sexta-feira, 23 de dezembro de 2005
Amaia Urizar relata como foi torturada
O caso que se segue é muito chocante e deve ser lido por todos. Para que nos envergonhemos da escória humana capaz de tais actos e para que a indignação sirva de motor para a acção solidária para com os povos em luta. O silêncio perante tais factos é traição e cumplicidade.
Amaia Urizar foi presa em Outubro de 2004. Aqui fica o relato do tratamento que recebeu. As semelhanças entre estes acontecimentos e as atrocidades nazis não são ficticias, são reais.
"No carro ia no meio de dois homens, levava a cabeça agachada. Logo que entrei, o que ia à minha direita começou a falar: Caíste, Amayita, e isto tens que assimilar; a nós tanto nos faz porque sabemos tudo, mas tem claro que tens de nos contar tu, e tens duas formas de o fazer, a boa e a má."
"Logo que se abriu a porta da cela, ouvi a voz do guarda civil, que tinha ido no carro até Madrid, dizendo a outro, a que chamou Garmendia, que fizesse o que tinha de fazer. Atirou-se sobre mim, levou-me para a cama e agarrou-me fortemente nos braços. Comecei a gritar que me deixasse, e eles gritavam-me "cala-te, puta". Então vi-os. Estavam encapuçados e o que tinha ido no carro tinha as calças e os boxers despidos, e vinha na minha direcção enquanto me dizia entre risos "nós vamos foder a noiva do chefe". Atirou-se sobre mim enquanto esfregava o seu corpo contra o meu (...) Gritava-me "que te diz o teu companheiro enquanto te fode, Gora ETA? Decerto que te estás a pôr docinha, puta, vamos-te foder todos e vai-te dar asco porque vamos passar muito bem contigo!". Os que estavam à porta estavam a pedir o seu turno e entre risos diziam-me "até a rapariga que aqui está connosco te vai foder".
"Gritavam-me e insultavam-me "puta, vaca, mentirosa", e colovacam-me um saco na cabeça enquanto mo apertavam por trás. Ao principio sentia calor, tinha a cara empapada em suor, tentava mover-me quando a bolsa me tapava a boca, não podia respirar e começava ter náuseas: conseguia romper o saco com os dentes, e naqueles momentos, quando começava a respirar de novo, golpeavam-me nos ouvidos com estaladas."
"Estava cansada, assustada, temendo o que me iriam fazer, tinha vontade de vomitar, assim que uma das vezes abriram a janela da porta aproveitei para lhes pedir que me deixassem ir à casa de banho. Então um deles respondeu-me: "Se vomitas, fodes-te, e o que sair comes".
"As paredes da cela eram irregulares e não sei qual seria a razão, mas via nela, e moviam-se. Tinha medo de sair dali louca, a cela tornava-se grande e pequena, a porta aproximava-se e afastava-se, o solo também se movia".
"Levaram-me de novo à habitação inicial. Ao entrar ali ouvi o ruido de água, era como se estivessem a encher algo, e eles riam-se enquanto me sussurravam ao ouvido "Amaia, Amayita". Não sei se foi o terror mas nesse momento urinei-me. Alguns começaram a rir-se de mim, outros fartaram-se e disseram-me que tinha de limpar toda a habitação com a lingua. Parou o jorro de água, obrigaram-me a dar uns passos em frente e a pôr-me de joelhos. Tiraram-me o capuz. (...)Diante de mim estava a banheira...Fiquei muito nervosa e tentava andar para trás, mas não havia escapatória, estava rodeada. Já sabia o que me iam fazer (...) Então, entre dois homens, um agarrando-me o corpo e o outro enfiando-me a cabeça na banheira bruscamente, de forma que o meu peito ia contra a banheira; sentia que me afogava, tentava recuar com as pernas, para os lados, mas não podia; movia a cabeça com todas as minhas forças para a tirar da água mas era impossivel enquanto eles não quisessem. Engoli demasiada água, tanto pela boca como pelo nariz, tinha a cabeça cheia de tonturas, estava sem forças mas a eles tanto lhes fazia e continuavam gritando e dizendo nomes e mais nomes, que assumisse, que o assumira. O choro não me deixava decidir nada. Já não esperavam nenhuma resposta já que não davam a opção de responder, só davam tempo que respirasse um momento. Não podia mais, naqueles momentos pensava que não ia sair viva dali, que não podia fazer nada, e deixei o meu corpo como se tratasse de uma marioneta. Não fazia força, só queria que aquilo acabasse; se o objectivo era matarem-me, que o fizessem o quanto antes."
(...)
"Estiveram a mostrar-me fotografias e mais fotografias até que se cansaram, e então o que fazia papel de chefe começou a gritar-me "puta, vaca, se não aprendeste nada nestes dias, vais aprender!". Disse-me que naquele momento tanto lhe fazia dar-me dois tiros, e pôs-me de novo o capuz (...) Disse-me que o jogo tinha acabado. Levantou-me um pouco o capuz e mostrou-me uma pistola que era de metal. Eu tentei revolver-me, estava aterrorizada pensando que me iam dar dois tiros... Entre risos perguntaram-me se a queria ter na mão, a ver se tinha "colhões" como o meu irmão e o meu companheiro para lhes disparar; eu dizia-lhes que não, entre soluços, e eles entre risos dizia-me coisas do estilo de "puta traidora". Então senti o metal entre as minhas pernas e um guarda civil sussurrou-me que não me mexesse. Eu chorava e comecei a gritar como uma louca, enquanto fazia forças para juntar as minhas pernas, mas não podia porque tinha os tornozelos atados aos pés da cadeira... Pôs-me a pistola entre as pernas e com a mão apalpou-me as cuecas; eu gritava-lhe que me deixasse em paz, mas ele começou-me a bater-me nos ouvidos com estalos e gritava-me que estivesse quieta ou que se ia escapar um tiro porque a pistola estava carregada. Ouvia as gargalhadas dos restantes dizendo coisas do estilo "vaca, puta, vais gostar..". Introduziu-me o canhão da pistola na vagina enquanto me gritava ao ouvido uma e outra vez "que te digo quando te foder, gora ETA?" Não podia parar de chorar e já não tinha forças para gritar. Começou-me a introduzir e a tirar a pistola de forma mais violenta, o que me provocava dor, enquanto que o que me sussurrava "sim, tu gostas, puta", "não vais ter um filho porque te vou dar dois tiros"...O seu odor metia-se dentro de mim, enojava-me, não sei se alguma vez me sairá este cheiro da cabeça...Estavam-se todos a rir (...) metia-me e tirava o canhão da pistola na vagina e sovava-me o peito de forma brusca, apertando-me o peito com as mãos. Notava dentro de mim o frio do metal, eles repetiam que a pistola estava carregada e que se disparassem a culpa seria minha...Não sei quanto tempo se prolongou a violação mas fiquei muda, estava como perdida; naquela habitação estavam a violar o meu corpo, mas por momentos consegui fugir dali em pensamentos, entre soluços, mas consegui fugir dali; dava-me conta da minha gente, estava com eles e elas, estava protegida... De repente sacou o canhão bruscamente de dentro de mim, enquanto lhes dizia (...) "temos de repetir, que ela gostou"... Voltei à realidade, encontrava-me dorida... De novo mostraram-me as fotografias, de uma em uma, e diziam-me a respeito de cada pessoa o que lhes tinha dito (de que local eram...) mais o que eles lhes queriam imputar; diziam-me que tinha de aprender tudo de memória para repetir quando tivesse de declarar... Repetiram-no muitas vezes e eu tinha que o repetir tudo uma e outra vez e se confundia começavam a bater-me e dar-me estaladas, e a ameaçar-me dizendo que me iam violar de novo".
"Não podia conciliar o tudo, estava aterrorizada e nervosa (...) Sentia-me suja, dava-me nojo o mero acto de o pensar, não sabia a razão pela qual me tinham violado e não podia deixar de chorar (...) Logo que entrei no banho tirei as cuecas para comprovar se me tinham causado algum ferimento ou algo do género porque me doía muito, mas estava "bem".
"Disseram-me que perante o juiz tinha de ratificar as declarações, que se não nem sabia o que me esperava e que não dissesse nada sobre as torturas se não queria voltar ali... Então foram-se. Depois meteram-me numa carrinha tirando-me o capuz, levavam-me à Audiência Nacional. Comecei a chorar. Por fim estava fora daquele inferno".
terça-feira, 20 de dezembro de 2005
Operação Ogro, 32 anos depois
Luís Carrero Blanco, Primeiro-Ministro, um dos pilares do sistema repressivo, dirigia-se, como habitualmente, à Igreja de São Francisco de Borga. Não sabia ele que se instalara, desde há meses, um comando da ETA na capital espanhola. Os combatentes bascos alugaram um andar na rua que dava acesso à Igreja e, durante semanas, abriram um túnel que findava por baixo da estrada.
Momentos antes um electricista parecia arranjar o sistema eléctrico num dos edificios junto à Igreja. O electricista não era mais que um dos mais emblemáticos dirigentes da ETA, Argala, que fazia as últimas ligações entre os sistemas explosivos.
Carrero Blanco e um guarda-costas eram conduzidos pelo seu motorista rumo à Igreja quando um militante da ETA, num café, fez explodir o subsolo, através de um sistema de controlo remoto. A potência da bomba era tal que o automóvel do Primeiro-Ministro saltou pelos ares e foi parar às traseiras da outra rua. Era o começo do fim do franquismo.
sábado, 17 de dezembro de 2005
Não à tortura! Não ao terrorismo de Estado
É hora não só de denunciar todos estes casos, que deveriam envergonhar qualquer Estado, como também de homenagear todos aqueles que arriscam a vida lutando pelo seu povo. Há que desmascarar a imagem de normalidade que o Estado espanhol tenta emitir. Há que denunciar a existência, por parte deste Estado, de assassínios, tortura e prisões por motivações políticas. Há que denunciar que, neste suposto Estado de direito, as forças policiais, o poder judicial, o poder político e os grandes órgãos de comunicação social se interligam mutuamente e são cúmplices do silêncio que esconde todos estes crimes.
