sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Fundación Pakito Arriaran: «A 32 años del asesinato en combate de Pakito Arriaran»

«En setiembre de 1984, hubo una fuerte invasión. El mismo día en que se iba a canjear a un grupo de lisiados del FMLN por oficiales del Ejército. Esta ofensiva nos obligó a esconder a los lisiados en una cueva y, entre ellos, a Pakito. Pasar una ofensiva enemiga en un refugio así es de lo más horrible que puede haber en esta guerra; uno se siente en una trampa.»
[...]
«El enemigo se acercó y Pakito hizo esfuerzos por retirarse, pero sus muletas se habían roto al entrar en el charral. Tenía una pistola 22 y dos granadas; una no estalló, la otra sí. Después de la invasión encontramos su cuerpo, hecho pedazos, a unos doscientos metros del lugar donde lo había dejado la escuadra de seguridad. El cráneo simplemente no existía, tampoco las manos. El pecho estaba lleno de ráfagas. Al parecer los soldados le gritaron que se rindiera: "Con tu pistolita no vas a hacer nada". Como muchos otros, Pakito había entendido que Revolución o Muerte no era sólo una consigna.

Sabiendo que llevaba en su memoria información estratégica para el pueblo, ¿cómo podía dejarse capturar?»

Fue el 30 de setiembre de 1984 cuando sucedió, aunque en Euskal Herria (País Vasco) la noticia se conociera casi un mes más tarde, mediante un comunicado en el que ETA reivindica la figura de Pakito Arriaran y su militancia en esta organización y subraya «el orgullo de haberle contado entre nuestras filas». / LER: lahaine.org

«Perante o referendo na Catalunha, não vamos beber nas fontes da legalidade, mas sim nas da legitimidade»

[De Nines Maestro / entrevista já aqui publicada em castelhano] O risco para esquerda independentista é ver-se açudada em meio das duas ambiguidades interessadas. Por um lado a ambiguidade da burguesia catalã, que se viu na Diada (embora essa jornada tenha sido histórica e expressado a vontade legitima de um povo), que nega o social e teme (sem exageros) as CUP. E por outro lado a ambiguidade de Colau, que quer dividir o campo nacional, quando nada faz pelo social já que não se opõe à EU e ao euro. Que está na base de todos os cortes.

Este tema é a chave de todos os povos do estado espanhol e de toda a Europa: não traz soberania, nem alternativas políticas no seio da EU e do euro. A bandeira de antepor as necessidades sociais, a reversão a mãos públicas das privatizações e a recuperação dos serviços e direitos arrebatados a qualquer objectivo de défice ou de pagamento da dívida é comum e abre importantes espaços de coincidência. Claro, que esta reivindicação é totalmente ignorada pelos «comuns» tão preocupados — dizem eles — com o social.

Perante tantas ambiguidades, a Red Roja, em apoio aos nossos aliados da esquerda independentista, afirma perante o referendo da Catalunha que não vamos beber a fontes da legalidade mas sim às da legitimidade e o povo catalão é soberano para conquistar a sua independência (seja legal ou não segundo a legalidade do regime de transição que recusamos, como herdeiro do fascismo). Assim desejamos muita força aos companheiros e companheiras da esquerda independentista neste processo. (odiario.info)

Manlio Dinucci: «PsyOp: Operación Siria»

El Departamento de Defensa de Estados Unidos define las operaciones psicológicas (PsyOp) orquestadas por las unidades especiales y los servicios de inteligencia estadounidenses como «operaciones planificadas para influir, mediante determinadas informaciones, sobre las emociones y motivaciones y por consiguiente sobre el comportamiento de la opinión pública, organizaciones y gobiernos extranjeros, para inducirlos o fortalecer actitudes favorables a los objetivos previamente estipulados».
(...)
Un objetivo fundamental de esta operación psicológica consiste en demonizar al presidente Assad –como ya se hizo anteriormente con Milosevic en Serbia y con Kadhafi en el caso de Libia– presentándolo como un dictador sádico que disfruta bombardeando hospitales y exterminando niños con ayuda de su amigo Putin –a quien se describe como el neo-zar de un renaciente imperio ruso.

Con ese fin se presentará en Roma, a principios de octubre y por iniciativa de varias organizaciones «humanitarias», una exposición fotográfica financiada por la monarquía absoluta imperante en Qatar y ya presentada en la sede de la ONU en Nueva York y en el Museo del Holocasuto de Washington por iniciativa de Estados Unidos, Arabia Saudita y Turquía. (redroja.net)

CGTP-IN - 46 anos com os trabalhadores

A 1 de Outubro de 1970 nascia a central sindical de classe Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN).

Aniversário da CGTP-IN: históriaVídeo comemorativo do aniversário da CGTP-IN, publicado a 30/09/2014. / Mais info: cgtp.pt

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Askapena: «Fechem o campo de tiro das Bardenas! Não à NATO»

Mais uma vez, militares da NATO realizam manobras militares no campo de tiro das Bardenas. Desta vez, é o Exército espanhol que utiliza as nossas terras, roubadas por Franco há já muitos anos e entregues à maior organização terrorista do mundo, a NATO.

Não é por acaso que, nos últimos anos, se têm intensificado as manobras militares das potências imperialistas integradas na NATO, quando o tabuleiro mundial se tornou perigosamente instável, devido à política intervencionista dos Estados Unidos, apoiada pela União Europeia e os países-membros da Aliança Atlântica. Os aviões da aliança criminosa que sobrevoaram os céus da Síria, Líbia, Iraque, Afeganistão, Sérvia... treinaram-se nas Bardenas, para manter a sua hegemonia mundial e ficar com os ricos recursos naturais que há nesses países.

Por questões ambientais, de soberania popular em Euskal Herria e, sobretudo, por solidariedade internacionalista com os povos que lutam contra o imperialismo, é urgente o desmantelamento da base militar da NATO nas Bardenas. Assim, a Askapena compromete-se a mobilizar-se perante qualquer agressão imperialista em qualquer parte do mundo e a trabalhar pelo desmantelamento do campo de tiro, para deixar de ser cúmplice dessas intervenções. Construir uma Euskal Herria internacionalista é o maior contributo que a Askapena pode dar aos povos invadidos e destruídos pelo império. / Ver: askapena.org

LAB: «PNV e Deputação biscainha deviam defender os trabalhadores»

Delegados sindicais do LAB de diversos sectores de actividade e vários locais de trabalho da Bizkaia mobilizaram-se ontem, 28, frente à Deputação Foral da Bizkaia, em Bilbo, sob o lema «Prekarietateari STOP! Aldundia eta EAJ errudun» [Stop à precariedade! Deputação e PNV responsáveis], para denunciar o modelo de relações laborais que o PNV promove na Bizkaia.

O LAB afirma que esse modelo se baseia em duas premissas:
- a aceitação e estrita aplicação da reforma laboral espanhola, pelo simples facto de que isso beneficia o patronato, precarizando as condições de trabalho e de vida dos trabalhadores;
- a aceitação das políticas de austericídio e, juntamente com isso, o fomento de uma política de privatizações, cortes, degradação e precarização laboral dos serviços públicos.

