Mostrar mensagens com a etiqueta cinema. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta cinema. Mostrar todas as mensagens

sábado, 8 de agosto de 2020

Festival do Novo Cinema Latino-americano mantém a identidade

O 42.º Festival Internacional do Novo Cinema Latino-americano vê-se desafiado pelos tempos da Covid-19, mas sem modificar a sua essência. O presidente do evento, Iván Giroud, defende que a pandemia evidenciou a necessidade do ser humano de sociabilizar, o desejo de nos encontrarmos, e o cinema torna-se o espaço ideal para partilhar.

«A ideia de um festival totalmente virtual é impossível por muitas razões, nomeadamente porque não se pode danificar a vida natural das películas, mesmo que vivamos num quadro excepcional», explica. «Além disso, o público é que dá a dimensão real ao Festival de Havana, e uma coisa é ver um filme nas plataformas, outra vê-lo pela televisão e algo diferente vê-lo no cinema», defende Giroud, que caracteriza a última experiência como única. (Abril)

domingo, 10 de maio de 2020

«As Armas e o Povo: ontem como hoje»

[De Tiago Baptista] As Armas e o Povo tocou profundamente quem o viu agora pela primeira vez ou quem o redescobriu nesta nova cópia. A experiência televisiva do filme recordou-nos o poder maravilhoso do cinema e de todas as coisas que se fazem em conjunto, ontem como hoje.

Exemplo brilhante do cinema militante europeu e latino-americano dos anos 70, o filme tem a dupla intenção de registar um presente com dimensão histórica e de estimular quem o visse a perceber que esse presente precisava de todos para se tornar futuro. (Abril)

terça-feira, 7 de abril de 2020

«Imajina daitekeenaren mugak» [Los límites de lo imaginable]

[De Paul Beitia] Basakeriaren erdian eta, itxura guztien arabera, berari jarraituko dion krisi ekonomiko berri baten atarian, kosta egiten da imajinatzen nola aterako garen honetatik. Gero eta benetakoagoa da Jamesonek zioen hura: aiseago imajina dezakegula, alegia, munduaren amaiera, kapitalismoaren amaiera baino. Imajina daitekeenaren muga horiek, bistan da, kapitalismoaren erabateko nagustiasunaren ondorio dira.

Dominazio-formarik eraginkorrenetakoa da irudimen politikoa mugatzea: sinestaraztea gizarte kapitalista dela aukera politiko bakarra, perfektua ez izanda ere, imajina daitekeen eta posible den aukera bakarra dela. Hartatik kanpo ez dago beste aukerarik imajinatzerik eta gauzatzerik; beste aukera hoberik ez behintzat. «Errealismo kapitalista» deitu zion Mark Fisherrek, baina, funtsean, kosmobisio burgesa da, kapitalaren hegemonia kultural erabatekoa. (gedar.eus)

[CAS: En medio de esta barbarie y en vísperas de una nueva crisis económica que, según todos los pronósticos, le seguirá, cuesta imaginar cómo saldremos de esta. Cada vez se vuelve más real la frase de Jameson, esa que decía que es más fácil imaginar el fin del mundo que el fin del capitalismo. Los límites de lo imaginable son, evidentemente, consecuencia del dominio absoluto del capitalismo.

Limitar la imaginación política es una de las formas más efectivas de dominación: hacer creer que la sociedad capitalista, aunque no sea perfecta, es la única opción política, imaginable y posible. Más allá de ella no hay ninguna alternativa ni concebible ni realizable, al menos ninguna alternativa mejor. Mark Fisher lo llamó «realismo capitalista», pero se trata esencialmente la cosmovisión burguesa, la hegemonía cultural absoluta del capital.]

sábado, 21 de março de 2020

«J'Accuse»

[De Manuel Augusto Araújo] Nos tempos pós-modernos Zola teria sido passado a ferro. Teria muitos intelectuais ao seu lado mas sem a força e muito menos a unidade com que se fizeram ouvir no caso Dreyfus.
[…]
Transponha-se a carta de Zola e o manifesto que a carta promoveu para a actualidade. A maioria da comunicação social mainstream, ignorá-los-ia.
[…]
Se Zola fosse vivo, não temos dúvidas que escreveria um J’Accuse denunciando a perseguição a Julian Assange ou a Peter Handke. (Abril)

quarta-feira, 18 de março de 2020

«Xeque-mate»

[De Anabela Fino] Considerado o «último portador do estandarte de Ingmar Bergman», um dos nomes maiores do cinema de todos os tempos, Max von Sydow ficará para sempre ligado ao filme Det sjunde inseglet (O Sétimo Selo, em português), escrito e dirigido por Bergman, em que interpreta um cavaleiro que volta da Cruzada da Fé e encontra a sua terra sob a peste e a morte. Deparando-se com a personificação da morte, o cavaleiro propõe-lhe uma disputa de xadrez, para ganhar tempo e indagar sobre o sentido da vida e, logo, o sentido da morte, justamente o tema do filme. À morte ninguém escapa, mas o homem que joga com a morte ganha tempo para uma família de artistas poder fugir e sobreviver.

Em tempo de barbárie, é reconfortante este simbólico xeque-mate da arte à morte. (avante.pt)

sábado, 28 de dezembro de 2019

Ciclo de cinema cubano homenageia triunfo da Revolução

No âmbito das comemorações do 61.º aniversário do triunfo da Revolução, em 1 de Janeiro de 1959, o Instituto de Arte e Indústria Cinematográficas – ICAIC está a projectar, nas salas do cinema Multicine Infanta, em Havana, materiais cinematográficos que se centram na luta de Cuba pela independência, na fase da luta revolucionária contra a ditadura de Batista, bem como na etapa imediatamente posterior ao triunfo da Revolução.