Não à tortura! Não ao terrorismo de Estado!
Viva o País Basco livre e socialista!
«Não nos tirarão nem proibirão a memória de Mikel»
«Não nos tirarão Mikel Zabaltza e muito menos poderão arrebatar a sua memória nem nos proibirão de o recordarmos. Somos suas testemunhas e dizemos não à tortura, à mentira e ao medo», manifestou o escritor Koldo Izagirre na homenagem que os vizinhos de Altza fizeram ao jovem de Orbaitzeta.
DONOSTIA
Através de recortes de jornais da época e dos comentários de uma voz off, emitidos por um video, os vizinhos de Altza recordaram a detenção de Mikel Zabaltza pelas mãos da Guardia Civil; a notícia do seu desaparecimento e a incerteza que causou; os testemunhos de tortura das pessoas que foram detidas com Zabaltza, entre elas, a sua namorada; os dias de intensos e infrutuosas buscas nas águas do Rio Bidasoa; o choque e indignação perante a descoberta do seu corpo quase três semanas depois da sua prisão; e a resposta nas ruas do País Basco.
No ecrã colocado em Altza ficou congelada a imagem de Zabaltza. À sua frente bailaram um "aurresku" [dança tradicional basca] e realizaram, entre fortes aplausos, uma oferenda floral.
O escritor Joan Mari Irigoien dedicou-lhe um poema em euskera. Também o escritor Koldo Izagirre deixou claro que "não nos tirarão Mikel e muito menos poderão arrebatar a sua memória nem poderão proibir-nos de o recordarmos. Somos suas testemunhas. Dizemos não à tortura, à mentira e ao medo».
«A tortura é o bombardeamento de Gernika exercido num corpo nu; é o genocidio sobre um corpo individual», manifestou Izagirre. «O teu, Mikel, é um corpo bombardeado, torturado em vida e em morte. Já sabemos donde, como e em que mãos morreste», acrescentou. Destacou que "não necessitamos de uma escultura oficial para manter viva a tua memória e ninguém poderá levar essa grande mentira ao esquecimento».
Outra voz denunciou que desde 1985 «houve 3.500 denúncias de tortura e, no ano que decorre, 51. Destacou «a implucação da Audiência Nacional, dos juizes, médicos forenses e o silêncio cúmplice dos políticos e meios de comunicação social».
Antes de se finalizar a homenagem, apelaram à participação de hoje em Donostia, às 17.00, à que se junta a ANV.
em Gara.net
sábado, 10 de dezembro de 2005
Inaxio e Imanol torturados: Estado espanhol terrorista!
No sábado tinham ido à manifestação convocada por organismos sociais e vários sindicatos a favor dos direitos civis e políticos. A mobilização nem chegou a iniciar-se. A Delegação do Governo tinha-a proibido.
O assunto ficou por ali e ambos os jovens foram jantar em casa de uns amigos. Por casualidade nesse mesmo sábado fecharam a casa juvenil okupada de Errotxapea e, pela noite, realizou-se uma manifestação de protesto na Parte Velha de Iruñea. Enquanto jantavam escutaram uma carga policial.
Ao sair de casa, Olabezela encontrou dois agentes da Polícia espanhola junto ao portão. "Vai-te embora para ali", disseram-lhe, e explica que assim o fez. "Meti-me num bar e, de imediato, entraram vários polícias. Estava perto da porta. Começaram a golpear-me, agarraram-me e levaram-me para o fundo ao pontapé. Meteram-me as algemas. Já na carrinha, obrigaram-me a pôr-me de joelhos num canto. Recebi golpes e insultos como "filho da puta, etarra", relatou ao Gara Olabezela.
Uma vez na esquadra, contou que teve de estar durante duas horas a olhar para a parede com as algemas postas. "Disseram-me que não voltasse a cabeça, e cada vez que desviava o olhar davam-me golpes na cabeça, costas e pescoço", denunciou ao mesmo tempo que mostrava os hematomas ainda visiveis.
"Um dos polícias disse-me literalmente "vamos-te torturar porque aqui tortura-se", destacou o jovem zarauztarra.
[...]
A prisão de Uria produziu-se quando foi à esquadra saber do seu amigo e viu como o prendiam. Sublinha que entrou sem um arranhão e saiu com dez pontos na fronte. "Pediram-me o BI, mostrei-o e comunicaram-me que estava detido, sem saber porquê. Não queriam que lhes visse a cara. Deram-me golpes por todos os lados. Estando encolhido, deram-me um forte golpe que me estampou contra a parede. Comecei a sangrar bastante. Apesar do meu estado, na carrinha não pararam de me pontapear e insultar. "Tu mereces dois tiros na cabeça, como fazem vocês", diziam-me", relatou Uria a este diário.
Já no hospital, a enfermeira quis saber como tinha acontecido semelhante ferida, e ao explicar-se um dos agentes "disse-lhe que não fizesse caso porque "é um terrorista". No centro sanitário inteirou-se de alguns dos crimes que se lhe acusa, entre eles, "desacato", "agressões" e "insultos".
Gara.net
sexta-feira, 9 de dezembro de 2005
População basca deseja a paz
O Gabinete de Prospecção Sociológica da Presidência do Governo basco fez uma sondagem para recolher opiniões dos cidadãos sobre o processo de paz no País Basco.
Esta sondagem demonstra que os cidadãos bascos estão realmente esperançados num processo que traga a paz ao seu povo. 52% considera que a ETA declarará uma trégua nos próximos meses enquanto 25% não acredita em tal e 23% não responde. 79% tem a esperança de que a paz se consolide em poucos anos um número acima dos 61% do mês de Outubro.
Em relação à redução da actividade armada da ETA, 23% considera que se deve a um gesto da organização para propiciar soluções, 17% atribui tal facto à debilidade da organização e 23% aponta as duas razões anteriores. Tal demonstra que 46% dos cidadãos bascos compreende um trabalho para a paz por parte da ETA. 22% dos cidadãos considera que ninguém (instituições ou partidos) estáa fazer esforços para conquistar a paz.
13% assinala que o Governo basco e o seu presidente, Ibarretxe, trabalham pela paz e 9% considera que é o Governo espanhol que o faz. 11% crê que é a população que o está a fazer e 4% dão a principal responsabilidade do trabalho pela paz à esquerda independentista. De destacar o facto da luta da população pela paz ser grandemente feito também pela esquerda independentista. Por outro lado, 1% da população considera que é a ETA que trabalha pela paz e a mesma percentagem considera que é o PP que o faz. No entanto, não se pode desligar a população da esquerda independentista, nem excluir a ETA como organização dessa área política.
terça-feira, 6 de dezembro de 2005
ETA marca dia da Constituição espanhola
No dia da Constituição espanhola, que proclama o Estado uno e indivisivel, a ETA recordou que o País Basco não é espanhol e que não está inactiva como muitos querem fazer crer. As estações de correios espanholas em Altasu e Zumarraga foram alvo de uma acção durante a madrugada e em Madrid deflagraram 5 artefactos explosivos nas principais estradas que circundam a capital. Também o Aeroporto de Santander foi encerrado devido a uma ameaça de bomba. Não há feridos a registar em qualquer dos casos uma vez que a organização armada alertou a comunicação social com antecedência, como de resto é hábito nestes casos.
No número do "Zutabe" [publicação interna da ETA] correspondente ao mês de Dezembro, a ETA informa que remeteu um "comunicado especial" a "dezenas de agentes e meios de comunicação internacionais". Esta iniciativa tem como objectivo fazer um apelo "a todas as instituições e, em especial, a quem tem responsabilidades de governo, para que adoptem as medidas que considerem necessárias a favor de uma resolução negociada do conflito".
em Gara.net
sábado, 3 de dezembro de 2005
Solidariza-te! Todos com os afectados pelo Processo 18/98!
Envia a tua mensagem de solidariedade! Vamos mostrar o nosso apoio a todas estas pessoas, organizações e à luta do povo basco!
Envia aqui a tua mensagem
sexta-feira, 2 de dezembro de 2005
ETA apela a mediação internacional
No texto, que terá sido enviado a embaixadas de estados europeus e a diferentes organizações internacionais, a organização armada independentista basca
assinala «aspectos inovadores» na atitude do governo espanhol em relação ao País Basco, sublinhando, no entanto, que «no fundamental continua sem dar resposta à raiz do problema» e mantém «a aposta na estratégica repressiva».
A ETA reafirma o seu apoio ao plano de paz apresentado pelo ilegalizado partido Batasuna, em Novembro de 2004, no velódromo de Anoeta, que propõe no essencial a abertura de duas mesas de negociação, uma envolvendo todos os partidos bascos, sem exclusões, outra directamente entre os Estados e a ETA.
Porém, a organização faz questão salientar que «a chave para a resolução do conflito é o reconhecimento do direito de autodeterminação a Euskal Herria» (Pátria Basca).
No documento, é recordada a decisão da organização, anunciada em Junho de 2005, de suspender as acções armadas com eleitos e dirigentes de partidos políticos espanhóis, como demonstração da «vontade» da ETA à qual «cabe à classe política espanhola e francesa dar uma resposta positiva».
Por último o comunicado lança um apelo à comunidade internacional, considerando que o conflito «é mais do que um problema interno» dos estados espanhol e francês, não podendo aquela «abstrair-se perante a grave situação que padece o País Basco».