Para o LAB, a atitude da Deputação Foral da Bizkaia é «especialmente grave» nos serviços públicos da sua responsabilidade, e dá como exemplo o caso do Guggenheim e dos lares de terceira idade, que são privatizados, deixados nas mãos do capital privado, que lucra à custa do dinheiro público. Claro que, nesta equação, entra a precarização das condições de trabalho e a degradação do serviço prestado, denuncia o LAB.

Relativamente aos despedimentos no Museu Guggenheim, o sindicato critica a Deputação Foral por não fazer «absolutamente nada» e por «faltar à verdade» no conflito que existe nos lares, «atrevendo-se a sugerir que a falta de qualidade no atendimento (...) se deve à negligência dos funcionários». Na realidade, afirma o LAB, «o problema é a falta de investimento público e a sede de lucro das empresas adjudicatárias».

Em vez de os insultar, tanto o PNV como a Deputação Foral da Bizkaia, «deviam pôr-se do lado dos trabalhadores e não do patronato», defende o LAB. / Ver: LAB

Movimento pró-Amnistia: «Incendeiam a cela de Aletxu Zobaran»

[Em castelhano] El pasado domingo, 25 de septiembre, varios presos de la cárcel de Valence se amotinaron, quitando las llaves de las celdas a los carceleros y haciéndose con el control de dos plantas de la parte central de la cárcel durante varias horas.

Los presos amotinados, valiéndose de las llaves, comenzaron a abrir y a dar fuego a las celdas, entre ellas a la del preso político vasco Aletxu Zobaran, junto con la que también quedaron calcinadas todas sus pertenencias.

Hay que destacar que ninguno de los dos presos políticos vascos que hay en la cárcel de Valence (Aletxu Zobaran e Ibon Goieaskoetxea) se encontraba en ese momento en el lugar en el que se produjo el motín, puesto que ambos llevan 51 días en celdas de castigo y sin aceptar visitas para denunciar el hecho de haber sido alejados del lugar de residencia de sus familiares y el de que el Estado francés esté incidiendo en la dispersión entre los presos políticos. / LER: amnistiAskatasuna

«A Carolina do Norte - Dois pesos e duas medidas»

[De António Santos] Sempre que nos EUA uma cidade explode de raiva, os principais órgãos de comunicação social vêm chorar as montras partidas, os caixotes de lixo injustamente incendiados, o papel higiénico roubado das lojas... Ficasse Charlotte na Venezuela e estava pintado um bonito quadro de legítima revolta popular, contra a escassez de produtos básicos e um regime; fosse em Cuba e já haveria Organizações Não-Governamentais a organizar concertos e campanhas pela libertação dos presos políticos durante os protestos; fosse a Carolina do Norte a Coreia do Norte e choveriam notícias sobre a brutal ditadura que usa o exército para reprimir e matar o seu próprio povo. (avante.pt)

«Foreign Advisors 'Helping Terrorists Keep Aleppo Under Siege'» (sputniknews)
Paradoxically, the United States, its allies and the Western media blame Moscow for what is happening in Aleppo when in fact it is the terrorists who have taken one of the largest cities in Syria hostage and advisors from Israel, Qatar, Turkey and the United States are helping them, Italian journalist and former MEP Giulietto Chiesa told Sputnik.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Educadores do Guggenheim pedem solidariedade e denunciam «mcdonaldização» da arte

Os educadores do conhecido museu bilbaíno continuam a lutar pelos seus postos de trabalho. Hoje, emitiram um comunicado em que pedem à comunidade artística, de que fazem parte, um gesto de apoio, por forma a divulgar «a injustiça que é o despedimento de todos os funcionários a 30 de Setembro».

Os trabalhadores sublinham que «a decisão foi tomada de forma unilateral e sem negociações tanto pelo Museu Guggenheim como pelo Governo de Lakua, a Deputação Foral da Bizkaia e o Município de Bilbo, como consequência da greve que levaram a cabo a 28 de Julho em defesa da dignificação do seu trabalho».

Definindo-se a si mesmos como «18 pessoas, artistas, historiadores, apaixonados pela arte, com ampla formação», afirmam que «realizam há vários anos, no museu, um trabalho que (...) é fundamental em qualquer instituição cultural: aproximar a arte das pessoas».

Referem-se ao «titânio» como «mera fachada» e dizem que, enquanto educadores do museu, sofrem «a mais absoluta precariedade» e «condições de trabalho que estão longe de ser excelentes». A este propósito, afirmam que se vive no âmbito dos museus um «momento sem precedentes», em que se «perdeu o respeito pelo trabalhador cultural», que é para «usar e deitar e fora».

Em simultâneo, destacam as várias greves e mobilizações que tiveram ou estão a ter lugar a nível do Estado espanhol - Museu de Belas Artes de Bilbo, da Ciut’art, em Barcelona, do EsBaluard, em Maiorca, em Madrid - para «denunciar esta situação de "mcdonaldização" da arte nos grandes museus».

Defendendo que «um museu sem gente não é mais que um armazém de obras», que «a cultura é para todos, não se devendo tornar na coutada privada de alguns sectores sociais e políticos», e que a greve é um direito, estes trabalhadores apelam à solidariedade do mundo da arte contra a ameaça «caciquista» de despedimento. / Ver: bilbaohiria.com

Reportagem sobre a X Conferência Guerrilheira das FARC-EP [ahotsa]

«X Conferencia de las FARC-EP, pasos hacia la paz» Ver: ahotsa.info

Leitura:
«Que futuro para as FARC?», de Miguel URBANO RODRIGUES (Diário Liberdade)
Reafirmei ao longo das últimas décadas a minha solidariedade com as FARC-EP.

Caluniada, combatida pelo mais poderoso exército da América Latina, armado e financiado pelos EUA, colocada pela ONU e pela Comunidade Europeia na lista das organizações terroristas, a guerrilha-partido de Manuel Marulanda, assumindo-se sempre como marxista-leninista, entrou há muito na História como protagonista de uma epopeia.

Com exceção do vietnamita, não se encontra precedente comprável ao seu na luta revolucionária de um povo pela liberdade e independência.

A certeza de que o futuro se apresenta carregado de nuvens sombrias para os combatentes desmobilizados das FARC-EP não afeta minimamente o meu respeito e admiração por essa gente maravilhosa.

