñaki Gonzalo Casal, Kitxu. Desde então, sucederam-se as mobilizações na localidade biscainha de Erromo, em apoio a Kitxu e tendo em vista o 20 de Março, dia em que o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, em Estrasburgo, irá examinar o recurso interposto por Espanha no caso da presa política Inés del Río. A primeira decisão judicial decretou a libertação da presa de Tafalla (Nafarroa), porque a doutrina 197/2006 viola os direitos humanos.

Iñaki Gonzalo Casal, Kitxu, jornalista da Getxo irratia e da Egin irratia, foi preso no dia 25 de Outubro de 1994 na Praça da Ponte Bizkaia, em Areeta (Getxo). Acusado de pertencer ao comando Lanbroa, foi condenado a 30 anos de cadeia, e, apesar de ter data de saída marcada para 4 de Maio de 2013, no passado dia 14 prolongaram-lhe a pena em mais sete anos. Encontra-se actualmente no cárcere de Valhadolide. [Na foto: no dia 15 deste mês, cerca de 300 pessoas participaram numa manifestação de protesto contra o prolongamento da pena a Kitxu.] / Fonte: ukberri.net

A Justiça francesa dá ordem de prisão a Oier Ibarguren e Montxo Varea
Oier Ibarguren e Montxo Varea, detidos na quinta-feira passada em Moulins (Estado francês), receberam ordem de prisão depois de ontem à noite terem sido presentes a um juiz em Paris. O Ministério Público acusa-os de oito delitos.
Esta quinta-feira celebra-se uma sessão de Câmara em Oltza em que será abordada uma moção contra a detenção de Montxo Varea, natural da região. / Fonte: ateakireki.com

Boas-vindas a Beñat Atorrasagasti em Donibane Lohitzune
Ontem, o Tribunal de Paris decidiu que o lesakarra podia aguardar em liberdade condicional o julgamento, que tem lugar a 25 de Março. Atorrasagasti aproveitou para regressar a Euskal Herria, e à chegada à estação ferroviária de Donibane Lohitzune (Lapurdi) tinha à sua espera várias dezenas de pessoas, incluindo amigos e familiares.
Detido na Escócia em Julho de 2012, Beñat foi extraditado para o Estado francês em Janeiro. (naiz.info)

Continuam as manobras militares nas Bardenas

[Tasio]
«Vento norte e aviões que lançam bombas no céu bardenero», de Martxelo DÍAZ (Gara)
As Bardenas (Nafarroa) foram uma das poucas zonas de Euskal Herria em que ontem não se registaram precipitações sob forma de chuva, granizo ou neve. No entanto, o vento norte soprava com força enquanto aviões de combate do Exército espanhol realizavam manobras com fogo real.

Ex-membros do Kukutza apresentaram campanha «Eu também lá estive. A solidariedade não é um crime»

A plataforma Kukutzarekin Elkartasun Taldea apresentou hoje na Praça de Errekalde (Bilbo) a campanha «Ni ere egon nintzen. Elkartasuna ez da delitua», em solidariedade com todas as pessoas indiciadas que apoiaram e defenderam o Kukutza III quando do seu despejo e demolição, período em que o bairro de Errekalde viveu um autêntico «estado de excepção» disfarçado e foi alvo de uma brutal e indiscriminada intervenção policial, que provocou cerca de 100 feridos e 80 detenções, a maioria das quais, segundo afirmaram os ex-membros do Kukutxa, «arbitrárias e não justificadas».

No próximo dia 11 de Março, dois jovens irão a julgamento, acusados de provocar desordens públicas nos dias da demolição do gaztetxe. O Ministério Público pede 22 meses de prisão.
Serão ainda julgadas mais vinte pessoas, para as quais o MP pede entre 18 e 30 meses de prisão.

Kukutza: crónica de três dias de ocupação de um bairro
Ver: SareAntifaxista, BilboBranka e Berria

A Ertzaintza proíbe o protesto contra o Maccabi em Gasteiz

Este fim-de-semana, sob intensa queda de neve, um bom número de pessoas protestou em Gasteiz contra a presença na capital de Araba do Maccabi de Tel Aviv, que na quinta-feira irá enfrentar o Baskonia na Liga Europeia de basquetebol. O protesto foi o ponto de partida para uma semana repleta de actividades, convocadas pela rede solidária com a Palestina.