Interrogada pela imprensa, na sexta-feira, dia 25, a porta-voz oficial da Comissão Europeia, Pia Arhenkilde, não afastou a hipótese de intervenção no processo, notando que «neste momento, esta é uma questão nacional, mas se a situação se alterar e as autoridades espanholas pedirem que o executivo comunitário desempenhe um papel, então seriam uma coisa diferente».
Por seu turno, o governo espanhol preferiu não comentar o comunicado, declarando que continua à espera que a organização desista «definitivamente e incondicionalmente da violência». «Quando a abandonarem, então comentaremos essa posição», disse o ministro do Trabalho, Jesus Caldera.
em Avante!
quarta-feira, 30 de novembro de 2005
Liberdade para Xabier Gordo!
Perante isto, a Associação de Solidariedade com Euskal Herria (ASEH) condena a detenção e a expulsão de Xabier Gordo por parte do governo mexicano. A sua expulsão para o Estado espanhol, um Estado onde se tortura, comprovado por organismos da O.N.U., configura uma situação ilegal perante a legislação internacional. A sua detenção sem o direito a defesa e a um julgamento provam que estamos perante uma situação em que se violam direitos humanos, ao estilo a que o Estado espanhol nos tem habituado.
Liberdade para Xabier Gordo! Liberdade para o País Basco!
Batasuna denuncia detenção e expulsão de refugiado basco
Xabier Gordo chegou ontem a Madrid, expulso pelo Governo do México, e foi entregue às autoridades espanholas, as quais o encarceraram na prisão. As autoridades mexicanas detiveram, expulsaram e entregaram Xabier Gordo violando a legislação internacional e violando direitos fundamentais do cidadão basco. Desde que Zapatero chegou ao poder é a primeira vez que se efectua uma detenção com estas caracteristicas fora dos Estados francês e espanhol.
Através deste comunicado o Batasuna declara o seguinte:
O Batasuna denuncia de maneira firme a detenção e expulsão de Xabier Gordo e acrescenta que as atitudes repressivas não ajudam à resolução do conflito político que se vive em Euskal Herria.
O Batasuna denuncia por um lado a atitude repressiva do Governo mexicano. A detenção, expulsão e entrega às autoridades espanholas do cidadão basco de forma ilegal (sem julgamento, nem direito à defesa) supõe a violação dos direitos humanos básicos e vai contra a legislação internacional já que Xabier Gordo corre grande risco de ser torturado pelo Estado ao qual foi entregue. Esta atitude do Governo mexicano demonstra a estreita colaboração com o Governo espanhol em matéria de repressão em relação aos cidadãos bascos.
O Batasuna quer denunciar também a atitude do Governo espanhol o qual ordenou a detenção e a entrega de Xabier Gordo. Estas medidas repressivas não ajudam em absoluto na busca de soluções para o conflito político em vigor em Euskal Herria. O Batasuna constata que o Estado espanhol utiliza, uma vez mais, e de forma igual ao Governo de Aznar, as suas relações com o Governo mexicano não para procurar soluções democráticas para o conflito em Euskal Herria mas sim o incremento da repressão sobre os cidadãos bascos.
Neste sentido e perante a nova situação política no País Basco, o Batasuna quer uma vez mais reiterar o compromisso tomado no ano passado em Anoeta.
A comunidade internacional deve implicar-se de forma activa na busca de uma solução democrática para o conflito em Euskal Herria. Por isso, esta organização política apela ao Governo mexicano e a toda a comunidade internacional para que deixem de lado as vias repressivas e actuem no caminho da paz e da democracia.
Batasuna
2005-11-29
quarta-feira, 23 de novembro de 2005
Mapa de presos políticos: vergonha da Europa!
Numa altura em que o Estado espanhol prossegue o tenebroso mega-processo 18-98, em que se acusam 59 cidadãos bascos de colaborarem ou integrarem a organização armada independentista, ETA, o que deveria envergonhar toda a Europa que reclama o estatuto de civilização avançada e democrática, é altura de se recordar o mapa dos presos políticos bascos publicado pelo Gara no inicio deste ano.
Este mapa infelizmente está desactualizado. Infelizmente porque o número de presos políticos bascos nos calabouços dos Estados espanhol e francês aumentou.
Mapa dos presos políticos bascos dispersos pelos Estados espanhol, francês e, ainda, por Inglaterra, Quebec, Bélgica e México.
Quem são os cidadãos bascos acusados?
Julgamento dos 59 cidadãos bascos
Conhece aqui os 59 cidadãos bascos acusados de colaborarem com a ETA.
Lista de processados
Mega-processo contra a esquerda independentista
Manifestação solidária com acusados do mega-processo 18-98
Juiz impede que os processados denunciem o cariz político do caso
A segunda sessão do julgamento do "caso 19-98" permitiu constatar que o tribunal o tentará despolitizar. A juiza presidente impediu com brusquidão a explicação das razões de os acusados não responderem à "Fiscalía" e à Associação de Vitimas do Terrorismo. "Não nos interessa", manifestou. E, paradoxalmente, ao mesmo tempo as acusações insistem em ligar com a ETA todo o tipo de actividades empresariais, culturais ou sociais: desde uma empresa de bacalhau até uma coral...
restante notícia
Presidente da Associação de Advogados Democratas Europeus preocupado
Em entrevista ao jornal Gara, August Gil Matamala, advogado catalão e presidente da Associação de Advogados Democratas Europeus mostra a sua preocupação com o julgamento e encontra inúmeras falhas no processo.
restante notícia
Coisas que se passam quando "tudo é da ETA"
"Mas como iamos financiar a ETA se a nossa empresa tinha prejuizo?". Antoni Diaz e Juan Pablo Diéguez estão há 8 anos a tentar explica-lo. Na Audiência Nacional, no que alguns chamam "Nuremberga da ETA", falou-se ontem de bacalhau, de coros suspeitos de ligações à KAS, de intrigantes excursões pela montanha...Coisas que só podem ser anedóticas ainda que mil anos de prisão não tenham qualquer piada. Como disse Inma Berriozabal: "Não havia dinheiro para mandar à ETA nem tinhamos a sua morada".
restante notícia
segunda-feira, 21 de novembro de 2005
Começou o mega-julgamento contra a esquerda independentista!
Na Terceira Secção Penal da Audiência Nacional espanhola iniciou-se, por volta das 10h25, o julgamento contra 59 cidadãos bascos processados no mega-processo 18/98 contra o independentismo basco. Os processados chegaram em vários autocarros desde o País Basco, acompanhados por familiares, amigos e numerosas personalidades que se deslocaram para mostrarem o seu apoio.
O julgamento está a realizar-se na Casa de Campo, em Madrid, rodeado de fortes medidas de segurança. À chegada os arguidos bascos mostraram o Bilhete de Identidade basco que a policia não aceitou identificando-os através das fichas policiais.
em Gara.net
Queremos deixar aqui patente a nossa total solidariedade com os 59 cidadãos bascos processados denunciando que este processo-farsa mais não é que uma tentativa de criminalização do conjunto da esquerda independentista negando aos cidadãos bascos os direitos de cidadania que todos devem ter.
Mostra a tua solidariedade e manda uma mensagem!
sábado, 19 de novembro de 2005
Jon Bitoria regressa a casa depois de 18 anos na prisão
No seu bairro, em Donostia, de Intxaurrondo esperavam 170 pessoas. À saída do carro não parou de saudar a todos. De seguida, um grupo de dantzaris (dançarinos tradicionais) bailaram em sua honra.
Ao Gara, expressou "alegria" e certo "nervosismo", por estar de novo entre familiares e amigos. Enviou, também, uma saudação aos "companheiros" que deixou na prisão. No dia 26 terá lugar uma recepção mais oficial em Itxaurrondo.
Por outro lado, em solidariedade com os presos, em Gasteiz concentraram-se 510 pessoas, em Iruñea 360, em Donostia 300, em Hernani 165, em Bilbau 136, em Galdakao 75, em Lazkao 70, em Bergara 62, em Etxarri-Aranatz 60, em Deba e Lezo 45, em Ugao 40, em Elgoibar e Zizur Nagusia 35, em Antzuola 30, em Getaria 28 e em Barañain 18.
domingo, 13 de novembro de 2005
Kaiera preenche a última página hoje em Durango
Hoje celebra-se em Durango o dia dos Direitos Civis e Políticos, organizado pela plataforma 18/98+. Neste momento, a iniciativa "Kaiera", que recebeu durante a sua viagem por Euskal Herria as impressões de milhares de cidadãos sobre o mega-processo contra a esquerda independentista, preencherá a sua última página arropada por diversas actividades preparadas para a ocasião. Os organizadores avaliam positivamente a resposta recebida pela sociedade basca.
ETA condena política penitenciária
A organização armada considera que "mataram Kotto" e que a causa da sua morte foi a política penitenciária impulsionada pelo PSOE. Num comunicado remetido a este diário [Gara], a ETA afirma que as "políticas de exterminio que aplicam as autoridades de Espanha e França contra os cidadãos bascos sequestrados provocaram uma nova vitima".
"Quem utiliza os presos políticos bascos como instrumento de chantagem é responsável pela morte de Kotto", afirma no comunicado. A ETA fala, assim, de "responsabilidades políticas concretas", e inclui nesta referência quem desenha as políticas penitenciárias desde La Moncloa e Matignon, mas também refere o "silêncio cúmplice de vira a cara nos salões de Ajuria-Enea".