Carlos Fazio: «Ayotzinapa: complicidad e impunidad»

A dos años de los hechos la pantomima sigue: la PGR mantiene como la línea de investigación más sólida que una célula de Guerreros unidos confundió a los normalistas con un grupo enemigo. Ni Murillo Karam ni Zerón han sido llamados a declarar. Al aferrarse a la verdad histórica y protegerlos −como lo hace en otros hechos graves con los mandos de las fuerzas armadas, el ex comisionado en Michoacán Alfredo Castillo y el ex jefe de la PF Enrique Galindo−, Peña Nieto intenta protegerse a sí mismo. No hay verdad ni justicia, y la impunidad permitirá la repetición de crímenes de Estado. (lahaine.org)

«Luz verde para a bomba», de Manlio DINUCCI (odiario.info)
A escalada dos EUA em direcção à guerra prossegue e acelera, com a decisão de avançar com o fabrico de novas armas nucleares, boa parte das quais a instalar na Europa. Cada uma dessas bombas terá uma potência média 4 vezes superior à da que arrasou Hiroxima. Mais do que uma modernização das suas antecessoras, representam uma nova arma, que torna mais provável o início de um ataque nuclear. A principal potência imperialista pretende encurralar a humanidade inteira entre a servidão e a aniquilação.

«Kalera, kalera» (Imanol Urbieta)

Uma conhecida canção abertzale, com letra de Telesforo Monzón e música de Imanol Urbieta, músico, pedagogo e professor que hoje faleceu, com 83 anos. Trabalhou muito em defesa das ikastolas, e as suas músicas para crianças ajudaram à aprendizagem e utilização do euskara.

Ver: «Imanol Urbieta musikari eta irakaslea hil da, 83 urte zituela» (Berria)

terça-feira, 27 de setembro de 2016

«Stop balas de borracha»: nas nossas ruas, «pelotas», só as dos malabaristas

No dia 26 de Setembro de 2012, uma bala [pelota, que também significa bola] de borracha disparada por um agente da Polícia espanhola durante uma greve geral, em Iruñea, feriu gravemente o jovem navarro Aingeru Zudaire.

O habitante de Atarrabia perdeu uma olho. O responsável pelo facto ainda não foi julgado ou punido.

Stop balas de borracha [Ahotsa]As balas de borracha provocaram dezenas e dezenas de feridos e mesmo algumas vítimas mortais. Neste vídeo, protagonizado por amigos e companheiros malabaristas de Aingeru Zudaire, exige-se que as únicas «balas» lançadas nas ruas sejam as dos malabaristas. / Ver: ahotsa.info

Dia 12 de Outubro, manifestação em Iruñea contra as forças de ocupação

O Movimento pró-Amnistia e contra a Repressão convocou para dia 12 de Outubro uma manifestação com o lema «Indar okupatzaileak Kanpora!» [Fora com as forças de ocupação]
A manifestação parte às 13h00 da Praça Recoletas, na capital navarra. A mobilização foi convocada logo após as declarações proferidas pelo ministro espanhol do Interior, Fernandez Díaz, numa cerimónia de exaltação da Guarda Civil e da bandeira espanhola, na semana passada, em Iruñea: «Há alguns que querem ganhar a Guerra Civil 40 ou não sei quantos anos depois de ter terminado». / Ver:lahaine.org

Gudari Eguna 2016

Dia do Combatente Basco 2016
Agur eta ohore, Eusko Gudariak!

Ver tb: «Herri izarrak ez dira itzaltzen» (BorrokaGaraiaDa)
[com poema de Txabi Etxebarrieta]

«Netflix promueve a Al Qaeda para el Premio Nobel de la Paz»

La compañía estadounidense acaba de sacar al aire un documental sobre la ONG Defensa Civil Siria, conocida como los cascos blancos sirios, para impulsar su nominación al premio Nobel de la Paz.
Esta campaña de promoción de los White Helmets, como se los conoce en inglés, coincide con el aval también de importantes figuras de Hollywood como George Clooney y Justin Timberlake.

Su intención es legitimar a nivel mundial una ONG, financiada por Estados Unidos y Gran Bretaña, cuyo rol se centra en producir imágenes de las supuestas consecuencias de los bombardeos rusos y sirios en las zonas controladas por los «rebeldes moderados» para justificar la posición estadounidense. (Misión Verdad)

«Líbia mais dividida na guerra do petróleo», de Carlos LOPES PEREIRA (odiario.info)
A Líbia está cada vez mais dividida e ingovernável. Alastra a guerra entre facções rivais pelo controlo do petróleo. Aumenta a ingerência estrangeira. Aviões norte-americanos bombardeiam há dois meses Sirte. A Itália vai mandar militares para o terreno. Pela primeira vez são enviados militares para o terreno em missão permanente, juntando-se às forças especiais dos EUA, Grã-Bretanha e França que operam na Líbia em acções encobertas.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

MP pede 2 anos de cadeia para 9 participantes no muro popular de Gasteiz

A 17 de Maio de 2015, centenas de pessoas formaram, durante três horas, o «muro popular» de Gasteiz, para apoiar Aiala Zaldibar, Igarki Robles e Ibon Esteban, e dificultar as suas detenções. Na altura, a Ertzaintza deteve várias pessoas e, no início deste Verão, o Ministério Público pediu que nove delas fossem condenadas a penas de prisão e ao pagamento de multas. O movimento Eleak anunciou que os julgamentos estão marcados para Outubro e Dezembro.

Em 2010, a Polícia espanhola prendeu 28 jovens, que foram acusados de pertencer à organização juvenil independentista Segi. Muitos denunciaram ter sido torturados. Sete viriam a ser condenados a seis anos de cadeia pela AN espanhola. Entre eles estavam Aiala Zaldibar, Igarki Robles e Ibon Esteban - a cujas detenções o muro popular formado a 17 de Maio de 2015, na Praça da Virgem Branca, em Gasteiz, fez frente.

Os três jovens acabariam por ser levados, mas depois de grande resistência e de a Ertzaintza se ter empenhado a fundo: um malha-malha tremendo, que até meteu arremedos de waterboarding nos repuxos da praça.

O Gasteizko Harresia realizou uma assembleia no passado dia 21, para responder aos julgamentos que aí vêm, e já anunciou que vai haver mobilizações. / Ver: argia

«Elecciones en la CAV: El que controla la especia controla el universo»

[De Borroka Garaia] Creo que poca gente se habrá sorprendido de los resultados electorales de ayer. Unos resultados donde el PNV se ha llevado de calle el triunfo, aumentado su ya de por sí hegemonía electoral. Unos resultados que no solo asentarán el continuismo de lo visto hasta ahora a nivel institucional sino que reforzarán la apuesta de la burguesía vasca por seguir bloqueando cualquier vía hacia la independencia, el ahogamiento de la respuesta social a las cada vez peores condiciones de la clase trabajadora vasca y en general de mantenerla anestesiada y en dependencia.

Ante esta situación no se puede cerrar los ojos y seguir viviendo con verdades que son mentira. No existe una mayoría parlamentaria a favor del derecho a decidir entendido éste como el derecho de autodeterminación para Euskal Herria donde todos los proyectos, incluido el independentista estén en igualdad de consecución. Sencillamente porque no existe una mayoría parlamentaria a favor del derecho de autodeterminación. El PNV solo quiere consensuar un estatuto de autonomía y no está a favor de una consulta donde entre la independencia, algo a lo que se posiciona en contra, no simplemente por declaraciones realizadas en ese sentido sino por hechos demostrados. Seguir cerrando los ojos a esta realidad impide crear las condiciones óptimas de preparar el camino hacia la autodeterminación e independencia. / Ler: BorrokaGaraiaDa

«Eleiçons autonómicas na Galiza: A profunda crise sistémica nom abala a estabilidade institucional»

Como previsto, nengumha das forças de oposiçom institucional arranhou sequer o claro domínio do Partido Popular na Galiza.
O PP aumentou em votos e percentagens, mantendo umha folgada maioria absoluta no Parlamento autónomo galego, onde o resto de cadeiras é repartido em quinhons idênticos por En Marea (14, ganha 5) e PSOE (14, perde 4), ficando o BNG com 6 (perde 1).