Os participantes na acção de protesto afirmaram que os israelitas vão até Gasteiz sob protecção diplomática e que, como tal, são representantes ao mais alto nível do Estado sionista, pelo que não podem ser recebidos como uma equipa desportiva comum. Disseram ainda que a Ertzaintza, colando-se aos protocolos de segurança impostos pelos serviços secretos israelitas, proibiu a caravana de automóveis e a concentração junto ao pavilhão de Zurbano, acções de protesto que tinham sido convocadas para a tarde de 28 de Fevereiro.

Em conferência de imprensa, denunciou-se a atitude da Polícia autonómica e do Departamento do Interior que a tutela, pois vergam-se às exigências de um Estado assassino e racista. «Com esta decisão, o PNV autoproclamou-se defensor do genocídio israelita», afirmou a rede Euskal Herria-Palestina, que convocou duas concentrações para esta quinta-feira: às 12h00, frente à Câmara de Gasteiz (com o lema «Liberdade para a Palestina! Boicote a Israel!»; e, às 19h00, frente à sede do PNV (sob o lema «Boicote a Israel e ao Maccabi! PNV colaborador sionista!»).

Acções de protesto e conferência de imprensa (eus. e cas.)
Fonte: boltxe.info e askapena.org

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Comunidade educativa e sindicatos esperam uma grande resposta contra a reforma da Educação

Com o apoio dos sindicatos ELA, LAB, STEE-EILAS e dos colectivos Sortzen-Ikasbatuaz e Ikasle Abertzaleak, a comunidade educativa fez hoje um apelo à participação nas manifestações que se vão realizar no dia 2 de Março em Bilbo, Gasteiz, Iruñea e Donostia contra o anteprojecto da Ley de Mejora de la Calidad Educativa (LOMCE).

Numa conferência de imprensa em Bilbo, Maite Quintanilla, em nome dos alunos, Aitor Sarrionandia, em nome dos pais, e Koldo Arriola, em nome dos trabalhadores, leram um texto conjunto em que afirmam não aceitar «nenhum tipo de corte» no sistema educativo, nem «nenhum dos retrocessos» contemplados no anteprojecto da LOMCE.

Reclamam «mais recursos e maior investimento» no sistema educativo e defendem que «os agentes educativos de Euskal Herria e a sociedade basca devem decidir a educação de que necessitam».

Consideram que o projecto da reforma educativa é «impositivo, centralista, uniformizador, espanholizante, regressivo, doutrinador, segregacionista e elitista» e, como tal, pedem aos governos da CAB e Nafarroa, bem como aos agentes políticos, que «não o imponham».

As manifestações são às 17h30 em Bilbo (Sagrado Coração), Donostia (Boulevard) e Iruñea (Estação de autocarros), e às 19h00 em Gasteiz (Praça Bilbao). / Ver: naiz.info / Texto: labsindikatua.org

Vem aí o Gazte Danbada!

Gazte Danbada é o festival em que se irá celebrar o nascimento da organização juvenil resultante do processo de debate e reflexão Zukgua. Nos dias 29, 30 e 31 de Março e 1 de Abril, os jovens bascos vão-se juntar para se divertirem, aprenderem, debaterem e partilharem projectos comuns. Entre outras actividades, haverá workshops, debates, colóquios, teatro, animação de rua e concertos.

Desde que, em Setembro, se iniciou o processo de constituição Zukgua, centenas de jovens envolveram-se num processo de debate e reflexão que tem como objectivo a definição da estratégia juvenil que há-de conduzir o País Basco à independência e ao socialismo, e à criação da organização que há-de pôr em prática essa estratégia.

No dia 2 de Março terá lugar o congresso que marcará o nascimento da nova organização juvenil; no final do mês, o Gazte Danbada dar-lhe-á as boas-vindas. / Fonte: gaztedanbada.net

Programa / Egitaraua: debates / workshops / espectáculos / concertos

Iheskide - «Gazte Danbada»
O tema da Gazte Danbada é dos Iheskide (banda de Elorrixo), e conta com a colaboração de Nerea Sánchez.