A organização armada denuncia que, apesar de que "a dignidade e a luta" do Colectivo de Presos Políticos Bascos provocou há muito tempo o fracasso da dispersão, segue-se mantendo uma "política de vingança", cuja única "efectividade" é o sofrimento que origina. Neste sentido, denuncia as palavras de quem define como "políticos-carcereiros" e entre os quais cita expressamente Mercedes Galizzo, responsável das Instituições Penitenciárias: "Utilizando os mesmos modos que durante a época de González, repetem que "«manteremos a dispersão porque é eficaz»".
Para superar esta situação, a ETA insta a agentes, partidos políticos e instituições a adoptar compromissos e medidas concretas para que os direitos dos presos sejam respeitados, finalize a dispersão e seja reconhecido o estatuto político que corresponde aos presos bascos. Sublinha que esses objectivos se conquistarão através da "luta e da pressão popular".
A organização armada, que no inicio do comunicado expressa a sua dor e revolta pela morte de Altzuguren e transmite os seus mais sentidos pêsames aos seus familiares e amigos, afirma no último parágrafo que "o compromisso e a dignidade dos presos é um modelo para todos".
em Gara.net
sábado, 12 de novembro de 2005
É hora de se acabar com a dispersão!
Manifestação em solidariedade com os presos políticos
Carta de vitima da política de dispersão dos presos políticos por parte dos criminosos Estados francês e espanhol:
No dia de hoje, e passadas bastantes semanas do acidente ocurrido a 17 de Setembro, dirijo-me a Vossa Excelência para o pôr ao corrente dos seguintes acontecimentos:
No dia 16 de Setembro de 2005, às 23 horas, partimos com a intenção de fazer uma longa viagem desde Bilbau. Às 23h30 recolhemos um familiar no terminal municipal de Etxebarri, Biscaia, os que ali esperavam para se despedirem desejaram-nos uma boa viagem. Às 0h00 do dia 17, a mesma operação em Ermua, Biscaia e só nos faltava passar por Bayona para recolher os últimos, para de seguida nos dirigirmos à prisão de Clairvaux. Vão esperançados, apesar de saberem que os esperam mais de 1100 km de ida e outros tanto de volta. Não é uma viagem de prazer, vão ver os seus familiares e amigos presos todos os meses e viajam pessoas de 81 anos e crianças de 8.
Ao chegar a Bayona, na auto-estrada, à 1h15 do mesmo dia, toda a nossa viagem se esfuma. Um camião, depois de galgar o separador da auto-estrada e invadir a nossa faixa, colide com a nossa furgoneta. Como consequência, duas pessoas tiveram de ser hospitalizadas durante 3 dias, uma com fortes dores na cabeça, costas, abdómen, das quais, todavia, ainda não se recuperaram, assim como das terriveis sequelas psicológicas,...(dentro de dois meses voltarão de novo para ver o seu filho). A outra pessoa sou eu, com o dedo indicador da mão esquerda praticamente amputado (fractura aberta do osso, rotura de artéria, tendões...). Requerendo uma operação de 4 horas com anestesia total. Hoje estou em reabilitação e a coisa parece ser para durar. Os danos materiais são avultados.
Estes acontecimentos levam-me às reflexões que aqui exponho:
- A dispersão que aplicam os Estados francês e espanhol no cumprimento da pena, em que beneficia a reinserção?
- Por que aplicar um castigo suplementar aos familiares e amigos (muitos deles que não podem valer-se por si mesmas e que não cometeram nenhum delito) que têm de percorrer milhares de quilómetros para realizar as visitas?
- Passou-se a arrepiante lista de 191 acidentes, de familiares e amigos, ocorridos nos Estados espanhol e francês de 1995 a 2005, nos quais morreram um total de 16 familiares e amigos e isto só me produz indignação e tristeza. Só nos últimos 5 anos, 132 acidentes, dos quais 10 se produziram no Estado francês. Esta é a relação:
- 2001. 10 de Fevereiro, Chateauroux (familiares). 31 de Março, Saint Martin de Ré (familiares).
- 2002. 8 de Junho, Perpignan (2 amigos). 23 de Novembro, Joux la Ville (3 amigos).
- 2004. 5 de Junho, Uzerche (2 amigos). 12 de Agosto, Muret, (3 familiares).
- 2005. 14 de Maio, Muret-Seysses (3 familiares). 21 de Junho, Fleury Merogis (3 familiares). 12 de Agosto, Angouleme, (2 amigos). 17 de Setembro Clairvaux (um familiar e um condutor).
Não é de estranhar, percorrendo mais de 15.000.000 de quilómetros anuais!
- Os mortos nestes acontecimentos já não podem falar, mas eu quero reclamar que é dever, da justiça espanhola e francesa e, como tal, do Ministério que vós dirigis, não pôr mais entraves, repatriando os presos aos seus lugares de origem para poder estar com eles sem ter que perder tempo, dinheiro e em certas ocasiões...a vida.
- Responsabilizo os Estados francês e espanhol dos acidentes dos familiares e amigos motivados pela actual política assassina de dispersão.
- Creio que a dita política não ajuda em nada o solucionamento do conflito que vivemos neste país e em cuja resolução os presos deveriam tomar parte.
- Espero que quando volte a estar em condições de conduzir não tenha que sair da minha terra para localidades distantes. Se não for assim, tenham como certo que continuarei oferecendo-me para levar estas pessoas para onde for preciso.
em PAT
Preso político sofre represálias
Depois de receber a visita dos seus familiares na semana passada, Amantes foi obrigado por parte de seis funcionários da prisão asturiana a despir-se, o que recusou. Foi então que o chefe de serviço lhe baixou os boxers à força.
em JoTaKe-LaHaine
Protestos contra detenções e tortura
Cerca de 300 pessoas manifestaram-se ontem em Donostia para denunciar as últimas detenções, a tortura e a criminalização da juventude. Responsabilizaram o PSOE por esta situação e salientaram "a implicação do PNV e da EA". No marco desta mobilização, a Segi [organização juvenil independentista ilegalizada] anunciou que iniciará uma interlocução nacional para rematar "compromissos".
Gara.net
Gara entrevista Lluís Xirinacs
Xirinacs é um símbolo da luta da Catalunha pela amnistia durante o franquismo, assim como um defensor da recuperação dos direitos nacionais desse país. Há duas semanas foi encarcerado e posto em liberdade por se declarar amigo da ETA e do Batasuna e inimigo do Estado espanhol durante a celebração da Diada de 2002. Tudo isto, explica ao Gara, por um compromisso pela luta não violenta e de defesa do oprimido.
Lê aqui a entrevista
sexta-feira, 11 de novembro de 2005
Deportação também é terrorismo
Decorriam os tempos dos GAL [grupo terrorista criado pelo Estado espanhol] quando Angel Lete, deportado político basco morto em Cabo Verde em Dezembro de 2002, foi detido no País Basco norte. Era 1985. Cumpriu os sete meses de condenação impostos por París mas, em vez de ficar em liberdade, o Estado francês ditou-lhe uma ordem de confinamento. Tiveram-no um mês rodando de departamento em departamento, sempre sob uma estrita vigilância policial que não lhe permitia realizar nem uma chamada. Um dia, sem pré-aviso, transferiram-no para o aeroporto Charles de Gaulle rumo ao Senegal. A etapa seguinte foi Cabo Verde, onde o obrigaram a viver durante 17 anos até ao seu falecimento.
Ontem, a sua companheira Maite Robles, junto a familiares de exilados políticos bascos, recordou sensivelmente emocionada aqueles dias de confinamento e deportação. Ao longo desses 17 anos fez nada mais nada menos que 55 viagens ao arquipélago africano. A última foi para repatriar o cadáver do seu companheiro.
"Em toda a viagem tiveram-no com as algemas postas, só as tiraram em Cabo Verde, onde chegou com o céu em cima e a terra em baixo. Começou a viver numa base militar com outros deportados bascos. Tinham a opção de sair à rua mas controlavam-lhes cada movimento. Não tinha nenhum tipo de documentação que acreditasse quem era", explicou Robles. "Imaginem-se como se pode encontrar uma pessoa que nem sequer pode explicar aos locais quem é e por que o levaram para aquele país. Isto gera uma grande impotência, medo e insegurança", destacou.
em Gara.net
quinta-feira, 10 de novembro de 2005
Navarra
Gara.net
terça-feira, 8 de novembro de 2005
Acções em Iruñea, Durango e Iurreta
sexta-feira, 4 de novembro de 2005
Otegi, porta-voz do Batasuna, condenado a um ano de prisão
Em 2003, Arnaldo Otegi, porta-voz do Batasuna, acusou o rei espanhol de ser o responsável dos torturados enquanto chefe máximo do exército espanhol. O Supremo Tribunal espanhol condenou-o ontem a um ano de prisão por delito de injúrias graves contra o rei do Estado espanhol.
Arnaldo Otegi, a ser encarcerado nos calabouços do Estado espanhol, será preso por ter cometido um crime. O de ter dito a verdade. O rei espanhol é, efectivamente, o chefe máximo do exército espanhol e chefe máximo do Estado, comportando esses cargos, mesmo que de forma anti-democrática, confere-lhe a responsabilidade do que se passa no seio das forças armadas e do aparelho estatal. São polícias e militares os que torturam movidos pela ideologia fascista, perpetuada na figura do rei e da monarquia após a morte de Franco. A tortura é um instrumento usado pela repressão fascista desde a guerra civil que arrasou o Estado espanhol, um instrumento usado na longa noite fascista do regime franquista e um instrumento usado depois da farsa chamada transição.
O rei é, efectivamente, o chefe dos torturadores.
quinta-feira, 3 de novembro de 2005
Assina em solidariedade com os cidadãos e associações bascas!