A redistribuiçom de representantes da oposiçom institucional (diversas famílias social-democratas, incluído o soberanista BNG), nom altera nada de fundamental no Parlamento, permitindo ao Partido Popular manter as políticas ultra neoliberais que o caraterizam. / LER: Diário Liberdade

Txiki: «Sou vento de liberdade»

Faz amanhã 41 anos que Txiki, Otaegi e três membros dos FRAP - Baena, Sanz e Sánchez-Bravo - foram fuzilados. Em Euskal Herria é Gudari Eguna: Dia do Combatente Basco.
A Ahaztuak 1936-1977 vai evocar os combatentes antifascistas e assinalar o 41.º aniversário dos últimos fuzilamentos do regime franquista em Zarautz, Gasteiz, Derio e Iruñea.

domingo, 25 de setembro de 2016

O PNV elege 29 deputados e é o grande vencedor das eleições autonómicas bascas

O EAJ/PNV (Partido Nacionalista Basco, conservador) alcançou uma ampla vitória nas eleições para o Parlamento de Gasteiz, obtendo mais dois assentos (29) do que em 2012. O EH Bildu mantém-se como segunda força, com 17 deputados; o Podemos aparece na Câmara de Lakua com 11 representantes; o PSE perde sete dos 16 deputados que tinha, ficando com nove, os mesmos que o PP, que perdeu um.
O EAJ/PNV obteve uma vitória folgada nas eleições para o Parlamento de Gasteiz, ao vencer nos três territórios - de forma mesmo bastante folgada na Bizkaia - e conseguir 29 deputados, mais dois que há quatro anos, o que deixa a força jeltzale em muito boa posição para negociar com vista à formação de um governo com maioria absoluta. Até o PSE e o PP, que tiveram muito maus resultados, podiam ser seus coadjuvantes, com os seus nove deputados. Os jeltzales obtiveram 397 664 votos (37,4%).

A coligação soberanista EH Bildu é a segunda força no Parlamento, com 17 deputados (menos quatro que em 2012). Teve 224 254 votos (21,1%), perdendo 53 600 relativamente a 2012.

O Podemos entra na Câmara de Gasteiz como terceira força mais votada, tendo obtido 156 671 votos (14,7%) e 11 deputados.

No caso do PSE, as sondagens confirmaram-se e o tombo foi grande: perdeu quase metade dos seus parlamentares, ficando apenas com nove (11,5%) dos 16 que tinha. Teve 126 139 votos, menos 87 mil que há quatro anos.

O PP perdeu 23 200 votos e um deputado; teve 107 357 votos e nove deputados (10,1%).

Com 21 362 votos, o Ciudadanos não conseguiu ter representação parlamentar em Gasteiz. Definitivamente, os resultados não foram bons para os partidos espanholistas; nem sequer para o mutante Podemos. Para o partido da burguesia basca, sim, foram óptimos resultados.

A participação desceu ligeiramente por comparação com 2012, situando-se nos 62,26%. / Mais info: naiz e Berria

Comunidade Autónoma Basca (CAB)* - Eleições 2016
RESULTADOS POR TERRITÓRIOS
Araba: EAJ/PNV: 8 deputados (+1), 42 234 votos (28,2%) / PP: 5 deputados (=), 27 812 votos (18,5%) / EH Bildu: 5 deputados (-1), 26 803 votos (17,9%) / Podemos: 4 deputados, 24 299 votos (16,2%) / PSE: 3 deputados (-3), 19 501 votos (13%)

Bizkaia: EAJ/PNV: 12 deputados (+1), 238 441 votos (41,8%) / EH Bildu: 4 deputados (-2), 99 270 votos (17,4%) / Podemos: 4 deputados, 84 034 votos (14,7%) / PSE: 3 deputados (-2), 66 376 votos (11,6%) / PP: 2 deputados (-1), 54 923 votos (9,6%)

Gipuzkoa: EAJ/PNV: 9 deputados (=), 116 989 votos (34,1%) / EH Bildu: 8 deputados (-1), 98 181 votos (28,6%) / Podemos: 3 deputados, 48 338 votos (14,1%) / PSE: 3 deputados (-2), 40 262 votos (11,7%) / PP: 2 deputados (=), 24 622 votos (7,1%) // Ver resultados detalhados aqui e aqui.

* A CAB é, no Estado espanhol, uma das duas regiões autonómicas que fazem parte de Euskal Herria; a outra é a Comunidade Foral de Navarra. O território nacional completa-se com o que, a norte, está sob domínio francês, comummente designado por Ipar Euskal Herria ou Iparralde (País Basco Norte).

Forte mobilização em Berna pela liberdade de Nekane Txapartegi

Ontem à tarde, a capital da Suíça foi palco de uma grande manifestação para exigir a libertação de Nekane Txapartegi (Asteasu, Gipuzkoa). O Estado espanhol reclama a extradição da guipuscoana, que foi detida em Zurique a 6 de Abril último e que se encontra encarcerada na Suíça em condições especialmente duras.

Na mobilização de ontem viram-se joaldunak, ikurriñas, bandeirolas a reclamar o regresso dos presos a casa e, à frente, uma faixa que denunciava, em alemão, os casos de tortura em Espanha.

Muita gente do País Basco foi à manifestação, organizada pelo comité local de solidariedade com Euskal Herria. A mobilização terminou com os presentes a cantarem o «Eusko Gudariak» e com um aurresku dançado em honra dos pais de Txapartegi.

Tortura reconhecida
Nekane Txapartegi foi detida em Abril deste ano e, desde então, tem estado presa numa cadeia de Zurique, em condições duras. A asteasuarra, que foi julgada e condenada pelo tribunal de excepção espanhol a nove anos de prisão, no âmbito do processo 18/98, afirmou, durante o julgamento, ter sido torturada e violada por quatro polícias.