Beñat Atorrasagasti em liberdade até ao julgamento, dia 25 de Março

O preso político basco Beñat Atorrasagasti (Lesaka, Nafarroa) vai ficar a aguardar em liberdade condicional o julgamento, que terá lugar no dia 25 de Março, e não lhe foi imposta qualquer medida de coacção, decretou hoje um tribunal de Paris.
Atorrasagasti foi detido em Edimburgo no dia 13 de Julho do ano passado e extraditado para o Estado francês a 30 de Janeiro último. / Fonte: naiz.info e ateakireki.com

Continuam incomunicáveis os jovens bascos detidos em França, e prosseguem as mobilizações de apoio
Este fim-de-semana houve mobilizações em Arazuri e em Ororbia, frente à Câmara Municipal de Oltza (Nafarroa), em solidariedade com os detidos e seus familiares, especialmente com Montxo Varea, natural da região. (ateakireki.com)
De acordo com o Gara, Montxo Varea e Oier Ibarguren deviam ainda hoje ser presentes a um juiz; o Ministério Público acusa-os de «pertença», «posse e transporte de arma», «matrícula falsa» e «documentação falsa». O Gara não informa se a Justiça francesa é versada na leitura de 'Aiete'.

Homenagem aos milicianos e gudaris da batalha de Areces nas margens do Nalón

Dezenas de pessoas da plataforma Lau Haizetara Gogoan, da Fundação Eusko Lurra, da CNT e da Sare Antifaxista viajaram até à localidade asturiana de La Llera para evocar a luta do «Padrón de los Vascos».

Teve lugar este sábado na localidade asturiana de La Llera, junto às margens do rio Nalón, uma cerimónia de homenagem aos gudaris e milicianos bascos que lutaram na batalha de Areces.
No dia 23, cumpria-se o 76.º aniversário da batalha, a mais sangrenta para a Brigada Basca, que ali perdeu 250 combatentes: 120 da EAE-ANV, quase 40 anarquistas, 30 comunistas e muitos do PNV e da UGT, que por diversas vezes atravessaram o Nalón.

Este local fica perto da zona conhecida como «Pradón de los Vascos», que nos últimos tempos voltou a ganhar protagonismo: prevê-se que em breve tenham início os trabalhos com vista à recuperação dos corpos das dezenas de gudaris e milicianos que ali estão enterrados.

Representantes da plataforma Lau Haizetara Gogoan, da Fundação Eusko Lurra, da CNT e da Sare Antifaxista realizaram a homenagem na ponte do Nalón. Segundo foi revelado ao Gara pela Fundação Eusko Lurra, evocaram «o compromisso e sacrifício» tanto dos gudaris da EAE-ANV como dos milicianos da CNT a favor da «liberdade de Euskal Herria e dos trabalhadores».

As pessoas reunidas na ponte lançaram ao rio dezenas de flores. Ali, foram mortos vinte gudaris activistas num primeiro momento da ofensiva contra Areces.
Mais para a frente, os organizadores querem realizar um acto mais participado no mesmo local, para «recuperar a memória sociopolítica» dos que morreram «pela liberdade de Euskal Herria e pela liberdade social que representava a República». / Fonte: Gara

Ver também: «Os bascos honram os seus gudaris» (SareAntifaxista)

Documentário: «Ojos que no ven. Víctimas del fascismo desde la transición»


O fio condutor do documentário é constituído pelas entrevistas a diversas vítimas - directas ou não - da violência da extrema-direita espanhola desde 1975 até à actualidade.

No fim-de-semana, veio a público a notícia de acordo com a qual Emilio Hellín Moro, condenado a 43 anos de prisão pelo assassinato da jovem militante bilbaína do Partido Socialista dos Trabalhadores (PST) Yolanda González, numa acção reivindicada pelo grupo de extrema-direita Batallón Vasco Español, em 1980, nem sequer cumpriu 14 anos da pena e que, com o nome próprio modificado, era actualmente um destacado colaborador, a soldo do Ministério espanhol do Interior, da Guarda Civil e de outras forças policiais, incluindo a Ertzaintza. (VER: naiz.info e BilboBranka)
Hoje, o secretário de Estado da Segurança, Francisco Martínez, veio dizer que o assassino de Yolanda González não trabalha para a Polícia ou para a Guarda Civil, mas que é professor na empresa de formação em técnicas forenses New Technology Forensics, que foi contratada pelas direcções-gerais da Polícia e da Guarda Civil em 2006, 2008, 2009, 2010 e 2011 para dar uma série de cursos especializados. (VER: naiz.info e Berria)

domingo, 24 de fevereiro de 2013

As comarcas de Tutera, Sakana, Aiaraldea e Enkarterri em luta contra o desemprego

