De acordo com os documentos mostrados pelos militares russos – alguns dos quais foram desclassificados para esta ocasião –, o míssil foi fabricado na região de Moscovo em 1986, tendo seguido a 29 de Dezembro desse ano para a unidade militar 20152, localizada na então República Soviética da Ucrânia. E nunca foi transportado de volta para a Rússia, indica a RT.
A unidade é hoje o 223.º regimento de defesa anti-área das Forças Armadas Ucranianas e participou na ofensiva contra as forças antifascistas da região do Donbass, no Leste do país, em Junho de 2014, disse o general Parshin.
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Também na conferência de imprensa desta segunda-feira, os militares russos apresentaram uma gravação em áudio de comunicações entre militares ucranianos e que, em seu entender, prova o envolvimento da Ucrânia no abate do MH17.
Uma das vozes que a gravação, obtida em 2016 na região de Odessa, permite ouvir é, de acordo com os militares russos, a do coronel Ruslan Grinchak, integrado numa brigada responsável pelo controlo de radar do espaço aéreo ucraniano, na zona do Donbass, onde ocorreu o abate do avião.
Grinchak discute o risco de voar sobre o espaço aéreo da Ucrânia e, no meio de várias queixas, afirma que, se as restrições não forem respeitadas, «nós fodemos outro Boeing malaio». (Abril)