Esta semana, dois especialistas europeus vieram juntar-se à longa lista de figuras e instituições que validam a denúncia de torturas de Txapartegi. Trata-se do médico forense Jean-Pierre Restellini e de Gerald Staberock, secretário-geral da Organização Mundial contra a Tortura. A guipuscoana aguarda agora pela resposta das autoridades suíças ao pedido de extradição feito pelo Estado espanhol. / Ver: naiz / Mais info: aseh

Aurrerantz: «Gudari Eguna 2016» [cas/eus]

[O Gudari Eguna é no dia 27 de Setembro] A cuarenta y un años vista de los fusilamientos de los militantes revolucionarios vascos Juan Paredes Manot y Ángel Otaegi, junto a los militantes antifascistas José Luis Sánchez Bravo, Ramón García Sanz y Humberto Baena rendimos nuestro homenaje a todos y todas las que han dado su vida en la lucha por la libertad de una Euskal Herria libre de cualquier opresión.
José Luis Sánchez Bravo, Ramón García Sanz eta Humberto Baena militante antifaxistekin batera, Juan Paredes Manot eta Angel Otaegi euskal militante iraultzaileak fusilatu zituztenetik berrogeita bat urte pasa diren honetan, zapalkuntza oro gainditu eta Euskal Herri aske baten aldeko borrokan euren bizitza eman duten guztiak omendu nahi ditugu. / Ler: lahaine.org

Renán Vega Cantor: «La paz de los empresarios»

Tras la firma del acuerdo entre el gobierno de Juan Manuel Santos y las FARC-EP va quedando en evidencia el verdadero sentido de lo que el bloque de poder contrainsurgente (en el que los «empresarios», vaporoso nombre en el que se encuentran, entre otros, industriales, comerciantes, ganaderos, exportadores, terratenientes y firmas transnacionales) entiende por paz y por fin del conflicto armado. Para esos «hombres de bien» que serían los empresarios, como los denomina cierta jerga periodística, la paz quiere decir simplemente que se desmovilice la insurgencia, se le juzgue por haber ejercido el derecho a la rebelión y no pase nada más.

Esto significa que el país sea como siempre ha sido, antidemocrático, desigual e injusto, que no haya ninguna reforma y ellos, los empresarios –los verdaderos dueños de Colombia– sigan tranquilamente con sus negocios, acumulando capital y obteniendo jugosas ganancias (...). (redroja.net)

Kortatu – «Hotel Monbar»



Há 31 anos, a 25 de Setembro de 1985, um grupo de homens pagos pelo Governo espanhol liderado por Felipe González entrou no Hotel Monbar, na Pannecau karrika, em Baiona (País Basco Norte, ocupado por França), e assassinou quatro independentistas bascos, refugiados em Iparralde: Agustin Irazustabarrena, Sabin Etxaide, José Maria Etxaniz e Iñaki Asteasuinzarra.

Não foi o primeiro nem seria o último dos atentados dos GAL e de forças parapoliciais espanholas com outras siglas.

Ver tb: «Hotel Monbar, 30 años de la mayor masacre de los GAL» (Gara; 24/09/2015)

sábado, 24 de setembro de 2016

Entrevista a Sendoa Jurado, porta-voz do Movimento pró-Amnistia e contra a Repressão

[De Carlos Aznárez / em castelhano] La lucha por la Amnistía para los casi 400 presos y presas políticas vascas es algo que no cesa y sigue despertando sensibilidades en Euskal Herria. En ese sentido no hay una semana sin que se produzcan movilizaciones (pequeñas o grandes) en los pueblos, donde familiares y amigos de los presos y presas se concentran detrás de una pancarta, junto a las fotos de algunos de los detenidos de esa zona, y exigen su vuelta a casa, su liberación definitiva.
Una de las organizaciones que viene haciendo hincapié desde hace tiempo en solidarizarse con los presos y reivindicar su lucha es el Movimiento por la Amnistía y contra la Represión («Amnistia ta Askatasuna», en su sigla en euskera), de allí que resulte necesario saber qué piensan y en qué basan su actuación en las calles.
Recientemente estuvimos en el País Vasco y entrevistamos a uno de los portavoces del Movimiento, Sendoa Jurado, quien en su momento perteneció a Segi, una de las organizaciones ilegalizadas del movimiento juvenil vasco. Por su militancia, Sendoa fue detenido durante dos años y actualmente tiene a integrantes de su familia en prisión. / Ler: Resumen Latinoamericano

Manifestação em Tutera denunciou exercícios militares nas Bardenas

Sob o lema «Bardenas para el pueblo! Bardea herriarentzat!», cerca de 250 pessoas manifestaram-se hoje pelas ruas de Tutera (Nafarroa) para denunciar as manobras militares que o Exército espanhol está a realizar na Reserva Natural da Biosfera das Bardenas.

Os exercícios militares, designados «Operação Tempestade», começaram esta semana e vão prolongar-se na seguinte, com a aviação espanhola a utilizar fogo real. Para denunciar este facto e reivindicar que as Bardenas são do povo, cerca de 250 pessoas manifestaram-se hoje, ao meio-dia, na capital da Erribera navarra.

No final da mobilização, os seus promotores leram um comunicado em que criticaram de forma veemente o facto de as forças militares espanholas ali realizarem manobras com fogo real um ano após outro. Também pediram a organizações e instituições que se unam para que o contrato de utilização das Bardenas não seja prolongado. O que está em vigor termina em 2018.

Reivindicação recorrente
Não é a primeira vez que se solicita a não renovação do acordo de utilização. Em Setembro do ano passado, num contexto em que a NATO ia usar as Bardenas para realizar grandes operações militares, a Assembleia Anti-Campo de Tiro das Bardenas pediu que não fosse assinado mais nenhum acordo de concessão do espaço e que fossem tomadas medidas tendentes aos encerramento do campo de tiro.

Recentemente, o Parlamento de Nafarroa aprovou uma declaração institucional de repúdio pela realização das manobras militares com fogo real na reserva da biosfera e, em simultâneo, expressou a necessidade de que o Ministério espanhol da Defesa proceda ao desmantelamento das infra-estruturas militares nas Bardenas. A moção foi aprovada com os votos contra de UPN, PSOE e PP.

Não às manobras militares nas Bardenas [Ahotsa]Ver: Berria e ahotsa.info

Os fascistas continuam a não ter vida fácil em Gasteiz

Depois de há uma semana cerca de 200 antifascistas terem mostrado ao legalíssimo partido fascista Vox que não era bem-vindo a Gasteiz, este fez questão de encerrar, ontem, a sua campanha para as eleições autonómicas bascas deste domingo no Centro Cívico de Judimendi, na capital alavesa. Mais uma vez, a Ertzaintza estava lá para os proteger e registaram-se confrontos.

O movimento antifascista de Gasteiz já tinha deixado claro que não ia tolerar o fascismo, o racismo, a xenofobia e a islamofobia nos bairros da cidade, e, depois dos incidentes ocorridos na semana passada, a decisão do partido de extrema-direita de encerrar a campanha para as autonómicas em Gasteiz, no Centro Cívico de Judimendi, só pode ser entendida como uma provocação.

Ontem, o movimento antifascista voltou a mobilizar-se contra a presença e a provocação acrescida da extrema-direita. A Ertzaintza destacou um amplo dispositivo e, segundo refere a Hala Bedi, identificou várias pessoas e procedeu à detenção de um menor.

De acordo com agências, encapuzados viraram contentores nas ruas adjacentes ao centro cívico e atiraram pedras e garrafas aos ertzainas que protegiam os legalíssimos fachos. Os pasquins da comunicação social dominante tratam os antifascistas como «radicales»; não assim a Hala Bedi e a SareAntifaxista, naturalmente.