Tutera, Sakana e Enkarterri são, por esta ordem, as três comarcas com mais elevado índice de desemprego actualmente em Euskal Herria. A preocupação dos seus habitantes aumenta e reflexo disso são as múltiplas iniciativas que diversos sectores estão a levar a cabo para exigir a permanência das empresas nas comarcas e a implementação de políticas de emprego que travem os processos de desindustrialização.

Manifestação em Tutera (Nafarroa)
Ontem, Tutera foi palco de uma manifestação convocada pelo sindicato LAB na qual cerca de 150 pessoas desafiaram o frio para exigir uma mudança social numa comarca em que, desde Janeiro, há mais de 10 000 desempregados.

Depois de percorrerem as ruas do centro da cidade navarra sem pararem de gritar contra o desemprego, os cortes, os despejos, os bancos e os responsáveis políticos pela actual situação, os manifestantes juntaram-se na Praça de São Jaime, onde Ramón Lacalzada, em representação do LAB, disse que aquilo que hoje está em causa «é a mudança que queremos. A do capital, assente na subordinação e que nos leva à miséria e à liquidação dos nossos direitos, ou a mudança que o povo quer e de que precisa, assente na capacidade de decisão e que nos conduzirá até à liberdade e à igualdade».

Greve em Sakana (Nafarroa)
Outra das comarcas navarras mais fustigadas pelo desemprego, Sakana, viverá na próxima quinta-feira, 28, uma jornada de greve geral convocada perante a situação de «emergência» que vive este eskualde, particularmente castigado por uma crise económica que levou ao encerramento de dezenas de empresas e triplicou o número de pessoas no desemprego em relação a 2008.

A greve, promovida pelas centrais sindicais LAB, EHNE, ESK e STEE-EILAS, terá como lema «Sakana não fecha! A UPN rouba-nos o futuro!», e recebeu já o apoio de dezenas de colectivos sociais e culturais, das forças políticas Ezker Abertzalea, Geroa Bai, Bildu, Aralar, PSN de Altsasu e IU, de instituições como Sakanako Mankomunitatea e Sakanako Garapen Agentzia, e dos municípios de Uharte Arakil, Lakuntza, Arbizu, Etxarri Aranatz, Bakaiku, Iturmendi, Altsasu e Olazti.

Manifestação em Aiaraldea (Araba)
Os números preocupantes do desemprego abrangem também as comarcas alavesas da Lautada e de Aiaraldea, onde esta sexta-feira se realizou uma manifestação convocada pela Aiaraldeko Plataforma – composta por sindicatos, colectivos sociais e comerciantes, entre outros - e que contou com o apoio de uma vintena de comités das principais empresas da comarca.

De acordo com os dados facultados pela plataforma, o desemprego fustigou os três principais centros urbanos de Aiaraldea. Em Janeiro, Laudio atingiu a taxa de 20,2%, crescendo de forma exponencial nos últimos trimestres. Em Amurrio, passou de 12,3% em 2010 para 17% em Janeiro último e em Urduña, de 12,3% para 16,9%.

Marcha em Enkarterri (Bizkaia)
Centenas de pessoas manifestaram-se ontem à tarde, sob um intenso nevão, entre a Câmara Municipal de Zalla e a localidade de Gueñes para protestar contra a situação que se vive na empresa Virtisú, sem actividade desde Dezembro e cujos trabalhadores têm já seis meses de salários em atraso.

