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quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Mil dirigentes sociais assassinados na Colômbia desde o acordo de paz

No passado dia 21, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz), a Marcha Patriótica e a Cimeira Agrária, Étnica e Popular publicaram uma infografia e uma lista detalhada sobre os mil dirigentes sociais e defensores dos direitos humanos que foram assassinados no país sul-americano desde que foi assinado o acordo de paz entre o governo colombiano e as Forças Revolucionárias Armadas da Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP), em 24 de Novembro de 2016.

O mesmo organismo documentou, em 2020, até ao dia 25 de Agosto, 46 massacres na Colômbia, que provocaram a morte de 185 pessoas. (Abril)

terça-feira, 25 de agosto de 2020

«Com a corda na garganta»

[De Bruno Amaral de Carvalho] Durante praticamente três meses, boa parte das empresas foi obrigada a restringir a sua actividade devido ao novo coronavírus e com parte da população confinada o consumo baixou de forma abrupta. Se os grandes grupos económicos tinham capacidade para aguentar o embate, foram muitos os pequenos e médio empresários que se viram com a corda na garganta frente ao contexto económico imprevisível num mundo à espera de uma saída para a pandemia.

Cinco meses depois do anúncio das primeiras restrições em Portugal, o alívio das medidas de contingência parece ser insuficiente para travar a queda dos números da economia. (vozoperario.pt)

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Alertas e condenações na Colômbia após o massacre de oito jovens

O departamento de Nariño localiza-se no extremo Sudoeste da Colômbia, entre o Equador e os departamentos do Cauca e de Putumayo. Trata-se de uma das regiões com mais problemas de violência associada ao narcocultivo e à disputa de terras, e onde mais dirigentes sociais, defensores dos direitos humanos e indígenas foram assassinados desde a assinatura do acordo de paz, em Novembro de 2016.

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz), entre 1 de Janeiro de 2020 e 13 de Agosto último foram assassinados na Colômbia 185 dirigentes sociais e defensores dos direitos humanos; desde a assinatura do acordo de paz até 15 de Julho deste ano, foram 971. (Abril)

«Quatro vias para o golpe nos EUA»

[De António Santos] A cada novo tweet, Trump levanta um pouco o véu sobre o golpe que está em cima da mesa da sala oval. Vencer a pugna eleitoral respeitando as regras democrático-burguesas está, para já, fora dos planos dos republicanos.
[…]
Joe Biden não é apenas fraco, confuso e lento quando fala. Também o é política e moralmente, no seu percurso tão colado às mesmíssimas opções da administração Trump no favorecimento dos privilégios e das desigualdades, na guerra imperialista e na recusa de conceder ao povo estado-unidense direitos básicos de saúde, educação e habitação. O único mérito facilmente reconhecível em Biden é não ser Trump. E só isso não basta para impedir um golpe. (avante.pt)

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

A pandemia é um bom negócio para os multimilionários nos Estados Unidos

«A crise dupla – de saúde pública e económica – devastou a vida de milhões, mas, para uns quantos multimilionários, a pandemia foi um bom negócio nos Estados Unidos», destaca o diário Granma numa peça ontem publicada.

Segundo a actualização recente dos dados revelados pelo inequality.org, um projecto do Institute for Policy Studies (IPS), entre 18 de Março e os primeiros dias de Agosto, a riqueza total dos multimilionários norte-americanos (os que possuem fortunas superiores a mil milhões de dólares) cresceu 685 mil milhões de dólares. (Abril)

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Governo libanês demite-se mas milhares continuam nas ruas

Ontem à noite, milhares voltaram para as ruas, após o anúncio de demissão do governo, insistindo numa mudança de raiz num sistema político que consideram ineficaz, corrupto e dominado por dinastias e interesses sectários.
[…]
As provocações e os intentos de desestabilização por parte daqueles que acenam com milhões em ajudas para rescontruir Beirute e, de forma neocolonialista, «exigem» reformas no país não passaram por certo despercebidos à resistência – e os seus apoiantes não caíram em tentações.
[…]
A explosão recente, lembra a PressTV, trouxe à tona os muitos males do país, e o caminho para uma «recuperação total» será duro, para lá das «ajudas externas». As divisões são grandes e reais. (Abril)

«Os vírus da pós-democracia do pós-capitalismo»

[De Manuel Augusto Araújo] A epidemia viral instalou-se, fazendo explodir com uma facilidade e uma velocidade inusual formas de vida, realidades sociais, equilíbrios geopolíticos, dogmas económicos.