"O Grupo de Trabalho 18/98+ elaborou um caderno "Kaiera". 100 pessoas colaboraram na edição do mesmo e durante os próximos meses o caderno vai percorrer todo o País Basco para recolher a colaboração de milhares de cidadãos para se formar um manifesto comúm em defesa dos direitos civis e políticos."
em Kaiera
A todos os portugueses que queiram deixar a sua marca, uma palavra, um verso, um grito de revolta, um gesto de solidariedade poderão faze-lo neste link deixando o nome em Izena, o endereço electrónico em Helbide Elektronikoa e a mensagem em Zure Ekarpena. De seguida, basta carregar-se em Ekarpena Bidali.
Todos contra o processo 18/98!
Nestes procedimentos constatam-se desvios graves no normal funcionamento de um Estado de Direito, entre eles:
- privação de garantias juridicas das pessoas processadas: fianças económicas desmesuradas, abuso da prisão preventiva, condições de detenção que derivaram em reiteradas denúncias de torturas e maus tratos.
- instrumentalização política da legislação; com aplicação generalizada e expansiva de tipos delitivos indeterminados e procedimentos ideológicos baseados em documentos sem valor provatório.
Ao amparo da sua lógica de função de perseguir presumiveis delitos, o Estado criminalizou ideias, iniciativas e actividades sociais e políticas legitimas, que no seio da nossa sociedade perseguem fins legitimos por meios igualmente legitimos.
Esta vulneração de direitos individuais e colectivos afecta directamente a sociedade basca no seu conjunto. Esses direitos, liberdades e garantias são património de toda a cidadania, de todas as pessoas, estejam ou não imputadas. Como tal, o desenvolvimento destes julgamentos não pode contemplar-se com indiferença.
Quem forma este grupo de trabalho 18/98+, que não partilha necessáriamente dos mesmos projectos sociais e políticos, coincide no direito a defende-los. Creem num País Basco respeitoso da sua pluralidade e riqueza social que deve poder construir-se em liberdade e em respeito a todos os direitos de todas as pessoas.
em Plataforma 18/98+
3 jovens detidos pela Guardia Civil
Aitor Larreta foi preso quando saía do seu trabalho enquanto que em Amara Berri foi detida Maddi Fernández, uma jovem menor de idade. Pelo que parece os dois detidos encontram-se incomunicados no quartel de Intxaurrondo.
O terceiro detido, o indautxutarra Ander Lezamiz - trabalhava em Marruma -, foi preso e transferido ao quartel de Intxaurrondo para sair depois em liberdade.
em Gara.net
A repressão continua, dia após dia, sem se deter perante a idade das suas vitimas. É este o Estado que diz querer a paz e não a guerra? Quem é terrorista afinal?
Até sempre, Jose Angel Altzugaren!
População acompanha a urna com ikurriñas (bandeiras bascas)
Povo sai à rua para a última homenagem
Punhos erguidos ao som do hino nacional do "Combatente basco"
Arnaldo Otegi, dirigente do Batasuna, transportando a urna
Preso político basco encontrado morto na prisão
José Angel Altzugaren "Kotto", beratarra de 39 anos, foi detido no dia 22 em Bera e foi preso para cumprir o resto da pena, e foi dispersado para a prisão de Soria, apesar de necessitar de tratamento médico - sofria depressões -, o que não lhe foi dispensado, pelo que a falta de atenção médica pode ter sido "fatal". Fontes da prisão informaram que acharam o corpo enforcado de Altzugaren na sua cela. O seu corpo chegou a Bera onde se instalou uma capela ardente.
em Gara.net
Repudiamos a morte de mais um cidadão basco vitima da repressão fascista do Estado espanhol que mais não é que uma prisão de povos. A luta dos povos será a tumba do fascismo!
sábado, 29 de outubro de 2005
Batasuna avalia documento apresentado pelo PNV
Gara.net
sexta-feira, 28 de outubro de 2005
ETA envia carta ao Governo francês
Num texto de meia página, a organização armada basca “ deseja o êxito das negociações com as autoridades espanholas, negociações essas que devem levar um dia ao anúncio de uma trégua” por parte da ETA.
A ETA pede também ao Governo francês que intervenha neste processo, recordando a Paris que (o Estado francês) faz parte do problema, com o País Basco francês (Iparralde).
quarta-feira, 26 de outubro de 2005
Bloqueios nos portos bascos
O sector pesqueiro basco sumou-se aos protestos que, desde há dias, mantêm outras frotas do Estado espanhol para reclamar ajudas perante a elevada súbida dos preços do gasóleo. Depois do encerramento pela manhã dos portos de Bilbau e de Pasaia, as associações biscaínas decidiram bloquear desde a primeira hora da tarde o porto de Bermeo.
Gara.net
terça-feira, 25 de outubro de 2005
Associação de Solidariedade com Euskal Herria
A ASEH surgiu há uma década com o objectivo de centrar as suas acções e iniciativas na consciencialização do povo português para o conflito existente no País Basco.
Temos realizado várias iniciativas ao longo destes dez anos de existência organizada desde manifestações, concertos, debates, bancas de informação, promoção de encontros entre sindicatos, partidos e outras organizações portuguesas com delegações bascas e temos ainda editado o jornal "El País Basco". No entanto, a nossa solidariedade não se trava apenas em Portugal, a nossa luta também está presente no País Basco, nomeadamente, em encontros internacionalistas promovidos por organizações como a Askapena (organização internacionalista basca) e pela SEGI (organização juvenil independentista basca - actualmente ilegalizada).
Sendo que toda a acção é pouca perante as injustiças que se verificam diariamente no País Basco, a ASEH tem procurado denunciar o que realmente se passa com o povo basco. Politicamente defendemos um País Basco independente e socialista e, sobretudo, que seja um país construído com base na decisão do próprio povo.
Sacerdote catalão apoiante da luta basca detido
Na sua intervenção, segundo a sentença, chegou a dizer: "para além do mais há comportamentos, porque a ETA, como está em guerra, mata mas não arranca unhas. Eu estive na prisão com gente da ETA com as unhas arrancadas. A ETA mata mas não tortura. Pelo contrário, Lasa e Zabala [militante da ETA falecidos] morreram torturados".
Comunicado da ETA em dia de luta
A acção da ETA surgiu no dia em que um novo comunicado da organização foi publicado na comunicação social. Coincidindo com um novo aniversário do Estatuto de Guernica, a ETA rejeita a possibilidade de uma reforma do marco autonómico vigente como via para solucionar o conflito. A organização armada sublinha a necessidade da negociação e o acordo, mas sempre respeitando os direitos de Euskal Herria e a decisão dos seus cidadãos, sem limites e sem imposições.
A organização independentista reivindica também três acções armadas. A explosão do carro-bomba no polígono industrial Vicolozano, em Berrocalejo de Aragona (Ávila), que dá espaço a duas empresas que contribuem para o desenvolvimento do ódio contra Euskal Herria: a empresa Imcodavila que imprime a edição de seis jornais espanhóis e a DHL que se recusou a ajudar economicamente a luta do povo basco. A ETA reivindica ainda o artefacto explosivo em Añón de Moncayo (Aragão) e os dois lança-granadas encontrados, entretanto, ontem nas imediações do Aeroporto de Saragoça.
Comunicado da ETA
sexta-feira, 21 de outubro de 2005
Alterações no blogue
Viva a solidariedade internacionalista!
Viva Euskal Herria independente e socialista!
quarta-feira, 19 de outubro de 2005
Central de Zornotza avança contra desejo da população
O lehendakari, Juan José Ibarretexe, Presidente do Governo Autonómico Basco, inaugurará esta manhã a central de ciclo combinado de Boroa, instalada em Zornotza apesar da contestação social ao projecto, que iniciou a sua fase de provas no inicio deste ano e entrou no mercado no passado mês de Agosto.
A materialização do projecto, da companhia Bizkaia Energia, filial da empresa pública irlandesa ESB, ocasionou uma polémica causada não só pela oposição de vizinhos da zona e movimentos ecologistas, como por forças políticas como o Batasuna e Ezker Batua.
No passado sábado, mais de mil pessoas manifestaram-se nas ruas de Zornotza contra a central. À contestação social somou-se, há pouco tempo, uma acção da ETA na central espelhando os protestos e aspirações da população.
Gara.net
quarta-feira, 12 de outubro de 2005
Dia da hispanidade
Hoje, um comunicante anónimo, que disse falar em nome da ETA, avisou da colocação de um lança-granadas nas imediações do aeroporto civil e militar de Saragoça. Como é hábito da organização independentista armada, avisou bastante tempo antes para se poderem evacuar os civis e evitarem-se assim feridos ou mesmo mortes de inocentes. Segundo o comunicante o lança-granadas seria activado entre as 11h e as 12h, como o prazo ainda não expirou a polícia continua a procurar a localização do aparelho armado.
Aguardamos mais notícias.
Gara.net
sexta-feira, 7 de outubro de 2005
El Corte Inglés retira todos os discos de banda basca dos seus espaços
Parece que o El Corte Inglés deu ordem para que retirassem os nossos discos dos seus estabelecimentos.
Já lhes estava a custar. Ainda que não nos estranhe, a verdade é que este facto nos parece um grande triunfo moral para o nosso grupo e motiva-nos a prosseguir o combate.
Não fizeram mais que nos retirar todos os nossos discos das suas estantes! Será verdade que lhes meta tanto medo que as pessoas possam comprar os nossos discos? Tanto que sejam capazes de deixar de ganhar dinheiro com isso? Desde a época da ditadura de Franco que não se conseguia nada parecido. Os juizes da "democracia" disseram que o conteúdo das nossas letras são simplesmente um exercicio do direito de liberdade de expressão e que não são delatórias. Como tal, só podemos pensar que retiraram os nossos discos pelas ideias que estes contém, ainda que estas seja legais.