A marcha foi convocada pela comissão de trabalhadores e recebeu o apoio de municípios, empresas, partidos e habitantes da comarca de Enkarterri, uma das que mais estão sofrer com a crise económica. A direcção, afirmam os representantes sindicais, «está desaparecida», não tendo aparecido nas duas reuniões que ela mesma convocara. Os sindicatos afirmam que em todos os exercícios cujas contas foram auditadas, até 2011, a empresa obteve resultados positivos e que só para 2012 havia previsões de um agravamento da situação. / Joseba SALBADOR / Ver: Gara

Milhares de pessoas unidas pela música e pela reivindicação da amnistia em Durango

Realizou-se ontem em Durango (Bizkaia) mais uma edição do Kalera Rock, e, mais uma vez, pode-se falar de um êxito absoluto. Milhares de pessoas encheram o recinto durangotarra de Landako para assistir a concertos de diferentes estilos musicais de algumas das melhores bandas de Euskal Herria (e uma da Catalunha) e para apoiar a reivindicação da amnistia para os presos políticos bascos.

Apesar de o PP ter tentado que a Audiência Nacional espanhola proibisse o evento com a habitual desculpa do... «enaltecimento», o festival acabou por se realizar. No final, os inquisidores de turno devem ter ficado com um grande melão ao ver como aquele mar de gente desafiava o frio e outras inclemências do tempo para estar em Durango.

Um êxito total, com a reivindicação da amnistia presente. E a recordação das pessoas que ainda faltam em Euskal Herria; de todas e de todos os que sofrem o cativeiro por terem lutado por uma Euskal Herria soberana e socialista. / Fonte: boltxe.info [com várias fotos]

Exaixu - «Borrokalari kalera»  Para a 2.ª edição do Kalera Rock, os Exaixu apresentaram uma nova versão da canção popular «Borrokalari kalera». / Mais informação em kalerarock.org

Começou esta semana em Westminster o julgamento de extradição de Iñaki Lerin
Começou na quarta-feira na Corte de Magistrados de Westminster, em Londres, o julgamento relativo à extradição do preso político basco Iñaki Lerin (Iruñea), que foi detido em Londres no dia 29 de Junho do ano passado. Lerin encontrava-se foragido desde 2007, e o Estado espanhol quer julgá-lo por alegada pertença à ETA. Na primeira sessão do julgamento, os representantes da acusação e da defesa deviam expor os seus argumentos. Após a conclusão do julgamento, a sentença será definitiva.
Na quarta-feira, meia centena de pessoas concentrou-se em Berriozar (Nafarroa) contra a extradição de Lerin. / Fonte: Gara e Gara

Nahikari Otaegi e Mikel Arretxe: «O Estado queria meter medo à juventude comprometida»

[Nahikari Otaegi e Mikel Arretxe, porta-vozes dos quinze donostiarras à espera de sentença, entrevistados por Imanol Intziarte] Nahikari Otaegi e Mikel Arretxe falam em representação dos quinze donostiarras que nas próximas semanas ficarão a saber se se confirma a pena de seis anos de prisão a que foram condenados pela Audiência Nacional espanhola por fazerem parte da Segi. O seu pesadelo começou com uma operação em finais de 2007 e a sua situação actual enquadra-se num contexto de processos judiciais contra numerosos jovens independentistas. (Gara)

«Una nueva organización para un nuevo tiempo», de Iker CASANOVA ALONSO (Gara)
El proceso político que Sortu va a impulsar es el proceso hacia la independencia y el socialismo. No partimos de cero, la izquierda abertzale cuenta con el bagaje colectivo de cinco décadas de lucha. Nosotras y nosotros podemos mirar lejos porque, como dijo Newton, nos alzamos sobre hombros de gigantes.

«El asesino de Yolanda Gonzalez, joven vasca, en 1980, hoy asesora a la Guardia Civil» (boltxe.info)
Emilio Hellín Moro, condenado a 43 años de cárcel por el asesinato en Madrid de Yolanda González Martín, una joven militante del Partido Socialista de los Trabajadores [...]. El nuevo Luis Enrique Hellín Moro es ahora uno de los principales asesores del Servicio de Criminalística de la Guardia Civil, participa en investigaciones judicializadas sobre terrorismo y delincuencia, imparte cursos de formación a agentes de este cuerpo, de la Policía Nacional, el Ministerio de Defensa, Ertzaintza y Mossos d’Esquadra [Ver também: Gara]

sábado, 23 de fevereiro de 2013

O Sortu aposta num Bloco Nacional Popular a favor da independência

O I Congresso do Sortu aprovou uma resolução sobre a situação internacional e outra referente a Euskal Herria na qual traça com clareza a sua linha de acção. Aposta nas alianças políticas e na formação de «um Bloco Nacional Popular a favor da independência com sectores e agentes de diverso tipo». Às alianças criadas nos últimos anos, somar-se-ão «outros acordos tácticos que possam estabelecer-se em torno do direito a decidir».