O distanciamento social, o confinamento obrigatório que preventivamente visou e visa a expansão da pandemia, tanto quanto interrompeu o crescimento económico sem medida nem fim, também trouxe para primeiro plano as desumanas desigualdades sociais. São as classes mais desfavorecidas as mais atingidas pelo contágio e as que mais sofrem económica e psicologicamente com o confinamento pelas condições em que vivem. Além da diferença de recursos financeiros, em que uns navegam no limiar da sobrevivência e outros só são marginalmente atingidos em alguns bens supérfluos, também a pressão psicológica é extremamente diferente numa família de quatro pessoas em isolamento num T1 num edifício urbano e uma com a mesma dimensão a vivê-lo numa moradia com jardim e piscina plantada à beira-mar. (Abril)

Ver tb.: «Mais de 20 países pediram mil milhões de doses da vacina russa contra a Covid-19» (Abril)

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

«As preocupantes previsões da Cepal»

[De Julio C. Gambina] O recente relatório da Comissão Económica para a América Latina e o Caribe aponta um quadro dramático: enorme queda do PIB, enorme aumento do desemprego e da pobreza. A recessão derivada da Covid-19 junta-se aos desastrosos resultados das políticas neoliberais, nomeadamente as impostas pelo FMI, e também ao impacto da guerra aberta dos EUA contra qualquer política progressista no continente. (odiario.info)

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Uma crise de despejos sem precedentes pode atingir em breve os EUA

Com as moratórias sobre despejos a expirarem e o fim dos cheques de apoio aos desempregados, muitas famílias não conseguem pagar as rendas e enfrentam o risco de serem expulsas de suas casas.

Na primeira semana deste mês, um em cada três inquilinos não conseguiu pagar por completo a renda do seu apartamento, segundo uma revelou a Apartment List. «Não é nada que alguma vez tenhamos visto», disse John Pollock, coordenador da National Coalition for a Civil Right to Counsel, um movimento sediado em Baltimore que defende o direito de todos os cidadãos à assistência jurídica, na defesa dos seus direitos fundamentais. (Abril)

terça-feira, 28 de julho de 2020

Bilionários brasileiros juntaram mais 34 mil milhões de dólares na pandemia

Enquanto as grandes fortunas crescem, 40 milhões de pessoas devem ficar desempregadas na América Latina em 2020. Só no Brasil, mais de 600 mil micro, pequenas e médias empresas fecharam as portas.
[…]
Como o ministro não falou em tocar nas grandes fortunas, lucros e dividendos, Katia Maia sublinhou que os interesses da maioria continuam a não ser considerados. «Ninguém parece ter a intenção de tocar nos privilégios dos mais ricos, que nunca pagaram uma parte justa de impostos. É como se a maioria da população não tivesse o direito a uma vida digna», denunciou. (Abril)

A dura luta dos trabalhadores indianos em tempos de pandemia

Com a entrada em vigor do confinamento (lockdown) a 25 de Março, milhões de trabalhadores, dependentes de rendimentos diários e que se viram sem trabalho, tentaram sair de grandes cidades como Déli, Mumbai, Chennai e Calcutá, entre outras, e regressar às suas terras.