Já sabem que se quiserem comprar algum dos nossos discos de ideias perigosas e más, não o façam nesses centros comerciais pois não se encontram aí (nem faz falta).
em http://www.soziedadalkoholika.com
É mais um ataque aos direitos do povo basco. Uma banda amplamente enraizada no seio da juventude basca é censurada nos centros comerciais espanhóis. Porquê? Porque divulga o que não querem que se saiba. Porque divulga a realidade basca, a realidade da tortura, da prisão, dos assassínios, da barbaridade policial, da ilegalização de organizações. Como dizem os Soziedad Alkoholika no refrão da canção "Piedra contra Tijera": "Querem calar-nos a voz porque não pensamos como eles querem, porque queremos ser diferentes, queremos outra realidade. Querem tapar-nos a boca para que ninguém nos possa escutar para que só ouçam a sua mensagem e nada possam mudar".
domingo, 2 de outubro de 2005
Chuva intensa não desmobiliza independentistas
A chuva intensa que se tem feito sentir em Bilbau não impediu a mobilização de mais de 20 mil pessoas para a manifestação convocada pela esquerda independentista. Milhares e milhares de pessoas atravessaram as ruas gritando pela independência e a favor dos presos políticos.
Arnaldo Otegi, representando o Batasuna, encerrou a manifestação com um comício. Durante a sua intervenção deixou mensagens bem claras, destacou os riscos da actual situação política, apelou a que os Estados espanhol e francês reconheçam Euskal Herria e o seu direito de decisão e instou o PNV a não meter à frente interesses partidários em vez de tentar solucionar o conflito. Reiterou também que não se pode falar de um processo enquanto não haja garantias para o abrir. Para as conseguir, mantêm-se abertas todas as vias de comunicação.
"Que renunciem, se querem, a criar um Estado basco mas que assumam que com isso não fazem mais que uma aposta por outro Estado, que é o Estado espanhol reformado".
"Nós seguiremos lutando por um Estado independente basco na Europa. Essa é a nossa aposta e nisso não vamos falhar".
"Estamos neste momento histórico porque derrotámos todas as estratégias repressivas em que as Forças Armadas espanholas e a colaboração entusiástica das francesas contaram até com o satélite de Bush".
"A Alternativa KAS levou-nos a Argel; à Alternativa Democrárica, a Lizarra-Garazi; e Anoeta levar-nos-á a superar o conflito e a construir um cenário democrático".
Gara.net
sexta-feira, 30 de setembro de 2005
Ongi Etorri! Bem-vinda!
Mertxe Galdos recuperou hoje a liberdade depois de passar 19 anos em prisões espanholas. Galdos saiu da prisão de Topas por volta da uma da tarde e recebeu o abraço de familiares e próximos que a esperavam às portas da prisão de Salamanca. Prevê-se que a recém-libertada pise terras bascas ao entardecer. Galdos será recebida pelo seu povo, em Ezkio-Itsaso, às 20.00 e mais tarde será brindada com uma pequena homenagem na herriko taberna de Urretxu.
quarta-feira, 28 de setembro de 2005
Dia do Combatente - Gudari Eguna
Ontem, 27 de Setembro, cumpriram-se 30 anos das execuções dos militantes da ETA Txiki e Otaegi, com mais três activistas da FRAP, sob a mão do regime franquista. Desde aquele dia e nessa mesma data, todos os anos se comemora em Euskal Herria o Gudari Eguna (Dia do Combatente) por aqueles voluntários e militantes bascos "que deram a sua vida na luta por Euskal Herria".
Em todos os actos celebrados ontem recordaram-se todos eles, desde o primeiro militante da ETA falecido, Txabi Etxebarrieta, até ao último, Imanol Gómez. Mas, com motivo do 30º aniversário, houve uma lembrança especial de todos os fuzilados por ordem de Franco.
Tochas com "a chama do fogo que simboliza a luta deste povo", ramos de flores e pancartas com as faces "dos voluntários pela liberdade caídos na luta" tomaram as ruas bascas.
Pela manhã, os centros de ensino foram cenário de mobilizações e a de Errnteria-Orereta saldou-se com duas detenções. Dois jovens de 20 e 24 anos foram presos pela Ertzaintza acusados de "enaltecimento do terrorismo e desordem pública". Segundo o Departamento do Interior, os jovens foram detidos depois de terem, numa manifestação, "lançado pedras" a uma dotação da Ertzaintza e "proferido gritos de apoio à ETA". Ficaram livres depois de presentes perante o juiz.
Em Hernani 200 estudantes realizaram uma manifestação e em todos os centros de Sestao realizaram-se concentrações. Em Zizur foram 50 os que se mobilizaram, igual número que no instituto gasteiztarra Koldo Mitxelena, onde realizaram um corte de estrada. No centro gasteiztarra Ikasbidea, como em Zarautz, foram 30 os estudantes mobilizados. Pela tarde, os actos e mobilizações estenderam-se a todas as localidades. Em Biscaia, centenas de cidadãos acorreram às manifestações. Em Bilbau, mais de 450 pessoas, em Barakaldo foram 160, em Markina 90, em Zalla 70, em Lemoa e Derio 50, em Durango 90, em Txorierri 30, em Basauri 75, em Laudio 120, em Guernica e Bermeo 60, em Algorta 200. Em Zornotza onde a Ertzaintza identificou três pessoas que instalavam pancartas manifestaram-se 100 pessoas.
Em Gasteiz não houve problemas durante o acto e a posterior manifestação que, sob a vigilância da Ertzaintza, reuniu mais de um milhar de pessoas. 42 pessoas concentraram-se em Otxandio.
Em Baiona 70, em Hendaia 40 e Baigorri 15. Em Navarra, Iruñea foi cenário de uma manifestação na qual participaram 600 pessoas. Em Altasu foram 75, em Tafalla 30 e em Leitza 40.
Guipuscoa foi a região onde a Ertzaintza se empenhou mais em obstaculizar o Gudari Eguna. Em Arrasate 600 pessoas sofreram uma carga da Ertzaintza enquanto se realizava um acto de homenagem. Dezenas foram retidos e identificados. Em Tolosa, a Ertzaintza também quis impedir a manifestação mas os 150 manifestantes terminaram a marcha. Em Donostua foram mais de 200 os manifestantes, 40 em Aretxabaleta, 33 em Getaria, 500 em Hernani, 100 em Andoain, 800 em Orereta, 15 em Segura, 200 em Zarautz, 200 em Eibar e 100 azpeitiarras marcharam até Nuarbe, onde perante a casa de Otaegi homenagearam "todos os gudaris". No contexto do Gudari Eguna o Batasuna fez questão de frisar que "Euskal Herria existe graças à luta".
terça-feira, 27 de setembro de 2005
ETA continua a luta e apela à luta por novos caminhos
Uma nova bomba explodiu, desta vez numa pequena central eléctrica não operacional, em Añón (Saragoça), na Serra do Moncayo, segundo fontes da Delegação do Governo espanhol em Aragão. A ETA fez um pré-aviso à DYA de Guipuscoa e Biscaia.
Gara.net
Hoje, saiu no Gara, por motivo do Gudari Eguna (Dia do Combatente), um novo comunicado da organização independentista basca. A ETA faz um apelo à organização e à luta a todos os cidadãos independentistas e de esquerda já que considera que só assim se pode garantir um futuro de liberdade para o País Basco. Após afirmar que a actual situação política se caracteriza por novas oportunidades mas também de novos riscos, a organização armada destaca que os inimigos do povo basco não vão ceder nada e assegura que a opção de ganhar uma situação democrática em que se reconheçam os direitos de Euskal Herria está também aí.
Gara.net
domingo, 25 de setembro de 2005
Carro-bomba explode junto a Ávila
Uma furgoneta-bomba explodiu este sábado às 22.01 horas no polígono industrial de Vicolozano, a cinco km de Ávila depois de se terem recebido duas chamadas, uma no Gara e outra no DYA, de um comunicante que, em nome da ETA, anunciou a colocação do carro-bomba. Não causou feridos mas causou, sim, importantes danos materiais.
Gara.net
sábado, 24 de setembro de 2005
Homenagem a militantes da ETA caídos na luta
Há 15 anos, Bautista Barandalla corria pela Rua del Carmen na Parte Velha fugindo à Polícia espanhola. Ele foi preso mas a seu lado Mikel Castillo teve pior sorte: um disparo policial acabou com sua vida. Ontem, o preso etxarriarra (de Etxarri) que continua preso, apesar da sua doença, não quis faltar ao breve mas emotivo acto de memória: "São muitos os que dizem que estamos num momento político histórico; poderia ser assim mas agora é hora de se passar das palavras aos actos. O processo de paz deve impulsionar-se com actos e não com palavras bonitas. E nós, cidadãos, devemos ter uma participação activa. Avante pois, porque o nosso povo necessita e porque Mikel merece-o", afirmou numa carta.
Mikel Castillo perdeu a vida como militante da ETA e a homenagem foi acompanhada por centenas de pessoas.
Em Barañain foram homenageados os militantes da ETA, José Miguel Bustinza e Gaizka Gaztelumendi, também caídos sob as balas policiais.
Já em Bilbau a polícia não conseguiu impedir a homenagem a Galagarra e a Gurrutxaga. Cerca de 150 pessoas reuniram-se na Praça Aita Donostia para recordar os jovens militantes da ETA que perderam a vida nas imediações, há 3 anos, quando deflagrou o artefacto explosivo que transportavam no seu veículo.
As fotografias dos combatentes independentistas foram colocadas no solo e ao mesmo tempo as pessoas começaram a depositar cravos vermelhos em cima das imagens. Acto seguido de um jovem bailando o aurresku (dança tradicional) perante os retratos e os reunidos entoaram o "Eusko Gudariak" (hino basco: "Combatente Basco").
quarta-feira, 21 de setembro de 2005
Saudação do Movimento Juvenil Bolivariano ao Movimento Juvenil Independentista Basco
Os jovens bolivarianos de toda a Colômbia saudamos o movimento juvenil independentista basco.
