Face à gravidade do despedimento dos 18 educadores do Guggenheim Bilbo, Aburto, o presidente da Câmara bilbaína, não se dignou a comparecer publicamente, na sexta-feira passada, dia 9, tendo delegado essa função ao vereador de Recursos Humanos, Mikel Álvarez Yeregui.
Sobre a ausência de Juan María Aburto, o LAB afirma, numa nota, que a atitude do PNV é que «o presidente da Câmara Municipal é o presidente da Câmara Municipal », logo «não estranhem a sua ausência». Definitivamente, Aburto «não quis dar a cara», mas o seu vereador também deixou claro o que o PNV de Bilbo entende sobre a questão dos despedimentos dos trabalhadores subcontratados no afamado museu de titânio.
Mikel Álvarez disse que os tempos andam maus e que o caso dos educadores do Guggenheim os preocupa e ocupa. Mas depois «menosprezou as funções destes 18 profissionais, classificando o seu trabalho como "programa experimental"», quando, na verdade, se trata de «um serviço inteiramente consolidado há anos». «A educação num museu não é "experimental" nem "residual"», acrescenta o LAB.
Sobre a decisão de destruir 18 postos de trabalho e contratar apenas três pessoas de forma directa, o vereador disse que «concordava com a decisão do museu», pois meter estes 18 trabalhadores no quadro «era inviável do ponto de vista da economia futura do museu».
Ou seja: o Guggenheim recebe 250 mil euros por ano da Câmara Municipal de Bilbo (além de verbas da Deputação da Bizkaia e do Governo de Gasteiz e de contribuições privadas), mas não pode ter educadores com salários dignos e não pode passar sem destruir emprego.
Questionado sobre as condições laborais dos trabalhadores subcontratados, o vereador acrescentou: «Empregos de miséria? Miséria é não ter emprego», deixando perceber que a precariedade laboral no Museu Guggenheim Bilbo lhe importa um pito. / Mais info: LAB