No entanto, uma pequena parte decidiu ficar nas cidades, onde, mesmo já com as restrições da quarentena e a diminuição a pique na oferta de trabalho, conseguiram ir arranjando empregos precários para ganhar algumas rupias. (Abril)

sábado, 25 de julho de 2020

«A covidização do capitalismo»

[De António Santos] A digitalização que aí vem é o corolário histórico da financeirização da economia pelo capital fictício e monopolista. A digitalização que aí vem abre a porta a níveis nunca antes vistos de automação porque cria as condições técnicas e políticas para o controlo social de milhões de «inúteis» finalmente afastados dos cada vez mais complexos e frágeis circuitos globais de mercadorias por onde se espalhou o coronavírus.

Se for conduzido pelos que hoje detêm o poder político, o processo de digitalização e automação em curso tornará o mundo mais desigual ainda. Se for conduzido pelos de sempre, servirá para melhor controlar e reprimir os que não têm poder, contribuirá para aprofundar a destruição dos recursos naturais do planeta e acelerar as mudanças climáticas que ameaçam a vida na terra. (vozoperario.pt)

quarta-feira, 15 de julho de 2020

«Fidel Castro, ¿qué se encontró al triunfo de la Revolución?», acessível em pdf

A realidade com que Fidel se deparou no triunfo da Revolução, em 1959, é muito distante do «salão de jogos, festas e luxos» que alguns queriam vender como postal de Havana e da Ilha.

«Do malecón habanero, a cidade mostrava a sua melhor cara, enfeitada com uma fita luminosa. Mais atrás escondia-se a penúria e a miséria mais dolorosa. A tragédia do mundo rural expressava-se em textos de escritores e em estúdios de investigadores das mais variadas tendências ideológicas. Eram as crianças raquíticas, devoradas pelos parasitas, os adultos consumidos pela tuberculose».

«Quando vieram a Havana, em 1959, desdentados e macilentos, em muitos casos, habitantes de uma ilha comprida e estreita não tinham visto o mar nem sabiam o que era a electricidade. Pesava sobre eles o analfabetismo, a desprotecção sanitária, a sujeição à interminável cadeia de arrendatários, subarrendatários, à ausência de caminhos para vender o resultado das suas pobres colheitas. Não conheciam o cinema e, muito menos, a televisão», lê-se na obra. (Abril)

terça-feira, 14 de julho de 2020

Quase 10 milhões de crianças podem abandonar a escola por causa da Covid-19

Uma ONG estima que, no final deste ano, 9,7 milhões de crianças «podem ver-se obrigados a abandonar a escola para sempre», em função do aumento da pobreza e dos cortes orçamentais associados à pandemia.

Inger Ashing também se mostrou preocupada com o facto de a crise orçamental – que irá aprofundar o défice no sector da Educação – «gerar ainda maior desigualdade entre ricos e pobres, e entre rapazes e raparigas», indica a Xinhua.

O abandono escolar irá empurrar muitas crianças para o trabalho infantil e a exploração, alerta a ONG. No caso das meninas e raparigas adolescentes, existe ainda o risco acrescido da violência de género, do matrimónio infantil e da gravidez prematura. Riscos que diminuem de forma substancial com a frequência escolar. (Abril)

quinta-feira, 2 de julho de 2020

«A "nova normalidade" é mais miséria e exploração»

[De Giovanni Frizzo] É preciso, cada vez mais, compreendermos que o desmonte do serviço público significa a destruição de direitos sociais do povo trabalhador. Cada privatização realizada pelos governos subordinados aos grandes ricos, representa perda de direitos e condições de vida da imensa maioria da população. […] A vida do povo trabalhador nunca é prioridade para quem está à serviço do mercado capitalista.
[…]
No máximo, talvez, nos acostumaremos a usar máscaras ao sair à ruas. De resto, a nova normalidade é mais miséria e exploração. (PCB)

terça-feira, 30 de junho de 2020

«Colômbia. A guerrilha fundada por padres não desiste das armas»

[De Bruno Amaral de Carvalho] Em entrevista exclusiva ao Contacto, um dos principais líderes do Exército de Libertação Nacional fala sobre um dos mais antigos conflitos armados no mundo. O processo de paz com as FARC, a cobrança de impostos aos narcotraficantes e a relação com a Venezuela são alguns dos temas abordados.