Inspirados pelos maiores valores e principios bolivarianos de internacionalismo solidário e de unidade entre os povos que lutam contra a tirania, partilhamos convosco o nosso reconhecimento e valorização da luta revolucionária do povo basco pela sua autodeterminação e independência assim como do papel activo que as juventudes de Euskal Herria têm tido nessa luta.
Os milhares de jovens colombianos que nos organizamos nos núcleos clandestinos do Movimento Juvenil Bolivariano, não regateamos sacrificios na dura luta que travamos contra o regime de terror que a oligarquia colombiana impõe ao nosso povo e pomos todos os nossos esforços na conquista de uma Nova Colômbia com igualdade social, com a verdadeira liberdade, democracia e independência. Essas bandeiras que levamos nos nossos corações e consciências são a faísca que incendeia cada vez mais o nosso fogo revolucionário e nos impulsiona a não desfalecermos nem a descansarmos um instante nas nossas batalhas contra o fascismo que hoje se passeia na Colômbia pela mão do presidente paramilitar Álvaro Uribe Vélez, com o auspicio permanente do governo dos Estados Unidos da América.
É ao fragor desse batalhar pelos ideais e necessidades revolucionárias do nosso povo que entendemos e cremos justa a luta do povo basco enquanto chamamos a continuar a prática consequente do internacionalismo solidário entre os nossos povos pois como certeiramente nos ensinava Bolívar: só a unidade dos oprimidos nos dará a força necessária para derrotar os inimigos da felicidade humana e a tirania. Coincidimos com José Martí em que a nossa pátria é a América, ainda cremos como Bolívar que "...a igualdade, a liberdade e a independência são as nossas divisas..."
Unidade contra o imperialismo!
Gora Euskal Herria!
Viva a Nova Colômbia!
Movimiento Juvenil Bolivariano
mjbolivariano@yahoo.es
terça-feira, 20 de setembro de 2005
Esquerda independentista marca manifestação
Sob o lema "Orain Herria, Orain Bakea" - Agora o Povo, Agora a Paz - um grupo de cidadãos convocou uma manifestação para primeiro dia de Outubro em Bilbau, "para reivindicar o papel activo da sociedade num processo de paz".
No mesmo dia, Juan Mari Olano ficou em liberdade sob fiança passados poucos minutos das 14.30, depois da defesa ter depositado 100.000 euros imposta pelo juiz. Espera-se que chegue a Zaldibia até às 21.00 de hoje.
Comunicado da E.T.A.
Euskadi Ta Askatasuna (E.T.A.) remeteu ao jornal Gara um comunicado em que assume, entre outras acções, a colocação no passado dia 12 de Julho de 4 artefactos explosivos contra a central térmica de Boroa, em Zornotza. O atentado foi levado a cabo "a favor do respeito da vontade popular e para denunciar a imposição".
A ETA recorda que os cidadãos de Zornotza "levam anos mostrando a sua postura contrária à central e reclamando que se detenha. Realizou todo o tipo de denúncias e mobilizações. Finalmente, por meio de uma consulta popular, os cidadãos deixaram claro a sua decisão: parar a central".
Para a organização armada, esta vontade não foi cumprida porque "as autoridades autonómicas priorizaram os seus interesses económicos e continuam a engordar os seus obscuros negócios". "Os que como Ibarretxe falam tanto de consulta popular e de respeito pela vontade da cidadania perderam uma imemoravel oportunidade de efectivar as palavras com actos", acrescenta.
A ETA reclama "que se respeite a vontade que expressaram os habitantes de Zornotza através de uma consulta. Se não o fazem, pensaremos que os seus apelos em prol de uma consulta popular não são senão uma fraude. Discursos de fachada". "Os dirigentes de Ajuria Enea responderam com grande alarido à acção da ETA contra a central de Boroa. Se tivessem mostrado metade desse vigor em respeitar a palavra dos zornotzarras, agora estariamos noutra situação. Seguramente, não teriamos tido uma acção da ETA contra a central". No seu comunicado, a ETA reivindica outras quatro acções armadas. No dia 25 de Junho, colocou um carro-bomba no exterior do Estádio de La Peineta (Madrid), "que estava destinado a ser o principal recinto dos Jogos Olímpicos de 2012". A acção foi contra "as infraestruturas e os interesses económicos espanhóis". No dia 22 de Julho explodiu um artefacto contra a empresa Construcciones Intxausti S.A. de Guernica por "negar-se a contribuir com dinheiro a favor da liberdade de Euskal Herria". A ETA assume também a colocação de explosivos no dia 29 de Julho nas estradas A-4 e A-5, perto de Puerto Lápice (Ciudad Real) e Maqueda (Toledo), respectivamente. Estas acções, levadas a cabo durante a Operação Saída, efectuaram-se "contra os interesses turísticos espanhóis".
sábado, 17 de setembro de 2005
Argala, histórico combatente basco
Argala foi um dos homens mais carismáticos e decisivos na história da ETA. Morreu a 21 de Dezembro de 1978 depois de uma bomba colocada debaixo do seu carro em Angelu ter explodido. A data escolhida e o procedimento utilizado vinham a mostrar a operacionalidade e ideologia dos grupos para-policiais que quiseram dar o seu selo cinco anos depois da morte de Luis Carrero Blanco.
José Miguel Beñaran nasceu dem Arrigorriaga em 1949. Depois de uma infância e adolescência marcada pelo ambiente social do franquismo, Argala entrou na ETA com outros jovens do seu grupo. Em 1968 e como consequência de umas detenções, José Miguel Beñaran abandonou a sua localidade refugiando-se em Oñati durante bastante tempo e adoptando o nome de Iñaki. Exilado depois em Iparralde (País Basco norte) participaria activamente na futura evolução da organização armada. Nesses anos de intensidade dialéctica Argala fez célebre a frase de seu próprio cunho: "Eu discuto com todos, intelectualizo os militares e militarizo os intelectuais".
Em Dezembro de 1973, José Miguel Beñaran Ordeñana, agora com o nome Fernando, encontrava-se em Madrid, com os outros membros do Comando Txikia. De recordar, que Argala foi o militante que pressionou o botão que detonou a bomba que matou Carrero Blanco, privisivel sucessor de Franco. O atentado espectacular deu mais uma machadada no regime fascista e acelerou o processo de derrubamento do franquismo. Argala era o militante metódico e disciplinado que transparecia de modo natural a sua imensa qualidade humana. Viveu de forma intensa a sua clandestinidade. Adorava discutir, jamais fazia concessões, sustentava os seus argumentos com grande solidez e sempre de frente. Captava rapidamente os erros dos seus oponentes, ganhando a discussão com rapidez. De qualquer forma, fazia-o desde uma postura honesta, discutia sem descanso até equilibrar as posições, independentemente de quem tivesse o ponto de análise mais correcto.
De novo em Iparralde, participaria na restruturação da ETA. No seio da organização armada havia divergências quanto a mudanças internas e, fundamentalmente, quanto à análise do futuro político. Argala jogou aqui um papel determinante, em duplo sentido: analisando as consequências da caída do regime franquista e as mudanças que se avizinhavam, e estudando o desdobramento para abarcar todas as frentes de luta sobre um novo modelo orgânico, deixando para a ETA o campo militar. Desta forma constituia-se em Novembro de 1974 ETA militar e a análise realizada por José Miguel Beñaran ficaria marcado num manifesto que se publicaria nos últimos dias desse mês.
Em Outubro de 1976 Argala casou-se na ilha francesa de Yeu, onde estava deportado, com Asun Arana cujo companheiro, Jesús Mari Markiegi, havia sido morto numa emboscada policial em Gernilka em 1975. Depois de abandonar Yeu, alugaram uma casa em Angelu. Quando se produziu a sua morte, a Polícia bloqueou e proibiu a entrada na sua terra natal, Arrigorriaga. Como protesto pelo cerco, uma assembleia popular decidiu que todos os habitantes se fechassem em suas casas e que acompanhassem o cadáver só a mãe, os irmãos e os companheiros. Duas pessoas que levavam a bandeira de KAS abriram um pequeno cortejo que avançava lentamente perante o cordão policial. Um punhado de militantes, familiares e amigos foram os últimos testemunhos da última viagem de Argala.
Solidariedade com os presos políticos bascos
A reclamação para que se respeitem os direitos dos presos políticos bascos chegou ontem até às portas do Festival de Cinema de Donostia, o Zinemaldia, através de uma manifestação convocada por Etxerat e à qual compareceram cerca de 400 pessoas.
As manifestações estenderam-se a todo o País Basco com 460 pessoas em Gasteiz, 290 em Iruñea, 104 em Bilbau, 100 em Durango, 80 em Zornotza, 50 em Etxarri, 40 em Arrigorriaga, 35 em Elgoibar, 33 em Barañain, 25 em Leioa, 25 em Antzuola, 25 em Getaria e em Portugalete 250 pessoas assistiram à recepção de Iñaki Ruiz de Gauna, Ruso, recentemente posto em liberdade.
Por outro lado, continuam em Irun os actos de apoio a Iñaki Telletxea, que mantém uma greve de fome desde o passado dia 5 de Setembro em protesto contra a sua possivel expulsão do Estado francês ao Estado espanhol. Segundo informou Askatasuna, já perdeu uns 7 quilos, ainda que se encontre forte tanto física como moralmente. Telletexea, preso em Nantes, finalizará a sua pena no dia 26.