«O Sortu nasceu para fazer e levar a fazer. O Sortu também nasceu para criar. As melhores condições políticas e sociais também se podem deitar a perder se não houver organização e luta popular. Queremos fazer a revolução», lê-se na resolução aprovada, em que se acrescenta que esta revolução diz respeito tanto ao âmbito nacional como ao social.

«A todos aqueles que com partidarismos e exigindo contas aos demais querem deter em dinâmicas fúteis a oportunidade histórica que temos entre mãos, queremos dizer-lhes que seguimos em frente. E para tal devemos construir um cenário de mínimos sem violência, desactivando as medidas de excepção e as agressões de todo o tipo», acrescenta a resolução, aprovada sem um único voto contra.

Hasier Arraiz confirmado como presidente
Hasier Arraiz foi confirmado como primeiro presidente do Sortu no I Congresso do partido. O cargo de secretário-geral não foi ocupado, uma vez que a militância decidiu reservá-lo para Arnaldo Otegi, actualmente na prisão. Arraiz, nasceu em Gasteiz em 1973, estudou Filologia Românica, foi «insubmisso», membro da Jarrai, do Herri Batasuna, esteve dois anos e meio na prisão e agora assume esta responsabilidade. É também deputado do EH Bildu no Parlamento de Gasteiz.

Arraiz encerrou o Congresso do Sortu com o seu primeiro discurso como presidente, que começou com uma saudação muito afectuosa aos familiares dos presos, pedindo-lhes que a levem até ao interior das prisões. Falou de um futuro repleto de desafios para o Sortu, mas com uma missão principal: construir o «poder popular» que conduza Euskal Herria até à soberania.

Acompanhado pelos restantes membros da primeira Direcção do Sortu, Arraiz recorreu à metáfora de uma piscina – ou melhor, de duas – para afirmar que nos últimos 30 anos o sistema autonómico construiu dois espaços que foi adornando continuamente para os cidadãos bascos, sem reparar que «nós temos os olhos postos no mar aberto. Precisamos de um mar de soberania para Euskal Herria, e dar voltas em redor da piscina do quadro autonómico esgotado não faz qualquer sentido, é perder tempo. Essa é a verdadeira pugna que existe hoje em dia no mundo nacionalista».

Um Conselho Nacional formado por 22 membros
Quanto aos restantes cargos do Sortu, Idoia Aiastui será responsável de Organização; Juan Joxe Petrikorena, de Comunicação; Marisa Alejandro, de Finanças; Maite Ubiria, de Relações Internacionais; Marije Fullaondo, de Luta de Massas; Iosu Lizarralde, de Luta Ideológica; Joseba Permach, de Luta Institucional; Rufi Etxeberria, de Resolução do Conflito. São acompanhados por três porta-vozes: Amaia Izko, Pernando Barrena e Xabi Larralde.

Os responsáveis por zonas serão Juan Kruz Aldasoro (Nafarroa), Joxean Agirre (Gipuzkoa), Txus Martínez (Araba), Maribi Ugarteburu (Bizkaia) e Jean-François Lefort (Ipar Euskal Herria). Completam o Conselho Nacional Miriam Campos, Iker Lizarralde, Oihane Zabala, Unai Berrostegieta e Bixente Goikoetxea, Willy. / Ramón SOLA / Fonte: naiz.info / VER: Berria e Gara

Resolução do Congresso do Sortu (eus / cas)

Vídeo: Primeiro Congresso do Sortu, em Iruñea (naiz.info)

Fotos: Primeiro Congresso do Sortu (Berria / naiz.info)

Fotos: Acto político no Pavilhão Anaitasuna, em Iruñea (naiz.info)

Centenas de pessoas em Otxandio no «ongi etorri» a Iñaki Pujana

Depois de à sua chegada da prisão de Alicante (Países Catalães), pelas 8h30, ter sido recebido por meia centena de conterrâneos, ao fim da tarde cerca de 300 pessoas juntaram-se para o acompanhar num acto que começou em sua casa, de onde retirou um cartaz em que se denunciava o seu «sequestro» desde que em 2006 lhe foi aplicada a chamada «doutrina Parot». Depois, deslocou-se até à sociedade recreativa e ao gaztetxe, onde retirou a sua foto [da parede]. Não faltaram o cava, o aurresku e as flores. (Gara)