A região do Chocó é uma das zonas mais pobres da Colômbia e também uma das mais violentas. É a partir daqui que o comandante Uriel fala em exclusivo ao Contacto sobre a guerra que aquele país vive há mais de meio século. Com cerca de 40 anos, dirige centenas de combatentes do Exército de Libertação Nacional (ELN), uma das mais antigas guerrilhas do mundo, que é considerada organização terrorista pela União Europeia. Apesar de ter crescido no seio de uma família católica da classe média alta, há duas décadas, decidiu trocar a certeza de uma vida confortável pela luta na selva. (wort.lu)

domingo, 28 de junho de 2020

«Não há dinheiro?» Taxem-se os paraísos fiscais, os dividendos e a especulação

No final de uma semana de luta para defender «a saúde e os direitos» dos trabalhadores, a secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, destacou a realização de centenas de acções, em todos os sectores e regiões. A central sindical exige o lay-off pago a 100%, a proibição dos despedimentos e o aumento geral dos salários e sugere três novas taxas sobre a riqueza, as empresas e a bolsa.

Na intervenção que rematou o desfile de quinta-feira em Lisboa, a dirigente denunciou os ataques que têm sido dirigidos contra os trabalhadores, afirmando que estes três meses e meio de surto epidémico do novo coronavírus vieram revelar «de forma mais clara a necessidade de alterações profundas» deste sistema económico. (Abril)

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Pobreza pode atingir um quarto da população em Espanha

O relatório mais recente da ONG Oxfam Intermón, publicado na terça-feira com o título «Uma reconstrução justa é possível e necessária», prevê um aumento severo da desigualdade em Espanha e estima que, na sequência da crise associada à pandemia, haja mais 700 mil pessoas em situação de pobreza.

A Extremadura é, segundo as estimativas da Oxfam, uma das comunidades mais afectadas pelos impactos económicos e sociais da crise sanitária. Assim, o estudo situa a comunidade autónoma extremenha como a mais desigual em termos de rendimentos num cenário pós-Covid-19, com uma variação percentual de 7,43 e à frente das Canárias, da Andaluzia e de Castela-Mancha, onde se regista também um grande aumento da desigualdade. (Abril)

terça-feira, 23 de junho de 2020

Comunistas indianos exigem medidas urgentes para defender o povo da miséria

O PCI(M) estima que 150 milhões de pessoas tenham perdido o seu posto de trabalho durante a fase de quarentena, juntando-se ao já elevado número de desempregados no país asiático. «Uma parte importante do nosso povo perdeu todos os meios de subsistência», destaca o PCI(M) numa nota a propósito da jornada de mobilização.

Os comunistas acusam o governo nacionalista hindu liderado pelo Partido Janata Bharatiya (BJP) de ter metido a população mais desfavorecida numa armadilha ao decretar a quarentena sem anunciar medidas que compensassem as perdas dos trabalhadores.

Milhões foram obrigados a abandonar as grandes cidades e tiveram de percorrer centenas de quilómetros na tentativa de chegar às suas aldeias. Dezenas morreram pelo caminho, sem transportes e qualquer apoio das autoridades. (Abril)

sábado, 20 de junho de 2020

Pobreza extrema pode atingir 83 milhões na América Latina e Caraíbas

Entre a população mais vulnerável na América Latina e Caraíbas, 83,4 milhões de pessoas poderão passar para a situação de pobreza extrema ainda em 2020, em resultado dos impactos da pandemia do novo coronavírus. A estimativa é apresentada num relatório conjunto da Comissão Económica para a América Latina e as Caraíbas (Cepal) e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), publicado esta semana.

A situação no Brasil: A propósito da publicação do relatório, o portal Brasil de Fato afirma que «com alto índice de desemprego, redução drástica de renda e registando números recorde de mortes e infecções pela Covid-19 semana após semana, o contexto brasileiro é grave», acrescentando que a fome deixou de ser uma «ameaça apenas para as periferias», para se tornar, a cada dia, «uma realidade nacional». (Abril)