«Violência contra povos indígenas no Brasil permanece acentuada»

[«Cimi lança relatório com "Dados 2015"»] O relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil – Dados de 2015, publicado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), evidencia a permanência do quadro de omissão dos poderes públicos em relação aos direitos dos povos indígenas, especialmente em relação ao direito à terra, o que impacta drasticamente no direito de eles viverem de acordo com o seu modo tradicional, ambos reconhecidos e garantidos pela Constituição Federal.

Os dados evidenciam que, em 2015, também permaneceu a situação de constante invasão e devastação das terras demarcadas; assim como se manteve a realidade de agressões às pessoas que lutam por seus legítimos direitos, com casos de assassinatos, espancamentos e ameaças de morte, dentre outros; e permaneceu ainda um assustador número de morte de crianças até 5 anos, em muitos casos por doenças facilmente tratáveis. (PCB)

«Students Are Pulling a Kaepernick All Over America — and Being Threatened for It» (The Intercept)
Students are being threatened with punishment for not participating in rituals surrounding the national anthem or Pledge of Allegiance — and they are fighting back.

Since NFL 49ers quarterback Colin Kaepernick sat during the national anthem in August to protest oppression of people of color, many Americans, particularly professional athletes and students, have followed suit. But their constitutional right to engage in such gestures of dissent is not always being respected.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Gazteak Kalean: «Queremos que la gente se comprometa contra la represión»

[Os colectivos Insurgente, Kaos en la red e La Haine entrevistam Aitor, Ibai e Unai, três jovens membros da plataforma recém-criada em Tolosa «Gazteak Kalean» e imputados numa «nova montagem policial»]

El pasado martes se presentó en Tolosa (Gipuzkoa) la recién creada Plataforma «Gazteak Kalean», plataforma de carácter antirepresivo para dar apoyo a represaliados en varios casos represivos en la zona de Tolosaldea. Hablamos con Aitor, Ibai y Unai, tres jóvenes imputados en uno de estos casos, el cuál califican de montaje policial.

Según nos cuenta Unai «la plataforma se ha creado ahora en septiembre, pero el planteamiento era anterior, venimos trabajando en ella todo el verano. Los objetivos que nos planteamos como plataforma era, por un parte, crear una presión social en la calle a favor de nuestra causa, y por otro lado queremos sacar provecho político a nuestro juicio, en cuanto a la activación social que puede traer el que estemos encausados ahora mismo, ya que somos personas no referentes pero si conocidas en el pueblo».
[...]
Los tres jóvenes cuentan como, el año pasado en carnavales, que son las fiestas más importantes de Tolosa, había mucha gente en la calle en ambiente festivo, se formó una pelea callejera en la calle mayor, cerca de la Herriko Taberna, al poco aparecieron unas 6 patrullas de la ertzaintza con más de 20 policías, el ambiente se empezó a tensar ante lo desproporcionado de la situación, y al final los ertzainas realizaron una carga. Al día siguiente los agentes detuvieron a Unai en su casa y un par de horas después a Ibai y Aitor, les acusaron de atentado a la autoridad y lesiones, con una petición fiscal de cinco años para Ibai y Aitor y cinco años y medio para Unai, además del pago de una multa de 38.000 euros. / Ler: lahaine.org

Inscreve-te na AEK: o euskara é «100% afectivo e divertido»

As matrículas para o ano lectivo 2016/17 nos euskaltegis da AEK (Coordenadora de Alfabetização e Euskaldunização) estão abertas até ao fim deste mês. A AEK tem como objectivo a recuperação do euskara e a reeuskaldunização do País Basco. Trata-se da organização mais importante no âmbito da euskaldunização e alfabetização de adultos, e a única que desenvolve a sua actividade em todo o território de Euskal Herria.

Para assinalar o início do ano lectivo e dar as boas-vindas a todas as pessoas que decidiram aprender euskara, a AEK deu uma festa em Iruñea. Em mais de cem euskaltegis, a AEK apresenta diversos cursos e modalidades de aprendizagem da língua basca. Quem já provou diz que se aprende e que é divertido. Izan euskaldun!

O euskara é divertido [ahotsa]Eman izena! / Matricula-te! / Ver: ahotsa.info / Mais info: AEK

Kukutza III Gaztetxea. Bilbo. Bizkaia. Euskal Herria

Bost urte Kukutzarik gabe / Cinco anos sem o KukutzaIkusi duzuena Kukutza III Gaztetxean mugitzen denaren zatitxo bat besterik ez da. 13 urteetan garatutako proiektu partehartzaile eta autogestionatua. // Lo que acabáis de ver no es más que un pedacito de todo lo que se mueve en Kukutza III Gaztetxea, un proyecto autogestionado y participativo que viene desarrollandose desde hace 13 años.

Leitura:
«A 5 años del atentado contra Kukutza» (BorrokaGaraiaDa)
[Ex-membros do Kukutza Gaztetxea / artigo publicado em 2012] La crueldad y brutalidad del derribo de Kukutza no fué solo un capricho de Azkuna. No fué solo un problema económico, urbanístico, ni de orden público. Era algo que llevaban preparando desde hace demasiado tiempo en oscuros despachos del Ministerio de Interior. Y algo que muchos perros llevaban años soñando: que les dejen sueltos y carta blanca con todos sus juguetes (tanquetas, furgonas, escopetas, explosivos, peloteros, porras, metralletas). Un gran campo de entrenamiento y desfogue durante días.

En estos 13 años, hemos perdido algunas batallas, ganado pequeñas victorias y miles de recuerdos. Que nos quiten lo bailao!. Quizás nos han partido la vida. Nos han robado todo. Han dejado a Bilbo sin barco, a Rekalde sin nada y a sus hijas un futuro incierto. Y casi les sale gratis!

Pero consiguieron que en sus últimos días la solidaridad y la dignidad resurjiera en miles de personas. Kuku no se merecía menos. Gracias a todas las que estuvisteis resistiendo y defendiendo Kukutza hasta su último anochecer.

José Goulão: «A Cimeira da Cacofonia»

Naturalmente a ideia dominante que passou foi a de a Europa continuar a barricar-se contra os refugiados, devendo a Alemanha proceder de igual modo, ao menos depois de preencher as suas necessidades demográficas de trabalho escravo – uma faca de dois gumes para a senhora Merkel, que começa a ver-se em palpos de aranha com o fascismo puro e duro, agora chamado «Alternativa para a Alemanha» e manipulado por velhos e novos interesses, para quem as benesses do império extorsionário do euro são sempre insuficientes.