Última sexta-feira do mês
Como ontem era última sexta-feira do mês, ao fim da tarde houve inúmeras concentrações em defesa dos direitos dos presos um pouco por todo o território basco; nelas, reivindicou-se especialmente o fim da «pena perpétua» e da aplicação da doutrina 197/2006 do Supremo espanhol, conhecida como «doutrina Parot» [ler aqui o texto do Herrira: eus / cas]. (herrira.org)

Em Gasteiz, realizou-se uma concentração ao fim da manhã frente à Câmara Municipal, onde estava a ser debatida e votada uma moção contra a doutrina Parot. Para desgosto do presidente da edilidade, a moção viria a ser aprovada, e Ane Zelaia, membro do Herrira presente na concentração, sublinhou o carácter positivo da decisão. «Pensamos que é preciso dar passos no sentido de denunciar a violação dos direitos. A nós cabe-nos a activação popular; para tal, vamos realizar diversas mobilizações até 20 de Março», afirmou. (Gara)

Ainda no âmbito das mobilizações da última sexta-feira do mês, ao meio-dia o Herrira realizou uma concentração frente ao Tribunal de Iruñea contra a doutrina 197/2006 e para exigir a libertação da presa Inés del Río. Tal como em Gasteiz, anunciaram-se novas iniciativas e fez-se um apelo à mobilização. (ateakireki.com)

Foi libertado o preso político basco Asier Tapia
Asier Tapia, donostiarra do bairro de Amara detido pela Polícia francesa em Outubro de 2007 quando seguia de automóvel entre Biriatu e Hendaia (Lapurdi), foi hoje libertado, segundo divulgou o Hirutxuloko Hitza. Foi imputado no âmbito do caso «Jarrai-Haika-Segi» pelo juiz-mago Baltasar, da AN espanhola. Asier encontrava-se agora no cárcere andaluz de Huelva. / Fonte: naiz.info

Timoleón Jiménez: «Salvemos la paz, Santos»

[Carta aberta do comandante das FARC-EP, Timoleón Jiménez, ao presidente Santos] Si bien es cierto que en la Mesa se han adelantado importantes avances de acuerdos, las actitudes oficiales que con los pretextos mencionados se repiten, amenazan con hundirlo en un pantano. Saquémoslo de ahí, ya, Santos. La tan estrecha y calculada concepción del proceso apunta a ahogarlo. Salvémoslo. (boltxe.info)

«Como se gera e quem beneficia da privatização da saúde?», de Ángeles MAESTRO (resistir.info)
O roubo da saúde por empresas privadas, com a necessária conivência dos governos, não é apenas um saque dos recursos públicos, é, além do mais, um crime. / O negócio da saúde, impossível quando se presta uma cuidado universal e de qualidade, só se consegue atentando contra a vida e a segurança dos pacientes, além dos aumentos dos custos.

«Aliança Popular - O povo no poder. O Socialismo é necessário e actual»Aleka PAPARIGA (ODiario.info)
No passado dia 22 de Fevereiro os trabalhadores gregos, convocados pelo PAME, realizaram uma significativa Greve Geral - a 24.ª - e realizaram manifestações e concentrações de massas em 70 cidades da Grécia. O KKE, que deu início à fase final da preparação do seu 19.º Congresso, desempenha um papel determinante na combativa, prolongada e difícil resistência dos trabalhadores e do povo grego. É oportuna, portanto, a publicação desta entrevista de Aleka Papariga sobre as Teses agora postas à discussão

«Comunismo: um gigantesco processo de emancipação ainda longe de concluído», de Domenico LOSURDO (ODiario.info)
Aproxima-se o centenário da grande revolução de Outubro. Como acontece muitas vezes com revoluções, aquela principiada há aproximadamente um século seguiu um percurso completamente imprevisto. Estamos em todo caso na presença de um gigantesco processo de emancipação que modificou a face da Terra e que está bem longe de ter chegado à sua conclusão.