[De Maurício Castro] Foi György Lukács que, no seu trabalho «Marx e o problema da decadência ideológica» (1938), batizou com o nome de ‘anticapitalismo romántico’ o desenvolvimento dos referidos socialismos «feudal» e «clerical», esboçados por Marx no Manifesto e que o próprio Lukács sintetizará como a soma de umha ética de esquerda e umha epistemologia de direita.
Na verdade, tanto Marx como Lukács explicárom como essa reaçom anticapitalista tinha umha componente aristocrática, da parte da classe despojada dos seus privilégios pola ascendente burguesia. Porém, na epígrafe seguinte do Manifesto a que acima figemos referência alude também ao «socialismo pequeno-burguês» para explicar a posiçom de setores da pequena burguesia desfavorecidos polo desenvolvimento do capitalismo e que, em aliança com o pequeno campesinato, defendem as tradiçons agrícolas e oponhem-se ao desenvolvimento industrial. O próprio Marx cita o economista Jean de Sismondi como referente teórico desses socialistas románticos que, analisando as conseqüências dissolventes da sociedade antiga realmente decorrentes da produçom moderna, aspiram à utopia reacionária de regressar ao regime de produçom anterior.
Ambas as correntes utópicas a que aludimos tivérom continuidade, metamorfoseadas, até hoje. / VER: sermosgaliza.gal
quinta-feira, 27 de setembro de 2018
«2018, Ano Marx (IX) / Do Último Samurai ao Manifesto Comunista»
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