No caminho da construção da barricada continental, os participantes na cimeira da Bratislava voltaram a entreter-se com a formação do exército comum europeu, ideia tão cara ao senhor Hollande, que se vitimizou perante os pares como o «único que defende a Europa». (Abril)

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Marcha à cadeia de Valence no sábado para apoiar Aletxu e Ibon

No sábado, 24, o Movimento pró-Amnistia e contra a Repressão (MpA) organiza uma marcha até à cadeia francesa de Valence, onde os presos políticos bascos Aletxu Zobaran e Ibon Goieaskoetxea estão há 45 dias nas celas de castigo e em greve às comunicações. Quem quiser participar deverá escrever para o endereço amnistiaaskatasuna@gmail.com.

Aletxu e Ibon foram transferidos para Valence em Junho, um cárcere onde até então não havia qualquer preso político basco, o que mostra bem como o Estado francês está empenhado na política de dispersão: juntou mais uma cadeia às 23 pelas quais já dispersava os presos bascos.

A cadeia de Valence fica a mais de 800 quilómetros das casas de Aletxu e Ibon, e os transportes para lá chegar são insuficientes, situação que provoca desgaste físico, moral e económico às suas famílias. Para além disto, esta cadeia pôs em marcha um regime especial, experimental a nível europeu, que degradou bastante as condições de vida de ambos os prisioneiros bascos.

Para pôr fim a esta situação, Ibon e Aletxu estão a travar uma dura luta há já 45 dias. Daí a importância da marcha que o MpA organiza este sábado. / Ver: amnistiAskatasuna 1 e 2

Ertzaintza executa acção de despejo em Basauri, deixando mulher e filha menor na rua

Uma mulher de 51 anos e a sua filha, menor de idade, foram hoje despejadas de sua casa, em Basauri (Bizkaia), na sequência de uma acção executada pela Polícia autonómica basca. Dezenas de pessoas concentraram-se para apoiar a família e tentar evitar o despejo.

Desde o início da manhã, dezenas de pessoas participaram numa concentração, convocada pela plataforma Baietz Basauri, sob o lema «No más desahucios», para tentar evitar o despejo de família na Kareaga Goikoa kalea, em Basauri, nos arredores de Bilbo.

Pouco depois de iniciada a concentração, em que participaram representantes sindicais e de alguns partidos, chegou o oficial da Justiça com a ordem de despejo, que a Polícia autonómica acabou por executar, pese embora toda a oposição.

Ontem, a plataforma Baietz Basauri pediu ao município que «assuma as suas responsabilidades» e que procure um «lugar digno» para a mulher e a filha. De acordo com a plataforma, o despejo mostra a «realidade de um serviço de protecção social a todos os títulos insuficiente e ineficaz».

A Baietz Basauri disse ainda que as explicações dadas pelo município sobre a situação desta mulher são «graves», na medida em que considerou suficientes os 5000 euros em ajudas que ela recebeu num período de dois anos. «Ninguém consegue viver com 250 euros por mês», sublinha a plataforma. / Ver: argia e naiz

Alarde de nacionalismo espanhol na homenagem ao trabalho da Guarda Civil em Nafarroa

O ministro do Interior espanhol homenageou, ontem, o trabalho repressivo da Guarda Civil em Nafarroa entregando-lhe uma bandeira espanhola.
O centro da capital navarra foi ocupado por dezenas de guardas civis e militares armados que protagonizaram uma cerimónia repleta de nacionalismo espanhol e de alarde militarista.

Desfile nacionalista espanhol em honra da Guarda Civil em Iruñea [Ahotsa]Ver: ahotsa.info

«Esquerda e pós-modernidade: cidadania, pobreza e empreendedorismo»

[De Maurício Castro] Muito se esforça a ideologia ainda dominante em explicar-nos que se trata de umha crise episódica, mesmo subjetiva ou de «estado de ánimo». Essa era a mensagem –lembrades?– daquela campanha de 2010 no Estado espanhol: «Esto lo arreglamos entre todos». Financiada por 18 das maiores grandes empresas espanholas e através de umha série de caras amáveis do mundo do espetáculo, o seu objetivo declarado era «contagiar confiança e fomentar as atitudes positivas» como melhor via para deixar atrás a crise.

Apesar do forte financiamento de Telefónica, Repsol, BBVA e El Corte Inglés, entre outras, a propaganda ideológica tem os seus limites. Aquela campanha ajudou a difundir o «cidadanismo» e a amortecer as luitas de classes, o que nom é pouco, mas ficou longe do seu falso objetivo inicial: deixar atrás umha crise que, como já era evidente na altura, nom respondia a nengum problema de confiança ou autoestima, e sim aos limites históricos do próprio sistema, que continuam aí, diante dos nossos olhos. (Diário Liberdade)

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Grande adesão à greve no primeiro de cinco dias de paralisação no Lanbide

Os sindicatos ELA e LAB sublinharam que a greve de hoje no Lanbide - Serviço Basco de Emprego estava a ter «grande adesão». É o primeiro de cinco dias de greve convocados para denunciar «a situação de imobilismo» e a «má gestão» neste organismo público, onde cerca de 190 funcionários da orientação profissional correm o risco de ser despedidos.

LAB e ELA, que marcaram greves para hoje, amanhã e para os dias 3, 4 e 5 de Outubro, realizaram uma concentração junto aos serviços centrais do Lanbide, em Gasteiz, sob o lema «Lanbide hankaz gora. Kalitatezko zerbitzua bermatu».

Uma delegada sindical do LAB, Leire Trigueros, referiu que, mesmo sem ter todos os dados à sua disposição, podia afirmar que se registava uma grande adesão à greve e que quatro instalações do Lanbide nem sequer tinham aberto, porque todo os funcionários tinham feito greve: em Beasain, Amurrio, Gernika e Portugalete.

Leire Trigueros denunciou a falta de pessoal, baixas com mais de seis meses que não são cobertas, problemas de organização e cargas horárias abusivas. A isto há a juntar o eventual despedimento de mais de 190 orientadores profissionais.

Serviço de orientação em risco
A orientação profissional - um serviço que a administração diz ser um dos pilares do Lanbide - é um serviço fortemente externalizado e afectado pela falta de pessoal, critica o LAB, acrescentando que a situação se traduz na degradação do serviço público prestado.

Neste momento, 195 trabalhadores têm o seu posto de trabalho em risco, o que representa 30% de todo o quadro. O LAB explica que, se o Governo de Gasteiz avançar com os despedimentos, haverá prejuízo para esses funcionários, para o funcionamento de todo o organismo e para o público, que tem direito a ser bem servido pelo Lanbide.

O LAB diz ainda que os sindicatos estão a negociar e a tentar desbloquear a situação há oito meses, mas que as propostas recebidas são «insuficientes» e revelam «uma clara falta de vontade» da administração. / Ver: LAB, naiz e Berria

Placa em memória dos fuzilados de 36 em Iruñea pintada com a bandeira espanhola

A placa que evoca, na Vuelta del Castillo de Iruñea, os fuziladas após o golpe militar de 1936 foi alvo de um ataque, tendo aparecido pintada com as cores da bandeira espanhola.

Este ataque fascista vem juntar-se a outros que têm vindo a registrar-se na capital navarra nas últimas semanas, depois de a Câmara Municipal ter anunciado que ia exumar os restos mortais dos fascistas Mola e Sanjurjo do Monumento aos Caídos.