Durante hoje e os próximos dias estão previstas várias manifestações de solidariedade.
Reivindicação de acção armada e saudação a todos os combatentes
Um anónimo reivindicou a colocação dos artefactos explosivos de elaboração caseira debaixo de veículos que se encontravam expostos no concessionário que a marca Renault tem no alto de Armentia, em Gasteiz, "em resposta ao assassinato a mãos do Estado francês, mediante a sua política repressiva, do militante basco Imanol Gómez", explicou.
Os acontecimentos tiveram lugar no passado mês de Julho, sem que se tenha difundido algum dado oficial. "A Polícia espanholista do PNV deu a conhecer a existência de um só artefacto com o objectivo de obter informação sobre a autoria", denunciou o anónimo, que enviou um forte abraço aos familiares de Gómez e expressou o seu "apoio a todos os combatentes que dia a dia arriscam a sua vida pela liberdade de Euskal Herria".
Lukas e Saizar em liberdade
Lukas e Saizar receberam um primeiro acto de recepção em Lezo, em que participaram 60 vizinhos. Depois, retiraram as suas fotografias, do conjunto de fotos dos presos políticos, colocadas na herriko taberna.
Polícia francesa detém Oier Oa
Hoje estão previstas várias mobilizações de protesto contra a prisão do jovem.
Gara.net
Fiscal pede 300 mil euros pela libertação de independentista
Gara.net
quinta-feira, 15 de setembro de 2005
Joseba Sarrionandia
Ao chegar à cabine de visitas, o funcionário disse-lhe:
- Se falam em basco interrompe-se a comunicação.
Esperou um pouco. Chega o filho, delgado, com o cabelo curto, moreno, apesar de tudo, sorridente. Ao sentar-se, põe a mão contra o vidro, com os dedos estendidos; o filho disse algo que a mãe não ouviu. O funcionário, todavia, não pressionou o interruptor que permite que a voz chegue de um lado ao outro.
- Extean zer moduz, ama? (Que tal em casa, mãe?)
Agora sim, ouviu-o:
-Ondo, oso ondo...(Bem, muito bem...)
E parou olhando os lábios do rapaz, movem-se, mas não se ouve nada.
-Fica interrompida a comunicação por falar em basco.
O filho estende novamente os dedos sobre o vidro, a mãe quer dar-lhe a mão, mas não consegue tocar mais que o vidro liso e frio...
Em busca do País Basco
Quem é Joseba Sarrionandia?
Escritor e poeta basco em euskera nascido em Iurreta (Biscaia). Estudou filologia basca e foi professor de fonética na Universidade Nacional à Distância. O seu primeiro livro de poemas foi Izuen Gordelekuen Barrena (Dentro dos esconderijos dos medos). Em 1980 foi detido pela sua militância na ETA e em 1985 fugiu da prisão. Desde então anda fugido pelo mundo escrevendo e mandando livros. A sua influência na literatura em euskera é basilar e muitos dos seus livros foram número um de vendas entre os falantes de basco. Entre as suas obras destacam-se Narrazioak (Narrações), Atabala eta euria (O tambor e a chuva), Ifar aldeko orduak (As horas do norte), Ez gara geure baitakoak (Não somos de nós mesmos), Han izanik hona naiz (Estando ali, aqui estou), Ni ez naiz hemengoa (Eu não sou daqui), Kartzeleko poemak (Poemas da prisão), Marinel zaharrak (Os velhos marinheiros) e Hitzen ondoeza (O mal estar das palavras). É o principal tradutor para castelhano e euskera dos poemas de T.S. Elliot.
E o dia de San Fermin de 1985?
Dia de San Fermin de 1985. Imanol acaba de oferecer um concerto na prisão de Martutene. Horas mais tarde um funcionário dá o aviso ao administrador da prisão: os presos Iñaki Pikabea e Joseba Sarrionandia não voltaram às suas celas. Ambos viajam dentro de uma coluna de som por alguma estrada secundária do País Basco, quem sabe rumo a Iparralde (País Basco norte). Desde a sua fuga só sabemos de Sarrionandia através dos seus livros.
A sua fuga foi imortalizada pela célebre música dos Kortatu "Sarri Sarri" ecoada pelas bocas de centenas de milhar de jovens. Um dia, quando o País Basco for independente e socialista, os milhares de exilados políticos poderão regressar à sua terra.
http://phersu.blogspot.com/2004/08/joseba-sarrionandia-1958.html
whttp://www.epdlp.com/escritor.php?id=2274
http://www.javierortiz.net/Otrasvoces/Sarrionandia.htm
Atropelo aos direitos humanos dos presos bascos
A polémica estalou em pleno Parlamento espanhol com o Partido Popular a acusar o Partido Socialista Obrero Español de ter feito um acordo com o Partido Nacionalista Vasco. Tal acordo incidiria sobre a transferência de todos os presos políticos bascos para as prisões bascas e a sua libertação a partir de 2006 a troco de uma trégua da Euskadi Ta Askatasuna (Pátria Basca e Liberdade). As acusações foram baseadas em notícias que têm vindo a ser veículadas pela comunicação social e obrigaram o Governo de Zapatero a mostrar a sua verdadeira face. Os "socialistas" declararam que não iam suavizar as condições dos presos bascos e que muito menos os iam reagrupar nas prisões bascas.
elmundo.es
Às prisões espanholas, onde abundam os casos de abusos sexuais, falta de higiéne, pragas de ratazanas e falta de condições sanitárias, somam-se os atropelos aos direitos humanos mais elementares, consagrados pelas leis europeias e nacionais, como o direito à prisão junto da área de residência. A maioria dos presos políticos bascos encontra-se a centenas de quilómetros de casa e não vê reconhecida a distinção de preso por motivos políticos.
terça-feira, 13 de setembro de 2005
Estado espanhol quer a paz?
A Memória foi apresentada esta manhã pelo Fiscal Geral do Estado, Cándido Conde-Pumpido no acto de abertura do ano judicial, durante o qual sublinhou que o "extraordinário nível" da eficácia policial e judicial e a acção legislativa dos últimos anos "delibitaram extraordinariamente" a ETA e permitem contemplar esperançados um fim próximo desta modalidade terrorista".]
em elmundo.es
As palavras do Fiscal Geral do Estado roçam o ridiculo. Para além de esquecerem que a ETA e o movimento independentista basco não podem ser derrotados pela repressão policial, militar e judicial, já que são organizações que nasceram do e com o povo basco e que estão enraizadas no seu seio, esquecem que o actual abrandamento de acções da ETA se deve a uma estratégia de tentativa de negociação com vista à conquista da paz, à resolução do problema dos presos políticos e, acima de tudo, à escolha democrática dos cidadãos bascos do seu próprio destino. Estas palavras pretendem lançar o descrédito na política de negociação de paz e legitimar o método repressivo usado pela "acção legislativa dos últimos anos", e ainda usada nesta legislatura, contribuindo para o insucesso das esperanças que se configuram no horizonte do conflito. É preocupante que assim se pense, que perante todos os esforços das organizações bascas para a resolução do conflito as instituições do Estado espanhol continuem a preconizar a via da repressão ao invés de seguirem a via do diálogo. O Movimento de Libertação Nacional Basco não conseguirá manter as portas abertas ao diálogo se não vê do inimigo senão a prisão, a tortura, o autoritarismo e a prepotência.
O movimento independentista já abriu as portas, resta saber se o Estado espanhol continuará a fecha-las e, se as fechar definitivamente, se voltará a mentir acusando a ETA de não pretender a paz.
segunda-feira, 12 de setembro de 2005
Especulação enquanto a luta continua
Vários meios de comunicação social espanhóis especulam, nas suas edições de hoje, sobre os supostos contactos "frutiferos" entre a ETA e o Governo espanhol. Patxi López (PSE) pela sua parte declarou hoje que há "muito boa vontade de todas as partes" para iniciar um diálogo para um eventual processo de paz.
O diário "El Mundo" titula em primeiro plano que a "ETA ultima com o Governo uma trégua para a anunciar nos próximos três meses".
no Gara
Entretanto, no mesmo dia, centenas de pessoas concentraram-se em Bilbau, Gasteiz, Baiona e Donostia para mostrar o seu apoio ao sindicato LAB, cujo Secretário-Geral comparece hoje na Audiência Nacional espanhola, assim como em defesa dos direitos civis e políticos. Participaram representantes sindicais de ELA, LAB, CCOO, ESK, STEE-EILAS, EHNE, ELB e HIRU, para além de dirigentes políticos do Batasuna, EA, Aralar, Zutik e ANV.
no Gara
Polícia espanhol promovido por matar e torturar
Lê aqui como são condecorados e promovidos os que matam e torturam cidadãos bascos
Principais notícias
http://www.gara.net/idatzia/20050912/sek25.php
O ministro espanhol do Interior diz que a organização armada permanece operacional
http://www.gara.net/idatzia/20050912/art129521.php
Relacionam o condutor de um carro abandonado em Auvernia com a ETA
http://www.gara.net/idatzia/20050912/art129522.php
600 pessoas exigiram no sábado, numa manifestação em Lezo, a liberdade de Lukas e Saizar; 80 pessoas recordaram os presos políticos bascos em Otsagabia; Reivindicaram a queima de um contentor em Elorrio; Actos em apoio a Iñaki Telletxea que está em greve de fome; Reivindicam o lançamento de tintas contra o Ayuntamiento de Sopuerta e contra o Posto de Correios e da Telefónica
http://www.gara.net/idatzia/20050912/art129524.php
Joxe Antonio Fernandez, conhecido por "Magila", ex-preso político basco denuncia que o PNV deve mostrar vontade e deixar as palavras para passar aos actos
http://www.gara.net/idatzia/20050912/sek25.php