No vídeo divulgado na quinta-feira passada, Nubia Capote, repórter da TVS Pueblo, acompanha a Rede de Fiscalização de Supermercados na Venezuela e mostra como há produtos com os preços «extremamente caros» e sem «preços «regulados», ou seja, tabelados de acordo com as normas estabelecidas pelo governo venezuelano no âmbito do Plano de Recuperação Económica.A cadeia Central Madeirense tem sido alvo de múltiplas denúncias e, no vídeo, tenta-se mostrar a razão de ser disso. No supermercado de La Urbina, em Caracas.
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O tom das declarações de Arreaza foi diplomático e conciliador. Já o do ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, fez lembrar o de outros agentes da União Europeia ou da Organização de Estados Americanos, que se dirigem ao país sul-americano num tom claro de ingerência.
O diplomata português arrogou-se ainda o direito de tecer considerações sobre as medidas económicas de um Estado soberano, afirmando que os portugueses e lusodescendentes foram detidos «por incumprimento de uma lei que é impossível de cumprir» e que são «objecto de iniciativas da parte das autoridades venezuelanas que põem em perigo a sua subsistência».
Parece escapar-lhe a parte da soberania venezuelana, do direito do governo bolivariano tomar as decisões que melhor sirvam os interesses do seu povo, e passar-lhe ao lado o relativo ao facto de os cidadãos em causa – portugueses e lusodescendentes – serem acusados por alegadamente terem cometido crimes pelos quais outros cidadãos venezuelanos têm estado a ser detidos e formalmente acusados. (Abril)