O ciclo teve início no passado dia 25, com a projecção do documentário Esta es mi alma, de Rigoberto López (1988), e da longa-metragem La primera carga del machete, realizada por Manuel Octavio Gómez (1968), e prolonga-se até 5 de Janeiro, segundo informam o diário Granma e a Prensa Latina. (Abril)

sábado, 20 de abril de 2019

«Chaplin: o cinema e a necessidade de transformar o mundo»

[De Lúcia Gomes] Não foi por acaso que durante muitos anos Chaplin foi apontado como um perigoso subversivo pelo governo norte-americano e, claro, por McCarthy, o caçador de bruxas, que não deixou, obviamente, de ser caricaturado nos seus filmes. Suspeito de ligações ao Partido Comunista, que Chaplin sempre negou (restará saber a verdade), a verdade é que a sua visão da classe trabalhadora nunca deixou de ser assustadoramente incisiva. (manifesto74)

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

«La historia de Cuba inspira»

[De Ramiro Valdés Menéndez] La entrega a la Revolución, pasando por encima de todos los riesgos, de todos los inconvenientes… las dificultades de todo tipo curten a los hombres, a los revolucionarios y a las nuevas generaciones en el ejemplo de las generaciones anteriores (Granma)

«Clássicos do cinema cubano num ciclo de homenagem à Revolução»
No âmbito do ciclo especial «Nuestro cine, cronista de la Revolución cubana», criado pelo ICAIC, serão exibidos no cinema Multicine Infanta, em Havana, e nas principais salas do país caribenho materiais cinematográficos que se centram na luta contra a ditadura de Batista, bem como na etapa imediatamente posterior ao triunfo da Revolução, em 1 de Janeiro de 1959. (Abril)

domingo, 4 de novembro de 2018

«Una espléndida sorpresa: "Un día más con vida"»

[De Ángeles Maestro] Han estrenado una película extraordinaria: «Un día más con vida». Se basa en el libro del mismo título escrito por el comunista polaco y reportero Ryszard Kapuscinski.

Narra con una maestría difícil de igualar, mediante una inteligente combinación de animación y documental, los meses anteriores a la declaración de independencia de Angola en 1975.

Sin ninguna pretensión de equidistancia, la película expone mediante la figura del reportero y su relación con el MPLA en la primera línea de fuego, las incontestables razones de un pueblo que lucha por su soberanía y contra el imperialismo de EE.UU. y sus esbirros en la zona: UNITA y Sudáfrica.

La intervención de Cuba que se inicia por esas fechas1, determinante para la victoria del MPLA y para la correlación de fuerzas en todo el continente africano, aparece claramente definida con una intervención pública de Fidel Castro emblemática: «Cuba no busca en Angola, ni petróleo, ni diamantes. Cuba está llevando a cabo allí una tarea ineludible de solidaridad internacionalista».

Belleza, rigor histórico y calidad técnica, una fusión poco frecuente al servicio de la lucha anti-imperialista.

Una película absolutamente recomendable. (redroja.net)

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

«Raiva»

[De Anabela Fino] Em meados dos anos 90 do século passado, Manuel da Fonseca escreveu a história do Alentejo a partir de um episódio verídico ocorrido cerca de vinte anos antes e que deu brado na imprensa: o assassinato de um agrário e do seu filho por um trabalhador agrícola. Chamou-lhe Seara de Vento. Obra emblemática do grande escritor comunista e do neo-realismo português, nela está plasmada a repressão sem medida, a humilhação mais abjecta, a exploração sem freios que os latifundiários, com a benção do clero e das forças policiais do fascismo, infligiam ao operariado agrícola alentejano e aos pequenos camponeses, bem como a miséria e a fome nos campos do Sul que Salazar dizia ser o «celeiro da nação». Uma obra onde perpassa ainda a corajosa luta clandestina dos que ganhando consciência de classe aprendiam que «um homem só não vale nada».
[…]
Quando por toda a parte a besta fascista volta a levantar a cabeça sem subtilezas e nos EUA se anuncia a reabertura oficial da corrida às armas nucleares, a Raiva que Tréfaut foi buscar à Seara de Vento ganha uma actualidade acutilante. Lembra-nos, sem o dizer, que um homem só não vale nada. (avante.pt)

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

«2018, Ano Marx (IX) / Do Último Samurai ao Manifesto Comunista»

[De Maurício Castro] Foi György Lukács que, no seu trabalho «Marx e o problema da decadência ideológica» (1938), batizou com o nome de ‘anticapitalismo romántico’ o desenvolvimento dos referidos socialismos «feudal» e «clerical», esboçados por Marx no Manifesto e que o próprio Lukács sintetizará como a soma de umha ética de esquerda e umha epistemologia de direita.

Na verdade, tanto Marx como Lukács explicárom como essa reaçom anticapitalista tinha umha componente aristocrática, da parte da classe despojada dos seus privilégios pola ascendente burguesia. Porém, na epígrafe seguinte do Manifesto a que acima figemos referência alude também ao «socialismo pequeno-burguês» para explicar a posiçom de setores da pequena burguesia desfavorecidos polo desenvolvimento do capitalismo e que, em aliança com o pequeno campesinato, defendem as tradiçons agrícolas e oponhem-se ao desenvolvimento industrial. O próprio Marx cita o economista Jean de Sismondi como referente teórico desses socialistas románticos que, analisando as conseqüências dissolventes da sociedade antiga realmente decorrentes da produçom moderna, aspiram à utopia reacionária de regressar ao regime de produçom anterior.

Ambas as correntes utópicas a que aludimos tivérom continuidade, metamorfoseadas, até hoje. / VER: sermosgaliza.gal