Euskadi Ta Askatasuna (E.T.A.) remeteu ao jornal Gara um comunicado em que assume, entre outras acções, a colocação no passado dia 12 de Julho de 4 artefactos explosivos contra a central térmica de Boroa, em Zornotza. O atentado foi levado a cabo "a favor do respeito da vontade popular e para denunciar a imposição".
A ETA recorda que os cidadãos de Zornotza "levam anos mostrando a sua postura contrária à central e reclamando que se detenha. Realizou todo o tipo de denúncias e mobilizações. Finalmente, por meio de uma consulta popular, os cidadãos deixaram claro a sua decisão: parar a central".
Para a organização armada, esta vontade não foi cumprida porque "as autoridades autonómicas priorizaram os seus interesses económicos e continuam a engordar os seus obscuros negócios". "Os que como Ibarretxe falam tanto de consulta popular e de respeito pela vontade da cidadania perderam uma imemoravel oportunidade de efectivar as palavras com actos", acrescenta.
A ETA reclama "que se respeite a vontade que expressaram os habitantes de Zornotza através de uma consulta. Se não o fazem, pensaremos que os seus apelos em prol de uma consulta popular não são senão uma fraude. Discursos de fachada". "Os dirigentes de Ajuria Enea responderam com grande alarido à acção da ETA contra a central de Boroa. Se tivessem mostrado metade desse vigor em respeitar a palavra dos zornotzarras, agora estariamos noutra situação. Seguramente, não teriamos tido uma acção da ETA contra a central". No seu comunicado, a ETA reivindica outras quatro acções armadas. No dia 25 de Junho, colocou um carro-bomba no exterior do Estádio de La Peineta (Madrid), "que estava destinado a ser o principal recinto dos Jogos Olímpicos de 2012". A acção foi contra "as infraestruturas e os interesses económicos espanhóis". No dia 22 de Julho explodiu um artefacto contra a empresa Construcciones Intxausti S.A. de Guernica por "negar-se a contribuir com dinheiro a favor da liberdade de Euskal Herria". A ETA assume também a colocação de explosivos no dia 29 de Julho nas estradas A-4 e A-5, perto de Puerto Lápice (Ciudad Real) e Maqueda (Toledo), respectivamente. Estas acções, levadas a cabo durante a Operação Saída, efectuaram-se "contra os interesses turísticos espanhóis".