Mais concretamente, foram feitas pintadas ofensivas contra o presidente da Câmara da capital, Joseba Asiron, e foram atacados o monumento evocativo a Germán Rodríguez, morto pela Polícia espanhola em 1978, determinados locais conotados com a esquerda abertzale (bares e associações) e a sede da SOS Racismo.

A placa agora atacada foi colocada pelo município iruindarra e nela se lê: «O Município e a cidade de Pamplona, como homenagem aos habitantes fuzilados em 1936 por defender a liberdade e a justiça social». / Ver: SareAntifaxista

Cinco anos sem Kukutza, mas com muita repressão e resistência

Há cinco anos, na madrugada de 21 de Setembro, teve início a operação de despejo e demolição do Kukutza III Gaztetxea, o emblemático centro cultural, juvenil que ocupava um espaço abandonado no popular bairro bilbaíno de Errekalde.

O processo de despejo e de demolição foi violento. Azkuna (PNV) mentiu. Ares (PSOE) mentiu. E os jovens que, dignos, se mantiveram até à última hora firmes na defesa de um espaço com características únicas não só em Bilbo mas no País Basco foram alvo de perseguição mediática e judicial. Como eles, muitos dos que, nas ruas, protestaram contra a bárbara decisão.

Onde então havia um edifício com alegria, solidariedade, cooperação, cores e vida, hoje há um buraco. Como diz um amigo basco, para toda a vergonha do que então se passou não há nem haverá um único dia de perdão.

Crónica de três dias de ocupação de um bairroKukutza aurrera! Ikutu bez! / Sobre processos, condenações, absolvições, ver: aseh

Filipe Diniz: «Sanções e dominação»

A política de sanções económicas é um instrumento privilegiado da UE. Construída de forma a estabelecer uma estrutura de economias dominantes e de países subordinados, a UE dos monopólios utiliza as sanções para assegurar que não há recalcitrantes. E conta, naturalmente, com a cumplicidade do grande capital interno e seus porta-vozes. (odiario.info)

«Here Are Eight Policies That Can Prevent Police Killings» (The Intercept)
[De Alice Speri] With 788 people killed by police this year alone, death at the hands of law enforcement has become so routine in this country that it risks becoming expected and predictable, as if it were inevitable. Every time a new video emerges, anger soars, as do calls to end police violence. Then invariably, within days or sometimes mere hours, police somewhere else kill again.

This week was no exception. Last night, the now familiar scene of angry protests met with tear gas unfolded again, this time in Charlotte, North Carolina, after a police officer shot and killed Keith L. Scott, a 43-year-old black father who had been sitting in his car waiting to pick up a child from school.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

ELA e LAB manifestaram-se contra a atitude do PNV e o patronato

Em dia de chuva, mais de 3000 delegados sindicais do ELA e do LAB manifestaram-se hoje em Gasteiz para exigir respeito pela maioria sindical basca e a aposta num quadro basco de relações laborais, com fortes críticas ao PNV de Urkullu.

Ainhoa Etxaide, secretária-geral do LAB, lançou duras críticas ao Governo de Urkullu pelo acordo que firmou, em Julho último, com o patronato basco, a CCOO e a UGT (sindicatos minoritários na Comunidade Autónoma Basca), deixando de lado a maioria sindical e a maioria dos trabalhadores bascos.

Para Etxaide, que exigiu respeito pelas representações sindicais eleitas pelos trabalhadores, o que se passa é um «escândalo»: «Deixar que se seja o patronato a escolher os sindicatos com quem se senta à mesa é o último passo para criar um sistema à sua medida e ao seu serviço, sem nenhum tipo de "disfunção", como eles dizem».

Na mesma linha, o secretário-geral do ELA, Adolfo Muñoz, criticou o candidato a lehendakari pelo PNV, Iñigo Urkullu, por ter «tentado destruir as regras democráticas no âmbito sindical». E exigiu-lhe que retroceda.

Acusando o PNV de «tatcherismo com marca basca», Muñoz disse: «Nós trabalhamos por uma Euskal Herria justa e soberana, e defendemos uma classe trabalhadora viva e combativa.» / Ver: naiz e eldiario.es

No Consulado da Suíça em Bilbo, reclamou-se asilo político para Txapartegi

No âmbito das iniciativas anunciadas, dia 15, pela plataforma Nekane libre! contra a extradição da refugiada basca Nekane Txapartegi, cerca de 30 pessoas concentraram-se hoje frente ao Consulado da Suíça em Bilbo. No final, deixaram uma carta no consulado contra o processo de extradição e a reivindicar o direito de asilo político.

Nekane Txapartegi, natural de Asteasu (Gipuzkoa), foi presa em 1999 e condenada no âmbito do macro processo 18/98. Torturada e violada, foi obrigada a fugir. Vivia na Suíça com a sua filha, mas em Abril deste ano foi detida em Zurique, numa operação conjunta da Polícia helvética e da espanhola. Agora, encontra-se na cadeia de Dielsdorf, onde enfrenta duras condições de encarceramento.

Os membros da Nekane libre! explicaram que o processo de extradição movido pelo Estado espanhol «está em curso» e que a Justiça suíça deve tomar uma decisão ainda este mês, que é passível de recurso. A decisão final deverá ser tomada dentro de alguns meses.

Indícios claros de tortura
Tendo em conta a legislação suíça, este país devia rejeitar a extradição de Nekane, na medida em que os indícios de tortura são mais que claros. «A única prova que a incrimina é o depoimento que fez na presença da Polícia [depois de ser torturada]; basta que as autoridades suíças atendam aos resultados das investigações realizadas pela equipa de Paco Etxeberria; às investigações psiquiátricas realizadas na Suíça; aos resultados do Protocolo de Istambul, aplicado a Mikel Egibar, que foi detido juntamente com Txapartegi; ou à denúncia do caso de Txapartegi feita pela Organização Mundial Contra a Tortura (OMCT)», esclareceram.

Para repudiar o processo de extradição de Nekane Txapartegi e reivindicar a sua liberdade, foram agendadas diversas iniciativas, em que se integrou a concentração de hoje e em que se inclui a manifestação de dia 24 em Berna, capital da Suíça. / Mais info: aseh

26 anos depois, Mikel Castillo não foi esquecido

No domingo, 18, fez 26 anos que o iruindarra Mikel Castillo foi morto a tiro por um polícia espanhol, quando fugia. Ainda que de forma singela e muito silenciada nos meios de comunicação social, Castillo foi lembrado na sua cidade.

Mikel Castillo era militante da ETA e, a 18 de Setembro de 1990, foi surpreendido por polícias espanhóis quando preparava uma acção com outros militantes bascos.

De acordo com testemunhas, o pamplonês foi morto a tiro pelas costas quando fugia desarmado. O agente que o matou não só não foi condenado, como foi condecorado pelo delegado do Governo espanhol em Nafarroa, Jesús García Villoslada.

«Aitortza, egia eta justizia! Agur eta ohore!»